Wednesday, 15 October 2008

Mais uma doença

Na verdade não me posso queixar em demasia.

Tenho a graça divina de ter duas Crias maioritariamente saudáveis, apenas sofrendo das mazelas costumeiras da infância.

Ontem lá fiquei "retida" em casa fazendo as vezes de assistente materna.

Dia calmo, apesar de tudo, com a Cria Mais Velha a dizer, mais uma vez, o quanto gostavam que fosse assim todos os dias, com o beijinho quente da mãe a recebê-lo. :(

Vou ao Posto de Saúde porque sou bem tratada lá. Eu, que aqui vou depositando as minhas imensas queixas sobre os Serviços Públicos, devo, a bem da verdade, publicamente afirmar o meu apreço e até sorte (se acreditasse nela) por ter tão bons profissionais ao meu dispor.

Desde a Enfermeira F. que me acompanhou desde a primeira gravidez e que conhece os "seus pimpolhos" pelo nome, até à nossa querida Médica M., despachada, simpática, enérgica e verdadeira. Tiveram sempre comigo um atitude pedagógica acalmando os receios de mãe recente com conversas e ensinamentos, pequenos truques e confiança. Lembro-me da Enfermeira D., entretanto reformada, que me tratava por mamã e que muito "despachadamente" dizia que "isto - referindo à CV pequenina e única na altura - não é de vidro!"

Puxando a brasa à minha sardinha (estou a ver que tenho que comprar da congelada... tenho esta expressão na boca, de certeza por falta da Verdadeira nela!) também é verdade que nunca fui stressada em demasia. Os receios ditos normais da maternidade mas um bom senso que foi imperando e a sensação, ou convicação, que o desespero só prejudicaria, foram tabelado as minhas descobertas maternais, evitando deslocações frequentes. Talvez por isso, dizem-me elas, por me saberem uma mãe inteligente, explicaram sempre tudo com a Verdade e rigor.

Sabem que se apareço lá é porque preciso ou porque É preciso.

São funcionários com prazer no que fazem. São alegres, expeditos e profissionais. Fazem questão de criar uma relação pessoal com cada paciente que se torna, ao longo dos anos, uma espécie de amigo. Às crianças dão liberdade para falar, explicar o que têm, contar coisas do dia a dia, fazendo também papel de pseudo-psocólogos, incutindo a responsabilidade de se auto examinar.

Por tudo isto e muito mais, ao longo de doze anos que frequento aquele posto de saúde, Obrigada!

A CN lá voltou para a escola com a amigdalite controlada a antibiótico e carinhos redobrados da D. B. que vai pedir à D. O., querida mãe cozinheira, que passe muito bem a sopa para o menino...

Bom dia para todos!

2 comments:

Luísa A. said...

Também raramente tenho queixas das pessoas, Nocas, no que se refere a serviços públicos. Em geral, tenho a lamentar os tempos de espera e pouco mais. Às vezes – devo confessar – fico também com dúvidas em relação à qualidade. Mas a minha benevolência pode ser o resultado do contraste entre o que encontro e o que esperava. A fama é ainda muito negativa.
Votos de melhoras rápidas e completas da CN. :-)

nocas verde said...

Obrigada, Luísa. A CN, como, Graças a Deus, é característico na maioria das crianças está quase que "pronto para outra"... :)