Friday 29 May 2009

Fim-de-semana

... cheio de estudo

e praia??

quem sabe...

felicidades

Thursday 28 May 2009

28 de Maio



Quereria escrever alguma coisa de espectacular (eu sei, eu sei, desculpa barata e muito utilizada por aqui a lembrar a velha história do cão que comeu o trabalho de casa... mas que fazer? é verdade!)




O dia acorda lindo. E porque não? Hoje celebra-se um grande dia. Não sabem? Pois hoje é o aniversário de uma grande Amiga minha.




O dia acorda lindo, a fila é imensa mas antecipo a pequena surpresa que lhe preparei e rio sozinha. Espero que gostes. (Mme. Campos)




Componho mentalmente o postal de hoje. Porque por esta altura, tenho o carro desligado, vidros abertos e alguns condutores a caminharem pela Avenida, tenho vontade de colocar uma música do filme "Fame" mas não o faço. Gosto do meu carro sem mossas (para além daquelas que eu fiz...)




Pego numa folha de papel e começo a escrevinhar... ponho assim, brinco com isto e aquilo...




... como quem não quer a coisa olho para o cockpit (não é, mas é bem mais giro dizer que o meu carro tem "cockpit" que um "tablier", ou "mostradores", não acham? adiante) passou já para além do "L" a temperatura. Ai, ai! Ouço a voz do F. "mas tu não olhas para os mostradores???" não, my dear. Fico aflita. Mas há quanto tempo não ponho eu água no radiador? há muito... consigo sair da fila por artes mágicas e dirijo-me à bomba. Pestanejo e peço ajuda ao menino simpático.




Uma longa história depois (...) estou na ponte parada (eu e a ponte) e a bela a folha voa... voa digo-Vos! Fico aflita primeiro. E se cai num espelho de alguém? Tipo filme, vejo-a cair tranquilamente ponte fora, ou borda fora e adivinho um barco de recreio que o receba. Tudo posto, mais uns quantos fogos para apagar por aqui na Casa da Caldeira, já não sei mesmo o que queria escrever... fico triste




Aceitas, minha Querida, apenas um Grande, Grande
Parabéns
do fundo do coração sentido e desta cabeça estouvada?




Obrigada por me deixares festejar mais um aniversário Teu!


Que Deus te abençoe!

Wednesday 27 May 2009


Mais uns quantos!

Snif versão final

Em conclusão do que começou aqui e desenvolvi aqui...

Vieram hoje entregar-me o meu velho carrinho. Já arranjado e "como novo"...

Se dúvidas houvesse sobre a honra das pessoas e da força da palavra... este é um exemplo de que ainda se cumpre o que se promete.

E sem mais nada.

Um bom dia a todos!

Tuesday 26 May 2009

Nunca mas nunca (!) julguem a Rosa pelo seu nome

Hoje comprei uma publicação. Não a compraria se não soubesse que devia - mesmo, mesmo - conhecer o seu conteúdo.

Venho cedo para a minha mesa enquanto ainda não chegaram os outros, enquanto apenas estou eu, a fornalha e o carvão...

Sento-me no meu montinho.

Propositadamente saboreio cuidadosamente o seu recheio. Folha depois de folha. Tentando alargar a distância que me separava.

Ei-lo

Conteúdo precioso. Letra a letra. Belo!

E de repente recordo uma passagem de um livro. Está sublinhada. Encontro-a facilmente

- O senhor também o leu? (...)
- Quase ninguém. (...) está proibido. (...) Porque é velho. (...) Sobretudo
quando são belas. A beleza atrai (...) Porque o nosso mundo (...) é estável,
agora. As pessoas (...) conseguem o que querem e nunca querem aquilo que não
podem obter. (...)
- Apesar de tudo é belo!
- (...) esse é o preço que temos de pagar (...) escolher entre a felicidade
e (...) a grande arte.

(...) uma campanha contra o passado, pelo encerramento dos museus,
pela destruição dos monumentos históricos (...) pela supressão de todos os
livros publicados antes do ano 150 de N.F.
(...)
Cortou-se a parte superior de todas as cruzes para serem transformadas
em T.

