não que seja contra o direito dos Outros lutarem pelo que acham correcto, ou por aquilo que consideram ter direito...
não que ache que devam ser cobradas portagens
não que ache que não devam ser cobradas portagens
mas uma das razões que parecem usar para justificar a não cobrança de portagens nessas estradas é
a falta de acessos alternativos
o que me pôs a pensar…
moro do lado de lá de Lisboa… no deserto portanto (o que já me fez pensar que posso ser, sem saber, uma nómada, visto marchar todos os dias em bando, eu e mais uns quantos, em marcha lenta, a caminho dos locais preciosos de comida e água, vulgo Capital)
atravesso a ponte, pago a portagem e nunca me considerei desprivilegiada. a ponte precisa de manutenção, é uma estrutura cara e de difícil arquitectura e gosto de pensar que contribuo para que continue (como acho que é) a ser uma ponte segura para passar.
mas com aquele argumento invocado penso que também eu não tenho alternativa para chegar a Lisboa, ou tenho?
tenho, claro! a outra ponte. moderna, larga – a uma maior distância do destino que pretendo, é verdade – com limite de velocidade maior, quase sempre sem condicionamentos, ah! mas também é paga…
oh, silly me! tenho outra alternativa, claro. o barco. a viagem é agradável, poupo sem dúvida na gasolina e no desgaste do carro – os horários são escassos e infernais, é verdade – mas posso ir descansada a ler e tal, ah! mas também é pago…
oh, cabeça a minha! tenho ainda uma outra alternativa… a ponte de vila franca de xira! o caminho é fantástico, lindo - teria de acordar mais cedo, apanhava o trânsito da entrada em Lisboa, é verdade – mas podia parar para beber café e comer uns deliciosos bolinhos naquele café que conheço, ah! mas também teria de pagar…
devo ser eu que não percebo nada disto.
devo ser eu que tenho a mania de tudo contestar, de tudo falar mal, rezingona, portanto
ou então é a tentativa de extermínio de uma raça nómada, a dos habitantes-da-margem-sul-do-tejo, o que, sem dúvida, poderá dar direito a protecção do alto comissariado para as raças desprotegidas… ou não?
um óptimo dia para todos!
...mas näo me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o que lhe confiei até àquele dia.
Showing posts with label nonsense. Show all posts
Showing posts with label nonsense. Show all posts
Tuesday, 5 January 2010
Tuesday, 10 November 2009
é muito ou's é
Somos apanhados de surpresa.
pensamos que conhecemos alguém, pensamos que sim. Já não somos miúdos, dizemos. Já não nos enganamos. Mas sim
(ajeitamento que devia ter sido posto lá em cima antes deste despejar de baboseiras começar: não, não é recado para ninguém. Não, não estou a pensar em ninguém mesmo nem me aconteceu nada. Vi acontecer, confesso. Não agora, não comigo)
pensamos que cuidamos que fazemos bem e de repente vemo-nos sozinhos.
às vezes os ciúmes fazem bem. vão por mim que não os tenho.
às vezes reclamar companhia, exigir amizade, pedinchar atenção faz bem. se não, sabem o que pode acontecer? ou nos tomam por frias, elitistas, ou por tão fortes que nunca precisamos de ninguém, ou esquecem-se de nós ou, pior, usurpam o nosso lugar
é muitos ou’s, é; mas todos maus.
e fico-me assim.
gosto deste despejar sem nenhum sentido, sem obrigação sem rotina.
se pensarem que não nos importamos que nos pisem, que se esqueçam de nós, que podem vir sempre que quiserem, sabem o que acontece?
não vêem. nunca
se pensarem que estamos a ser muito giras e modernas porque deixamos o “pássaro voar”, sabem o que acontece?
o pássaro voa
e não volta
pensamos que conhecemos alguém, pensamos que sim. Já não somos miúdos, dizemos. Já não nos enganamos. Mas sim
(ajeitamento que devia ter sido posto lá em cima antes deste despejar de baboseiras começar: não, não é recado para ninguém. Não, não estou a pensar em ninguém mesmo nem me aconteceu nada. Vi acontecer, confesso. Não agora, não comigo)
pensamos que cuidamos que fazemos bem e de repente vemo-nos sozinhos.
às vezes os ciúmes fazem bem. vão por mim que não os tenho.
às vezes reclamar companhia, exigir amizade, pedinchar atenção faz bem. se não, sabem o que pode acontecer? ou nos tomam por frias, elitistas, ou por tão fortes que nunca precisamos de ninguém, ou esquecem-se de nós ou, pior, usurpam o nosso lugar
é muitos ou’s, é; mas todos maus.
e fico-me assim.
gosto deste despejar sem nenhum sentido, sem obrigação sem rotina.
se pensarem que não nos importamos que nos pisem, que se esqueçam de nós, que podem vir sempre que quiserem, sabem o que acontece?
não vêem. nunca
se pensarem que estamos a ser muito giras e modernas porque deixamos o “pássaro voar”, sabem o que acontece?
o pássaro voa
e não volta
Wednesday, 30 September 2009
Tirei a carta em Dezembro de 2003. Não é assim há tanto tempo. Se considerarmos que fui, durante algum tempo, parte da famosa equipa dos "condutores de fim-de-semana", e sendo coerente com um dos meus mais defendidos cartões vermelhos, talvez nem tivesse a carta definitiva... Direi apenas em minha defesa que há quase três anos que passei daquela para a equipa dos que trazem o carro todos os dias, enfrentando a ponte e o trânsito da capital.
adiante
Há aqueles pequenos "truques" que vamos apanhando, uns mais fidedignos que outros, como o condutor do camião enorme que faz o pisca indicando-nos se podemos ou não ultrapassá-lo, os quatro piscas em sinal de agradecimento, os mesmos em sinal de aviso de emergência os sinais de luzes que nos dão passagem, sei lá.
