Friday, 3 October 2008

É Sexta-Feira... outra vez

Ainda a honestidade.

Distraídas que são as minhas Crias! É impressionante. Responsabilidades pedidas a mais à parte, se há crítica que não posso fazer à CV é de desonestidade... mesmo para prejuízo seu.

Distraído (apesar da ameaça materna de tolerância zero), a CV chegou atrasado a uma aula da parte da tarde. Vem a casa à hora de almoço porque a sua calma não lhe dá abébias na fila do almoço. Não tem medo, diz-me, e eu acredito, mas apenas não quer confusões. Espera que a grande "trupe" esfomeada se sirva. Quando chega a vez dele descobre que já não há comida suficiente ou que aquelas gelatinas que vê expostas não são para ele, que possui nas suas mãozitas uma merecedora, parentalmente paga, senha de refeição mas antes para os meninos do SASE. A sopa é por esta altura uma singela colher de caldo e o conduto mal amanhado.

Resultado:
Decide, porque tem tempo, vir a casa e comer as refeições da Avó que lhe dá os miminhos que merece. (riso)

O pior é que ninguém o controla, como seria de desejar para uma cabeça como a dele, o que resulta, ontem pelo menos, em distrair-se. Quando chegou à aula estava 1H15 minutos atrasado!!!

Deplorável, castigável, sem dúvida! Mas a razão do postal de hoje, e digo desde já que compreendo a posição do professor, é esta CV ter o desplante de ainda entrar na aula e responder, quando questionado da razão do atraso, a verdade: distraí-me.

É evidente que lá veio uma notinha para assinatura parental com a classificação de “no mínimo insólita” à resposta da CV.

Castigo dado, digo-lhe que mais valia não ter ido. É considerado falta de respeito chegar tão atrasado e ainda para mais com uma desculpa tão esfarrapada!

- Mas é a verdade, mãe! Não é para dizer sempre a verdade? E não vale sempre a pena entrar, assumir a culpa e aproveitar o pouco da aula? Não dizes sempre que devemos sempre tentar o nosso melhor?
(…)
Pois digo, meu filho, pois digo.

Um óptimo fim-de-semana para todos!

9 comments:

Unknown said...

Cara amiga, aprendemos todos, que mais vale tarde do que nunca, e que quem diz a verdade não merece castigo!
Linda cria, bem-educada pela mãe que revejo nessa sua atitude.
Beijos

nocas verde said...

Minha linda!
Tens razão, claro. Em teoria, infelizmente, na terra da honra e honestidade.
Aqui deste lado, com as pessoas que tu e eu conhecemos tão bem... nem sempre será assim. É evidente, e tu sabes, que me orgulho destas reacções "insólitas" das minhas Crias.
Beijo grande!

CPrice said...

uma hora e quinze de atraso para uma aula é obra! :)

Mas é assim .. ensinas e de repente o teu ensinamento ganha vontade própria * a coisa passa por ofereceres um relógio à avó!

Beijocas e bom fim-de-semana

Nuno Amado said...

Olá Nocas
Tinha deixado de vir ao teu blog porque tinha pensado que tinhas parado! Houve um tempo que dizias que ias acabar com o blog e paraste durante muito tempo... bom, acabou mesmo, pensei eu !
Só agora quando fizeste o comentário no meu blog, é que estava "viva", e ainda bem!
Irei passar aqui concerteza!

nocas verde said...

Once,
É verdade. Se bem que a avó devia controlar a CV mas não faz, a CV não devia ser tão distraído mas é!!

Até para a distracção dele 1H15 é, de facto, obra!

Bom fim-de-semana para esse lado também!

nocas verde said...

Bongop,

Pensei em terminar mas resisti... e ainda por aqui ando :)

Como disse lá, leio o teu espaço com assiduidade.

Obrigada pelo "ainda bem"!!!

Volta sempre que quiseres.

Luísa A. said...

Castigar ou não castigar é um dilema nestas situações, Nocas. Acho tão bom que não se minta, que não saberia o que fazer. Talvez seguisse a sugestão da Once… ;-D
Um óptimo fim-de-semana para a família «Verde». :-)

Paulo Cunha Porto said...

Ai, Querida Nocas, ensine-lhe que as mentiras convencionais não são condenáveis e lá o teremos à velocidade da luz, rumo à perda da inocência e, hélas, à normalidade!
Beijinho

nocas verde said...

Querida Luísa,

Como disse à própria CV, devemos tomar precauções "contra" a distracção que nos domina. (É verdade. Deve ser genético. Também eu sou distraída a raiar a irresponsabilidade. Aprendi a usar notas, lembretes, post-its e tudo para não me ocorrer "acidentes" destes). Quanto a dizer-me a verdade, serviu para reduzir o castigo... mas não o poderia isentar. Digo eu que nestas coisas nunca sabemos se fazemos a opção correcta, certo? :)
Quanto à avó, reprimendas à parte, é mais um dos obstáculos a vencer. Já sabe a CV com o que (não) conta!
beijinho

Querido Paulo,
Mentiras convencionais, hã?
Não penso que precise EU de ensinar-lhe isso, mas foi mais ou menos o que lhe disse. (é agora que a segunraça social me acusa de negligência...) disse-lhe que teria sido melhor não ir de todo. Como disse na resposta à Luisa, nunca sei o que fazer e/ou dizer. Vou tomando as decisões "em cima do joelho"...
E, perdoe-me a galinhice, queria tanto que demorasse mais um pouco a perder a inocência...
beijinho