"Admirável Mundo Novo" - Huxley, Aldous

Obrigada por escreveres!

Ideias précon-(re)cebidas (Adenda)

A CN estuda história de Portugal. Aprende sobre a conquista do nosso Portugal aos povos que cá estavam.

A CN ouve um comentário parvo qualquer imbuído de xenofobismo aleatório na rua.

A CN estuda num colégio onde, por consenso paternal, e devido à multiculturalidade dos meninos, os feriados são aprendidos mas não festejados. O Natal foi a Festa do Fim de Ano. Às famílias caberia o festejar religioso ou não, em casa.

Com colegas budistas, muçulmanos, católicos, protestantes e judeus, nunca pensou a estouvada Cria que o "muçulmano" que aprende nas aulas de história, o colega X e "aquela" palavra que ouviu na rua pudessem estar relacionados.

Vemos o colega X e o pai no supermercado (coincidência) em filas afastadas. A CN e o X cumprimentam-se efusivamente. Nós, pais, acenamos por de trás dos carros de compras.

Remata:
o X e o pai são muçulmanos. Quando o vai buscar dá-lhe um beijo e um abraço.
Como eu e o pai.

Monday 25 May 2009

Ideias précon-(re)cebidas

Se quiser apontar, de repente, uma parte do fim-de-semana pelo qual aguardamos com prazer é, sem dúvida, o lanche de Sábado.

Talvez por ser aquela refeição onde já desacelerámos do stress da semana mas ainda não entrámos no stress da semana seguinte. A casa vai estando em ordem, os trabalhos de casa alinhavados, o cesto da roupa já não me grita “socorro” cada vez que me vê, os quartos já (há muito) arejam, enfim.
Pomos isto e mais aquilo, conforme o nosso “mood” da altura e do ano. No Inverno vai o chá quente, o chocolate derretido, as torradas e o bolo a fumegar. Com o tempo mais ligeiro vêm as saladas, petiscos, fruta e carnes frias.

Sentamo-nos os quatro, cada um por si.
A televisão desliga-se, o cd (esta semana quem escolhe?) toca baixinho, a conversa surge. Sem grandes preparos, às vezes ficamos em silêncio, outras atropelamo-nos, ou quase…

Normalmente os temas são tão banais como a vidinha que levamos (não necessariamente (des)importantes, apenas histórias que não houve tempo para contar – à noite ao pai, de manhã à mãe, sempre corre-corre).

Esta semana a CN sai com a pergunta

- quando foram os muçulmanos derrotados?
Como?! Perguntamos os três em coro.

Explicações dadas, recuamos no tempo os quatro, ajudando a CN a enquadrar os conhecimentos que finge não ter, refreando os demasiados que a CV tem. Explica-se o que é ser muçulmano, aproveitamos para fazer uma resenha das religiões e dos povos do mundo...

Alegro-me por saber que tenho duas Crias sem ideias pré concebidas, apenas, em alguns temas, mal informados – mea culpa – e interpretando mal a muita e descabida que recebem.

- Estou a ver, remata a CN. Há bons, maus, óptimos e péssimos, como em tudo. Como é aquela frase que dizes quase – com olhos que reviram – tooooodos os dias?
- Não há verdades absolutas. – ajuda a CV com sorriso trocista – apenas o meu amor – tenta imitar a minha voz e gesto, provoca-me o riso (não sei se pelas três escalas que a voz dele agora faz em cada frase se pela sua captação perfeita dos meus maneirismos).
O assunto fica arrumado. Isto hoje até correu bem, digo eu. Assuntos há – e digo-o com orgulho, confesso – em que as nossas opiniões divergem e acendem-se as argumentações.

Retalhos (in)significantes… talvez.