Lembro-me de uma vez, em viagem, que o pai indicou a marcha de emergência pedindo-me que acenasse um lenço branco fora da janela para que pudéssemos chegar mais rápido ao hospital. Não fosse o susto que apanhei com a saúde materna e teria de facto achado graça ao ver os carros (parados naquelas recorrentes filas de Verão) desviarem-se para nos dar passagem.
Hoje, estava eu muito sossegadita no meu lugar da fila, esperando a minha vez para entrar em obediência à lei não escrita do entras-tu-entro-eu quando, chegando finalmente a minha, apercebo-me que o carro ao meu lado tinha uma maõzinha de fora, unhas muito arranjadinhas, dedos finos, pele cuidada, anel de brilhantes, sem aliança... (ok, ok. estes últimos detalhes eu não reparei) segurando o que me pareceu um lenço... branco. Dei-lhe passagem, claro e fiz sinal de luzes ao carro à minha frente que prontamente se desviou dando-lhe passagem também mas é aqui que a história fica estranha. A senhora ficou sossegada no seu lugar da fila. Seu, seu, não. O lugar era meu mas enfim. Não avançou (como pensei eu e seguramente o carro à minha frente) para a via de marcha de emergência existente à nossa direita. Vi depois que em todos as confluências ela surripiou um lugar mostrando o belo lenço branco. Atenção! Apenas um. Do lugar onde fiquei tinha vista privilegiada. Ela mostrava o lenço para apenas passar UM lugar. Não dois nem três. apenas UM.
Que emergência teria a senhora? Que quereria significar aquilo?
O problema destas indicações não escritas é que só funcionam enquanto são correctamente utilizadas. Será que da próxima vez que eu vir um lencinho branco a acenar pensarei que é mais uma que quer passar UM lugar na fila ou continuarei a pensar que é emergência e "parvamente" lhe cederei o meu lugar?
São apenas coisas parvas que me vão acontecendo... sei lá.
Entre as aulas que começam, as Crias que crescem assustadoramente depressa, os gatos que ficam doentes e o trânsito que fica cada vez pior - já para não falar das escutas, das inventonas, das histórias de crise que vamos sabendo, uma insignificância destas pode simplesmente desanuviar o clima. Ou então não.
Um bom dia para todos!
adiante
Há aqueles pequenos "truques" que vamos apanhando, uns mais fidedignos que outros, como o condutor do camião enorme que faz o pisca indicando-nos se podemos ou não ultrapassá-lo, os quatro piscas em sinal de agradecimento, os mesmos em sinal de aviso de emergência os sinais de luzes que nos dão passagem, sei lá.
Lembro-me de uma vez, em viagem, que o pai indicou a marcha de emergência pedindo-me que acenasse um lenço branco fora da janela para que pudéssemos chegar mais rápido ao hospital. Não fosse o susto que apanhei com a saúde materna e teria de facto achado graça ao ver os carros (parados naquelas recorrentes filas de Verão) desviarem-se para nos dar passagem.
Hoje, estava eu muito sossegadita no meu lugar da fila, esperando a minha vez para entrar em obediência à lei não escrita do entras-tu-entro-eu quando, chegando finalmente a minha, apercebo-me que o carro ao meu lado tinha uma maõzinha de fora, unhas muito arranjadinhas, dedos finos, pele cuidada, anel de brilhantes, sem aliança... (ok, ok. estes últimos detalhes eu não reparei) segurando o que me pareceu um lenço... branco. Dei-lhe passagem, claro e fiz sinal de luzes ao carro à minha frente que prontamente se desviou dando-lhe passagem também mas é aqui que a história fica estranha. A senhora ficou sossegada no seu lugar da fila. Seu, seu, não. O lugar era meu mas enfim. Não avançou (como pensei eu e seguramente o carro à minha frente) para a via de marcha de emergência existente à nossa direita. Vi depois que em todos as confluências ela surripiou um lugar mostrando o belo lenço branco. Atenção! Apenas um. Do lugar onde fiquei tinha vista privilegiada. Ela mostrava o lenço para apenas passar UM lugar. Não dois nem três. apenas UM.
Que emergência teria a senhora? Que quereria significar aquilo?
O problema destas indicações não escritas é que só funcionam enquanto são correctamente utilizadas. Será que da próxima vez que eu vir um lencinho branco a acenar pensarei que é mais uma que quer passar UM lugar na fila ou continuarei a pensar que é emergência e "parvamente" lhe cederei o meu lugar?
São apenas coisas parvas que me vão acontecendo... sei lá.
Entre as aulas que começam, as Crias que crescem assustadoramente depressa, os gatos que ficam doentes e o trânsito que fica cada vez pior - já para não falar das escutas, das inventonas, das histórias de crise que vamos sabendo, uma insignificância destas pode simplesmente desanuviar o clima. Ou então não.
Um bom dia para todos!
Wednesday, 20 May 2009
É sempre a mesma coisa
... acabei de reparar...
...ainda que não tenha visto... soube que fiz a mesma cara, hoje, trinta e muitos anos depois, que fazia nesse outro tempo, mais nova, quando me davam conselhos com os quais não concordava.
... e ainda...
... a mesma que fazem as minhas Crias quando lhes tento dar "lições de vida".
Cada vez mais me convenço que o caminho, para além de ser feito caminhando, quando não é aos empurrões, é feito por cada um de nós, sempre - ou quase sempre - do zero.
O que nos diferencia?
A claque.
Sei que os meus filhos têm uma claque imensa (eu. - e sei que mais alguns, mas o blog é meu!) que torce e serve de décimo segundo jogador, aplaudindo cada vitória e confortando cada derrota ou desaire.
(coisa que nem sempre tive...)
O caminho.
Houve buracos que planei, curvas que amansei, montanhas que derrubei para minorar o esforço.
As decisões?
São solitárias. As minhas, as de quem cá está há mais tempo, as de quem virá depois. Não há co-piloto, não há mapas.
__________________________________
Agora que escrevi um post cheio de sabedoria digna de um qualquer "postal inspiracional de pôr-do-sol", vou ali à cave.
O forno precisa de mais carvão.
Um (resto) de bom dia!
...ainda que não tenha visto... soube que fiz a mesma cara, hoje, trinta e muitos anos depois, que fazia nesse outro tempo, mais nova, quando me davam conselhos com os quais não concordava.
... e ainda...
... a mesma que fazem as minhas Crias quando lhes tento dar "lições de vida".
Cada vez mais me convenço que o caminho, para além de ser feito caminhando, quando não é aos empurrões, é feito por cada um de nós, sempre - ou quase sempre - do zero.
O que nos diferencia?
A claque.
Sei que os meus filhos têm uma claque imensa (eu. - e sei que mais alguns, mas o blog é meu!) que torce e serve de décimo segundo jogador, aplaudindo cada vitória e confortando cada derrota ou desaire.
(coisa que nem sempre tive...)
O caminho.
Houve buracos que planei, curvas que amansei, montanhas que derrubei para minorar o esforço.
As decisões?
São solitárias. As minhas, as de quem cá está há mais tempo, as de quem virá depois. Não há co-piloto, não há mapas.
__________________________________
Agora que escrevi um post cheio de sabedoria digna de um qualquer "postal inspiracional de pôr-do-sol", vou ali à cave.
O forno precisa de mais carvão.
Um (resto) de bom dia!
Monday, 11 May 2009
O insustentável peso da segunda-feira
Tive um professor que me dizia que a inspiração não existia, que desgraçado daquele que trabalhasse apenas quando se sentisse inspirado. O professor em questão dizia-nos isto (e muito mais) em aulas de “partir pedra”. Uma cambada de alunos que achavam que iam mudar o mundo, que seriam os novos Balanchine’s, Nureyev’s, Folkine’s, Bejart’s ou, melhor ainda para a maior parte de nós, Pina Bauch’s ou a verde em particular, Trisha Brown’s. Primeiro ano, claro está, do curso de dança.
Em trabalhos não artísticos poderá ser (e assim julgava eu) mais fácil fazê-lo. Porque não puxa à inspiração, esta não teria qualquer influência no dia de trabalho. Engano meu, claro! e dos redondos… trabalhar sem inspiração (como estou hoje, aliás) é penoso. É “pedir a uma mão para a outra se mexer”, é fazer tudo aos empurrões.
É debitar para aqui palermices sem sentido.
No entanto, se aprendi alguma coisa com o professor, tanto a nível artístico – que já lá vai – como para a vida no seu todo, este trabalho “técnico” e burocrático em particular, é que o trabalho acaba por ser feito eficientemente, se nos esforçarmos a isso, se nos disciplinarmos. A Terpsicore lá e Santo Ivo agora acabarão por nos ajudar. Assim tenhamos perseverança para tal.
E o tempo – recorramos a desculpas enquanto musa e santo não nos socorrem – não ajuda nada, pois não? Bem como a batida no carro que lá está à espera de arranjo e a antevisão de “não tão boas notas” a TGObrigações que a Penal lá nos safámos.
Uma óptima semana para todos.
Esta deste lado inclui estudo de Declarativo, Estudo do Meio, Ciências da Natureza…
Haja paciência e santos ou musas que nos entusiasmem.
Em trabalhos não artísticos poderá ser (e assim julgava eu) mais fácil fazê-lo. Porque não puxa à inspiração, esta não teria qualquer influência no dia de trabalho. Engano meu, claro! e dos redondos… trabalhar sem inspiração (como estou hoje, aliás) é penoso. É “pedir a uma mão para a outra se mexer”, é fazer tudo aos empurrões.
É debitar para aqui palermices sem sentido.
No entanto, se aprendi alguma coisa com o professor, tanto a nível artístico – que já lá vai – como para a vida no seu todo, este trabalho “técnico” e burocrático em particular, é que o trabalho acaba por ser feito eficientemente, se nos esforçarmos a isso, se nos disciplinarmos. A Terpsicore lá e Santo Ivo agora acabarão por nos ajudar. Assim tenhamos perseverança para tal.
E o tempo – recorramos a desculpas enquanto musa e santo não nos socorrem – não ajuda nada, pois não? Bem como a batida no carro que lá está à espera de arranjo e a antevisão de “não tão boas notas” a TGObrigações que a Penal lá nos safámos.
Uma óptima semana para todos.
Esta deste lado inclui estudo de Declarativo, Estudo do Meio, Ciências da Natureza…
Haja paciência e santos ou musas que nos entusiasmem.
Friday, 24 April 2009
Hoje sinto-me um bocadinho "A la Diana"...
(é o que dá lidar só com gente civilizada...)
... ainda não me tinha apercebido que a minha indumentária é um bocadinho transparente...
obrigada, Senhordasobras, por mo ter lembrado de forma tão - hum - veemente!
acho que tenho mesmo que passar a ver-me ao espelho mais do que três vezes por mês!
Agora sim
Bom fim-de-semana!
... ainda não me tinha apercebido que a minha indumentária é um bocadinho transparente...
obrigada, Senhordasobras, por mo ter lembrado de forma tão - hum - veemente!
acho que tenho mesmo que passar a ver-me ao espelho mais do que três vezes por mês!
Agora sim
Bom fim-de-semana!
Thursday, 9 April 2009
Páscoa
Pode ser que eu seja apenas fruto da imaginação de alguém. Que só exista enquanto e porque esse alguém está, pensa, fala e escreve.
Pode ser que seja apenas resposta e reacção a alguém que escreve...
Pode ser que esteja cansada, com trabalho a mais e pouco tempo para escrever...
Pode ser...
uma santa páscoa para todos
Pode ser que seja apenas resposta e reacção a alguém que escreve...
Pode ser que esteja cansada, com trabalho a mais e pouco tempo para escrever...