Friday 22 May 2009

(visitem a 1.ª parte... ou não)

Cumpro a promessa?
Faço um desvio na promessa, isso sim. Depois do Cara de Cu se ir embora, resmungando um até amanhã indecifrável, não soubesse eu que era o que me dizia todos os dias que havia levantamentos, arrumo as minhas pás e saio do cemitério.
Não gosta de nada, detesta os levantamentos. Eu? É a parte final de um trabalho sem fim.
Vejo as pessoas que mudam. É verdade, sim. Conheço-as. Quando as conheço.

Muitos Caras de Cu e Filhos do diabo são levantados assim, tendo por companhia o coveiro e o representante resmungão da Câmara. Outros têm advogados cheirosos, executantes das heranças. Lembro-me da de ontem. Era menina quando lhe enterrei o pai. Esteve calada, séria, nem uma lágrima lhe vi. Veio sozinha, mulher feita. Puxei-a à parte antes do Cara de Cu chegar – diz-me que não tenho estudos, que a minha tarefa é cavar, que não posso e não devo falar com os familiares – e avisei-a. O seu pai não está pronto, menina. Não olhe. A menina-mulher agradece-me com o olhar, sabe do que falo apesar da leve interrogação no olhar.

Saio do autocarro. Afinal não era o meu mas o que vinha em sentido contrário e o condutor, amiguinho como é, decide parar também, tentar ajudá-lo. Ou isso ou é aquela estúpida camaradagem de colegas de trabalho. O que vale é que trabalho apenas com o meu querido Cara de Cu. A esse, levo-o sempre pelos caminhos melhores, cheios de lama, para que suje as belas calças vincadas. Já pensei no que faria caso caísse numa das covas.

O autocarro fica para ali encostado e decido ir à taberna de beira da estrada. Vejo os passageiros do outro, um casal de namorados, uma senhora bem vestida, duas ciganas carregadas de sacos, uma mãe com dois filhos irrequietos, um mecânico (devia ser, pelo fato macaco que trazia), três estudantes alemães e mais uns quantos que não saíram do autocarro, com medo que aquela má redondeza os comesse. Mas que raio de sítio este para o autocarro avariar!

Desviei-me da minha promessa?
Deveria ter lido e destruído.
E é o que vou fazer. Apenas não no cemitério. Vou a Carcavelos, à praia de Carcavelos. Sento-me na areia, leio a carta, rasgo-a e deito os restos na água juntamente com o pó da margarida.

Entro na taberna e inalo com gosto o cheiro maduro e bolorento do vinho nas pipas, enormes, deitadas atrás do balcão.
Peço um copo de três tinto, pago e sento-me num banco comprido, de madeira velha, suja e negra do vinho derramado.
Depois de o tomar de uma só vez, tiro o saco do bolso de dentro do casaco. Aliso-o e vejo de novo a letra feminina, redonda e perfeita
Carcavelos, 1980.

Mulher bonita. Pequena, roliça, saia travada, lábios vermelhos. Lágrimas que escorrem sem as segurar, soluço contido, sem dignidade.
Veio sempre às sextas-feiras.
Só às sextas-feiras.
Todas as sextas-feiras.

Na última avisei-a – vejam – que o levantamento estava marcado para a sexta-feira seguinte.
- Obrigada. Até sempre.

Hoje percebi o que queria dizer. Não veio.
Aliso o plástico, remexo no pó, enclausurado.
Porque não veio ela hoje?

A taberneira avisa-me que o autocarro está pronto a partir. Agradeço e saio. Tome cuidado, disse-me por entre benzimentos, roçando no sinal purulento na face. Está a ver o céu? Olho para onde aponta, por trás da serra do Monsanto, magnífica. Um raio de sol rompia no meio das nuvens, dando uma tez vermelha ao céu.
- Coisa boa não se anuncia, cruzes canhoto.
- Não tenha medo, Senhora. Sou eu que encomendo as almas ao inferno e hoje não é o seu dia.

Thursday 21 May 2009

Desafios, correntes e afins... TV of my life - I





Não consegui... escolher quinze da minha vida toda? (acabei de me considerar velha, bem sei. Velha e com mau aspecto.