Pode ser...
uma santa páscoa para todos
Wednesday, 1 April 2009
Word Verification
... e mais um desafio...
(porque detesto o primeiro de abril...)
Regras:
- Inserir um comentário e utilizar o "word verification" ou "verificação de palavras" no próprio.
- pode ser utilizado como "palavra que lembra", "soa a" ou outra qualquer forma - como por exemplo usar as letras do word verification no início de cada palavra do comentário...
Prémio:
- A minha inteira gratidão
- colocação em postal deste lado com a devida autoria
- não me ponho aqui a derramar sobre futebol
Um bom dia para todos... sem mentiras!
(porque detesto o primeiro de abril...)
Regras:
- Inserir um comentário e utilizar o "word verification" ou "verificação de palavras" no próprio.
- pode ser utilizado como "palavra que lembra", "soa a" ou outra qualquer forma - como por exemplo usar as letras do word verification no início de cada palavra do comentário...
Prémio:
- A minha inteira gratidão
- colocação em postal deste lado com a devida autoria
- não me ponho aqui a derramar sobre futebol
Um bom dia para todos... sem mentiras!
Friday, 27 March 2009
Liberdade (versão thank God it's Friday)
Nunca os vejo à noite.
Nunca? Não é bem verdade. À sexta-feira, porque no dia seguinte não há aulas, ficam acordados à minha espera.
Mas dizia, e corrigindo, quase nunca os vejo à noite. As conversas são feitas de manhã. Por entre torradas, cereais, leite, roupa, esquecimentos de última hora e tal, vão relatando os acontecimentos. Por vezes atropelam-se porque o tempo escasseia e as histórias são muitas.
Infelizmente é também de manhã que os raspanetes acontecem. Fico sempre dividida entre não falar, com o peso na consciência de azedar o pouco tempo que tenho com eles, ou a emergência de os corrigir, castigar e repreender. A dúvida vem também de, muitas vezes – na maioria das vezes – são eles próprios que me contam os seus erros; ou seja, deverá a honestidade ser recompensada, por vias de atenuar a “pena”, ou, ainda assim, prosseguir no «obrigada por me contares mas toma lá disto»? Confesso que nunca sei. Confesso que qualquer que seja a minha decisão a dúvida unida ao sentido de dever ficam ali juntinhos...
Mas até nem era por isso que pensei em escrever este postal.
Liberdade?
Sim, as minhas Crias têm liberdade. Para dizerem que o tratamento que lhes dou é injusto, que as tarefas que lhes imponho são demasiadas, que sou muito rigorosa com eles também.
Falamos numa democracia diz o que queres mas quem manda sou eu (riso)... ficam eles contentes e acabam quase sempre por afirmar «eu sei, eu sei que é para o nosso bem...»
Dizia-me a CV que uma colega já tinha ido de férias. Quando remato que era, provavelmente, um prémio pelas boas notas dela, indigna-se.
- Nem penses, mãe. Teve 3 a quase tudo e muitos dos “3” eram quase 2. E – acentua – ainda assim, foi de férias mais cedo.
Ficamos os dois parados. Olhos nos olhos. Leio-lhe um «o que farias tu se eu tivesse essas notas?», eu, que reclamo com os 4 que tem.
- Desculpa – balbucio – calhou-te esta mãe.
O abraço que me dá? Interpreto-o na perfeição, creio.
Em tons de desanuviar – muito diplomático esta minha Cria – conta-me o que disse no dia anterior ao pai, enquanto viam um certo programa televisivo. Ao que parece o comentador diz a frase “nada se equipara à raiva de uma mãe” (parece que a dita – a do programa – se terá “virado à pancada” a um homem fugitivo à polícia depois de este ter batido no carro dela onde seguia também o seu filho. A “tareia” terá sido tanta que o homem preferiu entregar-se à polícia exclamando que não podia aguentar mais. O riso nas caras das minhas Crias é cristalino quando afirmam em coro «e nós sabemos isso muito bem!».
Riu-me com eles. Digo-lhes que isso, para mim que até me acho meio cobardolas, é um elogio.
A CN remata:
- És capaz disso e muito mais! Nós já vimos!
Um óptimo fim-de-semana para todos.
Por este lado há testes nas proximidades mas haverá tempo também para a diversão e descanso.
ps – não fiquem a pensar que ando para aí a bater em todos os que aparecem à minha frente, está bem?
Nunca? Não é bem verdade. À sexta-feira, porque no dia seguinte não há aulas, ficam acordados à minha espera.
Mas dizia, e corrigindo, quase nunca os vejo à noite. As conversas são feitas de manhã. Por entre torradas, cereais, leite, roupa, esquecimentos de última hora e tal, vão relatando os acontecimentos. Por vezes atropelam-se porque o tempo escasseia e as histórias são muitas.
Infelizmente é também de manhã que os raspanetes acontecem. Fico sempre dividida entre não falar, com o peso na consciência de azedar o pouco tempo que tenho com eles, ou a emergência de os corrigir, castigar e repreender. A dúvida vem também de, muitas vezes – na maioria das vezes – são eles próprios que me contam os seus erros; ou seja, deverá a honestidade ser recompensada, por vias de atenuar a “pena”, ou, ainda assim, prosseguir no «obrigada por me contares mas toma lá disto»? Confesso que nunca sei. Confesso que qualquer que seja a minha decisão a dúvida unida ao sentido de dever ficam ali juntinhos...
Mas até nem era por isso que pensei em escrever este postal.
Liberdade?
Sim, as minhas Crias têm liberdade. Para dizerem que o tratamento que lhes dou é injusto, que as tarefas que lhes imponho são demasiadas, que sou muito rigorosa com eles também.
Falamos numa democracia diz o que queres mas quem manda sou eu (riso)... ficam eles contentes e acabam quase sempre por afirmar «eu sei, eu sei que é para o nosso bem...»
Dizia-me a CV que uma colega já tinha ido de férias. Quando remato que era, provavelmente, um prémio pelas boas notas dela, indigna-se.
- Nem penses, mãe. Teve 3 a quase tudo e muitos dos “3” eram quase 2. E – acentua – ainda assim, foi de férias mais cedo.
Ficamos os dois parados. Olhos nos olhos. Leio-lhe um «o que farias tu se eu tivesse essas notas?», eu, que reclamo com os 4 que tem.
- Desculpa – balbucio – calhou-te esta mãe.
O abraço que me dá? Interpreto-o na perfeição, creio.
Em tons de desanuviar – muito diplomático esta minha Cria – conta-me o que disse no dia anterior ao pai, enquanto viam um certo programa televisivo. Ao que parece o comentador diz a frase “nada se equipara à raiva de uma mãe” (parece que a dita – a do programa – se terá “virado à pancada” a um homem fugitivo à polícia depois de este ter batido no carro dela onde seguia também o seu filho. A “tareia” terá sido tanta que o homem preferiu entregar-se à polícia exclamando que não podia aguentar mais. O riso nas caras das minhas Crias é cristalino quando afirmam em coro «e nós sabemos isso muito bem!».
Riu-me com eles. Digo-lhes que isso, para mim que até me acho meio cobardolas, é um elogio.
A CN remata:
- És capaz disso e muito mais! Nós já vimos!
Um óptimo fim-de-semana para todos.
Por este lado há testes nas proximidades mas haverá tempo também para a diversão e descanso.
ps – não fiquem a pensar que ando para aí a bater em todos os que aparecem à minha frente, está bem?
Wednesday, 25 March 2009
Hoje é...

Sexta-feira!!!
não é?
mas devia!
(se há coisa que nunca vou receber é um prémio de utilidade continuada...)
A minha querida cházinha avisa:
A hora de Verão vai chegar no último domingo de Março, dia 29, devendo os
relógios em Portugal ser adiantados 60 minutos em todo o país, de acordo com o
Observatório Astronómico de Lisboa.
Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser adiantados 60 minutos às 01:00 de 29 de Março, passando para as 02:00.
A próxima mudança de hora, para a hora de Inverno, vai ocorrer no último domingo de Outubro, ou seja dia 25.
Durante todo o período em que vigorar a hora de Verão, Portugal terá mais uma hora do que o tempo universal coordenado (UTC).
A mudança da hora prende-se com a necessidade de não haver desfasamento solar, aproveitando-se o melhor possível a luz nas diversas actividades.
A única actividade que queria agora era dormir... pode ser?
Monday, 23 March 2009
Aviso à Navegação

Ao contrário do que era dito (e descoberto da pior maneira):
O selo do carro (ou melhor dizendo... o imposto de circulação) é passível de ser cobrado com multa.
A história conta-se muito simplesmente assim:
A verde "sabia" que o selo era devido em Janeiro. A informação corrente era de que não se pagava "multa" a não ser se fossemos apanhados pelos agentes de autoridade... ora o dito carro estava parado à porta desta que Vos escreve. Não anda, não pago ainda. quando o F regressar logo pago.
Pois o F regressa e caminha alegremente até à Repartição de Finanças mais próximo (a pé, certo? para não ser apanhado...) para proceder ao respectivo pagamento. É brindado com uma "multazita" por pagamento em atraso... não contente com isso... a multa tem o mínimo de € 15,00...
Trsite triste esta Vossa blogueira decido transformar o meu infortúnio (merecido, claro porque era incumpridora) em informação útil.
Paguem e paguem dentro do prazo, ok? E não digam que não Vos ajudo!
Uma óptima semana para todos.
ps - em relação ao jogo..................................................... nem uma palavra, está bem?
Friday, 20 March 2009
Thursday, 12 March 2009
A beautiful picture a day... 018

Os desertos fascinam-me.
Não pela beleza ou por qualquer interpretação metafísica, religiosa, espiritual ou outra.
Fascinam-me de uma forma puramente científica (se é que de tal se poderá apelidar esta curiosidade mal esgalhada, vulgo amadorismo alimentado pelos programas de David Attenborough e Félix Rodriguez de La Fuente).
Fascinam-me pela adaptação sofrida por todos aqueles que lá escolheram viver.
Eu disse escolher? Sim, claro. A evolução não presume outra coisa que a escolha voluntária dos caminhos evolucionários. Reforço o voluntarismo. Escolhem evoluir ou morrer… mas é uma escolha.
(Deus nos livre de dizermos que foi um Ente qualquer que os lá pôs por artes de malvadez)
Adiante.
Mesmos os seres humanos (perdoar-me-ão os evolucionistas puros mas, por enquanto, e enquanto apenas me referir à espécie humana onde me incluo – e não de uns seres quaisquer que matam e roubam, recusar-me-ei a referir-me como animal) que lá vivem adaptaram-se (e lá estou eu) evoluíram de formas no mínimo assombrosas.
Com eles aprendi a retirar de um cacto enterrado na areia água pura e fresca.
Com eles aprendi que se saltitarmos de um lado para o outro podemos atravessar a areia tórrida (sim, sim, sou eu a parva que saltita nas areias do nosso Portugal… resulta, que querem?)
Com eles aprendi que se tivermos pavilhões auditivos muito grandes podemos sentir os inimigos que se movem debaixo do solo.
Com eles aprendi que se fecharmos todos os orifícios corporais suportamos melhor as terríveis tempestades de areia.
Com eles aprendi que ainda que durante o dia estejam temperaturas assustadoramente altas devemos preparar-nos para uma noite gélida.
Agora é só dar um ar levemente intelectual a este texto. Uns pozinhos de metafísica, afirmar o que neguei lá no início do texto, vestir-me com um sari e inventar um testemunho qualquer de como a minha vida foi “mudada” e tenho um belo livro – best-seller - de auto-ajuda.
note to self:
escolher melhor as fotografias para esta rubrica
Não pela beleza ou por qualquer interpretação metafísica, religiosa, espiritual ou outra.