Velha, com mau aspecto, feia de magra e sem vida própria...


ou não!)


adiante... distorci completamente o desafio que o caríssimo Drengo me colocou. Ficam aqui (as) quinze (primeiras) por ordem nenhuma... há mais na forja.



Um bom dia

Wednesday 20 May 2009

É sempre a mesma coisa

... acabei de reparar...

...ainda que não tenha visto... soube que fiz a mesma cara, hoje, trinta e muitos anos depois, que fazia nesse outro tempo, mais nova, quando me davam conselhos com os quais não concordava.

... e ainda...

... a mesma que fazem as minhas Crias quando lhes tento dar "lições de vida".

Cada vez mais me convenço que o caminho, para além de ser feito caminhando, quando não é aos empurrões, é feito por cada um de nós, sempre - ou quase sempre - do zero.

O que nos diferencia?

A claque.

Sei que os meus filhos têm uma claque imensa (eu. - e sei que mais alguns, mas o blog é meu!) que torce e serve de décimo segundo jogador, aplaudindo cada vitória e confortando cada derrota ou desaire.

(coisa que nem sempre tive...)

O caminho.

Houve buracos que planei, curvas que amansei, montanhas que derrubei para minorar o esforço.

As decisões?
São solitárias. As minhas, as de quem cá está há mais tempo, as de quem virá depois. Não há co-piloto, não há mapas.


__________________________________


Agora que escrevi um post cheio de sabedoria digna de um qualquer "postal inspiracional de pôr-do-sol", vou ali à cave.
O forno precisa de mais carvão.

Um (resto) de bom dia!

Tuesday 19 May 2009

Tu não sabes no que te metestes (eu sei que não é assim que se diz...)

Conheço muitos professores.

Eu, pessoalmente, seria incapaz de ser professora.

Conheço muitos, como disse, e bons.
E não faço juízos de valor sobre a senhora em questão.

A profissão é exercida por humanos, que se "passam" como qualquer outro humano (faz parte da natureza, certo?)

E, puxando a minha própria experiência como aluna, sei que:
- os alunos podem ser muito maus, cruéis, "chatos", impertinentes, indisciplinados, exasperantes;
- os professores têm, na grande maioria dos casos, um trabalho enorme em cativar os alunos;
- alunos existem que fazem perder a paciência a um santo;
- professores existem que nem o título merecem, quanto mais exercê-la.

Arrisco-me até a dizer que à semelhança do “meu tempo”, a grande maioria dos profissionais são zelosos e boas pessoas, e acrescento: hoje temos, enquanto comunidade, uma muito maior vontade de falar mal, que professores “maus” ou incompetentes sempre houve, que, graças às tecnologias, tudo pode ser (e é) exacerbado, extrapolando do caso particular para notícia de abertura de jornal.

Por fim, poderiam os senhores representantes da profissão, não descurando, nem menosprezando eu a luta (que a ser) justa de melhores condições, tentar uma campanha de credibilização da profissão. Um pouco como limpar a imagem. Recuperar, por meios que confesso não me ocorrem, a grande e hercúlea e meritória tarefa que é formar os nossos adultos de amanhã.

É pomposa demais a frase? Concordo.

Mas é, para mim, a definição de professor.

Um óptimo dia para todos.

Monday 18 May 2009

D. Paula

Um dia conheci-a. Triste. Olhos mortiços.

Fui apanhada na curva da vida, dizia-me.
Ao contrário da minha própria mãe, por exemplo, vi-lhe quase sempre uma expressão alegre, voluntariosa. Amava os filhos e o marido, amava a vida e o que vivia... ou assim pensava eu.

A filha era minha conhecida. Conhecida porque não a considerava bem minha amiga. Era caprichosa. E mimada. Achava eu.

Um dia, tinha perto de quinze anos, fui lá a casa. Gostava da D. Paula eu.

A filha não estava.

Gostava de mim a D. Paula. Achou-me uma mulherzinha e deu-se, nesse dia, por entre chávenas de chá, a minha primeira conversa de mulherzinha.

Não nasci para ter marido, atirou assim. Nem filhos. Nasci para viver sozinha, para estar sozinha.