Fascinam-me de uma forma puramente científica (se é que de tal se poderá apelidar esta curiosidade mal esgalhada, vulgo amadorismo alimentado pelos programas de David Attenborough e Félix Rodriguez de La Fuente).
Fascinam-me pela adaptação sofrida por todos aqueles que lá escolheram viver.
Eu disse escolher? Sim, claro. A evolução não presume outra coisa que a escolha voluntária dos caminhos evolucionários. Reforço o voluntarismo. Escolhem evoluir ou morrer… mas é uma escolha.
(Deus nos livre de dizermos que foi um Ente qualquer que os lá pôs por artes de malvadez)
Adiante.
Mesmos os seres humanos (perdoar-me-ão os evolucionistas puros mas, por enquanto, e enquanto apenas me referir à espécie humana onde me incluo – e não de uns seres quaisquer que matam e roubam, recusar-me-ei a referir-me como animal) que lá vivem adaptaram-se (e lá estou eu) evoluíram de formas no mínimo assombrosas.
Com eles aprendi a retirar de um cacto enterrado na areia água pura e fresca.
Com eles aprendi que se saltitarmos de um lado para o outro podemos atravessar a areia tórrida (sim, sim, sou eu a parva que saltita nas areias do nosso Portugal… resulta, que querem?)
Com eles aprendi que se tivermos pavilhões auditivos muito grandes podemos sentir os inimigos que se movem debaixo do solo.
Com eles aprendi que se fecharmos todos os orifícios corporais suportamos melhor as terríveis tempestades de areia.
Com eles aprendi que ainda que durante o dia estejam temperaturas assustadoramente altas devemos preparar-nos para uma noite gélida.
Agora é só dar um ar levemente intelectual a este texto. Uns pozinhos de metafísica, afirmar o que neguei lá no início do texto, vestir-me com um sari e inventar um testemunho qualquer de como a minha vida foi “mudada” e tenho um belo livro – best-seller - de auto-ajuda.
note to self:
escolher melhor as fotografias para esta rubrica
Wednesday, 11 March 2009
Guantanamera (e outros nonsense)
Gosto mais desta versão da música, pode ser?
(para Vós, gente incauta, que não sabe do que falo, menciono uma versão cantada ontem em Figo Maduro na recepção a uma certa equipa da mesma cor desta que Vos escreve)
Outro assunto
como já disse algures por aqui a minha CN não teve uma boa professora primária. Era autoritária, déspota, desproporcionada, histérica e outros adjectivos que tais. Mas uma coisa a senhora ensinou: entre o sujeito e o predicado não há vírgula. Porque digo isto?
Proposta de lei do Governo para o crime de violência do doméstica
Vejam a notícia
Ainda um outro assunto
Um escritor inventou um novo silogismo (está bem, está bem eu completei-o) Vejam se o percebem...
percebem?
vejam isto
e depois digam...
Aliás, pelo que infiro das várias afirmações dos senhores quando receberam o alto dignatário, a democracia demora muito tempo a construir... tipo mais de trinta anos ou coisa parecida... e já agora, entrementes, vai um iluminado (des)governando... tipo paizinho porque o povo é burro(?)
Aproveitem para votar nas minhas mentiras e verdades do postal de ontem... diverti-me imenso com as Vossas respostas e queria mais algumas antes de revelar os resultados...
grata!
Um óptimo dia de Sol!

(para Vós, gente incauta, que não sabe do que falo, menciono uma versão cantada ontem em Figo Maduro na recepção a uma certa equipa da mesma cor desta que Vos escreve)
Outro assunto
como já disse algures por aqui a minha CN não teve uma boa professora primária. Era autoritária, déspota, desproporcionada, histérica e outros adjectivos que tais. Mas uma coisa a senhora ensinou: entre o sujeito e o predicado não há vírgula. Porque digo isto?
Artigo 30.º
Denúncia do crime
1 - A denúncia de natureza criminal, é feita nos termos gerais, sempre que possível, através de formulários próprios, nomeadamente autos de notícia padrão, criados no âmbito da prevenção e de investigação criminal e apoio às vítimas.
Proposta de lei do Governo para o crime de violência do doméstica
Vejam a notícia
O PGR foi ouvido durante a tarde de ontem na Comissão de Direitos, Liberdade e Garantias da Assembleia da República. E começou logo por dizer que a "intenção" em legislar sobre a violência doméstica "é boa", mas a proposta de lei precisa de um "depuração". "Há tantos artigos sobre intenções que esta lei ordinária parece uma Constituição para a violência doméstica", declarou Pinto Monteiro
Ainda um outro assunto
Um escritor inventou um novo silogismo (está bem, está bem eu completei-o) Vejam se o percebem...
D. Afonso Henriques está para a Democracia
assim como
Botticelli está para a fotografia
percebem?
vejam isto
«Acho que a Angola está no caminho da democracia», disse, lembrando que «as coisas não se fazem de um dia para o outro» e que D. Afonso Henriques também não era um democrata exemplar.
e depois digam...
Aliás, pelo que infiro das várias afirmações dos senhores quando receberam o alto dignatário, a democracia demora muito tempo a construir... tipo mais de trinta anos ou coisa parecida... e já agora, entrementes, vai um iluminado (des)governando... tipo paizinho porque o povo é burro(?)
Aproveitem para votar nas minhas mentiras e verdades do postal de ontem... diverti-me imenso com as Vossas respostas e queria mais algumas antes de revelar os resultados...
grata!
Um óptimo dia de Sol!
Monday, 9 March 2009
Manda recado ao luar
No dia 2 de Fevereiro deste ano de Deus as coisas deram para o torto. Um nariz que pinga e uns espirros leves degeneraram num turbilhão de noites solitárias e de questões que ninguém deveria colocar, muito menos, perdoem-me a personalização, a uma mãe jovem de trinta e cinco anos «com a vida toda pela frente».
As lágrimas? retive-as o mais que pude. Pela saúde das Crias, pela saúde dele… pela minha saúde.
às nove da manhã de um dia que me pareceu escuro e negro uma enfermeira disse-me que deveria ter esperança porque «ele era um homem novo»
O que se faz a seguir a isto?
Vive-se, é o que é. Vive-se segundo a segundo. Passos um à frente do outro, a vida dividida em pequenas fracções de segundo sem pensamentos filosóficos ou transcendentais.
Dizia uma professora que muito estimo que devemos sempre enfrentar a vida como uma guerra: seguir para a vitória que a derrota é nossa!
E assim fizemos, fiz, durante trinta e três dias… 33. Engraçado o número.
Parece que foi ontem, disse-me ele quando se sentou no “seu” sofá, e se embrulhou na manta «a cheirar às Crias».
Ontem, meu amor? Sim, talvez, mas numa outra dimensão, num outro mundo, não o que era no dia um de Fevereiro.
A simpática D. Amélia que nos conhece há tantos anos, que nos viu conhecer, namorar, casar, nascer os filhos; a simpática D. Amélia a quem nós vimos casar os filhos, nascer os netos, enterrar o marido, celebrou o regresso com um bem-vindo profundo, um abraço apertado, entre dois cafés bem tirados – como só ela sabe. E depois, não o deixando ver, aperta-me a mão. Olho-a e vejo-lhe uma lágrima teimosa nos olhos sofridos. Falamos sem voz e sei o que me transmite. De mãe, para mãe, de mulher para mulher. «vamos, menina, tem que engordar um bocadinho agora, está bem?» entregando-me o troco.
Diz-me ele comovido, que chorei baixinho durante a noite. A sério, pergunto? Não me lembro de nada. E é verdade.
Suspira de alívio a minha querida cházinha, e suspiras bem. O teu sorriso ajudou-me, mate! More than you can imagine, I recon.
E tu, Sílvia, exemplo de força e coragem... obrigada!
Por último…
Deixo-Vos um fado. Ah, um fado. Este em particular. Meu e só meu. Vivido, sentido (não cantado por mim, descansem) … como só os fados sabem.
Agora preparem-se. Estou de volta mais fútil e engraçada que nunca…
… ou não…
Boa semana para todos
As lágrimas? retive-as o mais que pude. Pela saúde das Crias, pela saúde dele… pela minha saúde.
às nove da manhã de um dia que me pareceu escuro e negro uma enfermeira disse-me que deveria ter esperança porque «ele era um homem novo»
O que se faz a seguir a isto?
Vive-se, é o que é. Vive-se segundo a segundo. Passos um à frente do outro, a vida dividida em pequenas fracções de segundo sem pensamentos filosóficos ou transcendentais.
Dizia uma professora que muito estimo que devemos sempre enfrentar a vida como uma guerra: seguir para a vitória que a derrota é nossa!
E assim fizemos, fiz, durante trinta e três dias… 33. Engraçado o número.
Parece que foi ontem, disse-me ele quando se sentou no “seu” sofá, e se embrulhou na manta «a cheirar às Crias».
Ontem, meu amor? Sim, talvez, mas numa outra dimensão, num outro mundo, não o que era no dia um de Fevereiro.
A simpática D. Amélia que nos conhece há tantos anos, que nos viu conhecer, namorar, casar, nascer os filhos; a simpática D. Amélia a quem nós vimos casar os filhos, nascer os netos, enterrar o marido, celebrou o regresso com um bem-vindo profundo, um abraço apertado, entre dois cafés bem tirados – como só ela sabe. E depois, não o deixando ver, aperta-me a mão. Olho-a e vejo-lhe uma lágrima teimosa nos olhos sofridos. Falamos sem voz e sei o que me transmite. De mãe, para mãe, de mulher para mulher. «vamos, menina, tem que engordar um bocadinho agora, está bem?» entregando-me o troco.
Diz-me ele comovido, que chorei baixinho durante a noite. A sério, pergunto? Não me lembro de nada. E é verdade.
Suspira de alívio a minha querida cházinha, e suspiras bem. O teu sorriso ajudou-me, mate! More than you can imagine, I recon.
E tu, Sílvia, exemplo de força e coragem... obrigada!
Por último…

Deixo-Vos um fado. Ah, um fado. Este em particular. Meu e só meu. Vivido, sentido (não cantado por mim, descansem) … como só os fados sabem.
Agora preparem-se. Estou de volta mais fútil e engraçada que nunca…
… ou não…
Boa semana para todos
Friday, 6 March 2009
Just passing by - the return

Welcome back home, my captain!
Até pode parecer imodéstia este auto festejo de regresso… e até poderá ser.
A nave regressou a Terra. Não ainda para o hangar, nem pronta para mais viagens. De regresso directamente à oficina onde os funcionários, não já oriundos de estranhos mundos, com três olhos, simpáticos sim mas alienígenas mas mecânicos terrestres simpáticos e … terrestres!
A viagem afectada por razões tão extrínsecas como internas, de problemas, lutas, guerras e ansiedades terminou.
É tempo de recuperar. É tempo de recuperar. O alerta amarelo apaga-se.
Mazelas, cicatrizes, abanões e lutas corpo a corpo passarão a ser história de lareira, contando a heroicidade dos intervenientes, qual odisseia.
O capitão abraça a tripulação pela última vez antes de se refugiar na sua solidão caseira. Aquela cicatriz, pediu ele à médica alienígena que o tratou, não a tirem… lembrar-me-á sempre de como afortunado sou. Nunca teria conseguido sem a minha equipa. À tenente dirige um olhar de eterna gratidão.
É tempo de…
óptimo fim-de-semana
Até pode parecer imodéstia este auto festejo de regresso… e até poderá ser.
A nave regressou a Terra. Não ainda para o hangar, nem pronta para mais viagens. De regresso directamente à oficina onde os funcionários, não já oriundos de estranhos mundos, com três olhos, simpáticos sim mas alienígenas mas mecânicos terrestres simpáticos e … terrestres!
A viagem afectada por razões tão extrínsecas como internas, de problemas, lutas, guerras e ansiedades terminou.
É tempo de recuperar. É tempo de recuperar. O alerta amarelo apaga-se.
Mazelas, cicatrizes, abanões e lutas corpo a corpo passarão a ser história de lareira, contando a heroicidade dos intervenientes, qual odisseia.
O capitão abraça a tripulação pela última vez antes de se refugiar na sua solidão caseira. Aquela cicatriz, pediu ele à médica alienígena que o tratou, não a tirem… lembrar-me-á sempre de como afortunado sou. Nunca teria conseguido sem a minha equipa. À tenente dirige um olhar de eterna gratidão.
É tempo de…
óptimo fim-de-semana
Wednesday, 25 February 2009
Just passing by (versão 2)
A viagem ou tentativa de "escape" ao buraco negro ainda não terminou.
Infelizmente não tenho já vontade de despejar para aqui trivialidades que, apesar de as procurar com sentido, engraçadas ou apenas "coisinhas" me exigem mais do que posso despender por estes dias.
A nossa nave está ainda em alerta amarelo. A luz no painel que piscava em vermelho flamejante "survival mode" está já desligado mas a tripulação está demasiado exausta para continuar e demasiado orgulhosos e briosos os tripulantes para não Vos dar o porquê da excessiva nonsense e futilidade que tenho demonstrado.
Eu sou o que sou - diz quem me conhece quando me lê, incapaz de me esconder. Por agora sou também incapaz de me revelar. Incapaz de pensar. Incapaz de aprofundar.
Assim, agradecendo o teu carinho, minha querida cházinha, em me la(n)çares num desafio que já tinha encontrado por aí e que até tinha, interiormente, alvitrado algumas mentiras e outras verdades mentirosas (riso), peço-te um adiamento na resposta.
A nave está ainda em alerta amarelo mas não Vos preocupeis. Breve, breve volto cheia de futilidades engraçadas ou seriedades profundas, as the case may be.
Entretanto o quarto semestre já arrancou e nunca antes me soube tão bem ter um espaço onde estou tão preocupada com a matéria, com os neurónios aos pulos a tentarem assimilar tanta e tanta informação (coitaditos dos bichinhos) que não penso em mais nada...
Grata por tudo e até breve
Nocas, a Verde
(as maiúsculas foram propositadas... e muita sorte têm não começar a falar de myself na terceira pessoa... coisas de imodesta!!)
Infelizmente não tenho já vontade de despejar para aqui trivialidades que, apesar de as procurar com sentido, engraçadas ou apenas "coisinhas" me exigem mais do que posso despender por estes dias.
A nossa nave está ainda em alerta amarelo. A luz no painel que piscava em vermelho flamejante "survival mode" está já desligado mas a tripulação está demasiado exausta para continuar e demasiado orgulhosos e briosos os tripulantes para não Vos dar o porquê da excessiva nonsense e futilidade que tenho demonstrado.
Eu sou o que sou - diz quem me conhece quando me lê, incapaz de me esconder. Por agora sou também incapaz de me revelar. Incapaz de pensar. Incapaz de aprofundar.
Assim, agradecendo o teu carinho, minha querida cházinha, em me la(n)çares num desafio que já tinha encontrado por aí e que até tinha, interiormente, alvitrado algumas mentiras e outras verdades mentirosas (riso), peço-te um adiamento na resposta.
A nave está ainda em alerta amarelo mas não Vos preocupeis. Breve, breve volto cheia de futilidades engraçadas ou seriedades profundas, as the case may be.
Entretanto o quarto semestre já arrancou e nunca antes me soube tão bem ter um espaço onde estou tão preocupada com a matéria, com os neurónios aos pulos a tentarem assimilar tanta e tanta informação (coitaditos dos bichinhos) que não penso em mais nada...
Grata por tudo e até breve
Nocas, a Verde
(as maiúsculas foram propositadas... e muita sorte têm não começar a falar de myself na terceira pessoa... coisas de imodesta!!)
Friday, 20 February 2009
Wednesday, 21 January 2009
A Teoria do Caos (ou da frigideira)

Uma gota de água escolhe um caminho, aleatório, para fazer o seu percurso. Apesar do caminho iniciado pela pioneira estar já desbravado é contrariado por uma outra, depois por outra. Um outro caminho pioneiro é tentado por ainda outra gota pioneira e sem dar conta a superfície é toda abrangida pela água.
Life will find a way – dizia o professor, amante de estrangeirismos – a Teoria do Caos remete para o aleatoriamente aleatório. Tão aleatório que deixa de o ser. O traçado inicial tem um considerável índice de atrito logo seria de pensar que todas as outras seguissem esse traçado, agora com um atrito muito menor. Mas não. Apesar da escolha entre o impossivelmente difícil e o já desbravado há sempre uma gota que decide pelo menos fácil. Resiste, demora mas segue em frente.
E se formos para líquidos menos fluidos aumentem a dificuldade. O resultado é o mesmo. A superfície acaba, eventualmente, por ficar toda coberta do líquido.
O traçado de um rio exemplifica isso mesmo. Dizemos que o rio escolhe o caminho mais fácil, com a força da gravidade a exercer a predominância nas escolhas mas rios existem que sobem, esculpem montanhas, seguem para Norte, contrariando a regra, preferindo a paciência do “gota a gota” ao facilitismo do “já traçado”.
(tudo porque ontem o F. me pediu que pusesse um pouco de azeite a cobrir uma frigideira)
Subscribe to:
Posts (Atom)