Casar, ter os meus filhos, contentar-me com um emprego de porcaria, uma vida de porcaria. Foi um erro. Foi tudo um erro.

E sabes o pior? Criei dois monstros! Criei um marido que se acha o melhor. Porquê? Porque lhe digo isso todos os dias. Os meus filhos? Porque os amo mais que tudo, mais que a vida. Porque os convenço que somos todos maravilhosos. E quem me convence a mim? Quem me diz que sou boa? Ninguém. Porque não sou, sabes.

Fiquei estarrecida. Tanta confiança me demonstrava. A mim, sempre tão medrosa e insegura e estupidamente modesta.

Não me olhes assim minha querida, vendo-me de chávena parada no ar. É verdade. Construo a mentira para todos e sou muito convincente nisso.

A verdade, minha querida, é que não nasci para ser casada. Não nasci para ser mãe. Não nasci para viver com gente.

Eu merecia uma vida melhor. Eu merecia um marido melhor e uns filhos melhores.

Mas também os meus filhos e o meu marido mereciam alguém melhor.

A conversa não acabou com grandes conselhos sobre a minha vida ou o meu futuro, porque não tinha nenhuns.

Apenas foi a minha primeira conversa de cozinha... de mulherzinha. De um mundo que não conhecia. O da mentira piedosa. Da mentira que às vezes as mães, mulheres, heroínas, vencidas da vida, recorrem. Daquelas tão profundas, sabem?, que descobrimos que não podemos contar a ninguém. Sem querer, tornei-me amiga daquela colega – confesso – para poder estar mais próxima da D. Paula. E depois confesso também , tornei-me mis atenta s suas reacções. E vi-lhe, depois, só depois de já saber, tantas vezes os olhos trites que disfarçava sob o cansaço. O sorriso que escondia as lágrimas, o carinho solitário.

Um dia ganhei coragem e perguntei-lhe porque não se desfazia daquilo tudo? Porque não procurava uma vida melhor, que tinha direito, sabe?

Sei, minha querida, claro que sei. E sei também que não conseguiria. Esta casa, apesar de não saber, precisa de mim. Fui eu que criei esta situação. Fui eu.

E, depois, minha querida, se apenas por um dia, um minuto, alguém descobrir que eu sou miseravelmente infeliz, se alguém sequer desconfiar, vai tornar inútil todo estes anos de fingimento e de dor atroz, não achas?

Concordei com ela.

De todos os que me afastei quando mudei de casa foi a D. Paula de quem senti mais falta.

Convidei-a para o meu casamento e fui a única que percebi porque chorou tanto. E não disse a ninguém.

Porque conto isto hoje?

Porque ela mudou-se de terra, o marido deixou-a, disse que achou alguém mais novo mas não melhor, os filhos estão também casados e cada um com a sua vida,

ela?

Disse-me que estava sozinha, de olhos sorridentes. Finalmente sozinha… e foram as palavras mais felizes que lhe ouvi alguma vez dizer.

Porque o nome é inventado.

Porque lhe pedi.

Podes escrever sim. Mas não te preocupes, disse-me. A minha história é tão mirabolante que ninguém acreditará nela. Dirão todos que é mais uma daquelas tuas histórias.

Friday 15 May 2009

Bom fim-de-semana


I want this back, please...
Right now!
Um bom fim-de-semana para todos!

Wednesday 13 May 2009

Verde

A maravilha da Primavera, contra todos os desencantos que se nos deparam nesta v*** (hoje a palavra vida parece-me quase uma asneira... adiante)

É ver isto.
As pequenas folhas que despontam na minha romanzeira em prelúdio do "dia seguinte poderá ser melhor"










A flor é do morangueiro... bela, não é?



Depois temos este pequenino, escondido e tímido
E, claro, o meu herói... ei-lo, Senhores!



A courgette também deu flor (vêem-na?)





E o meu pequeno aprendiz de ainda-não-sei-bem-o-quê que fez um bolo de cenoura... (não cheguei a tempo da foto!)
Um bom dia a todos






Tuesday 12 May 2009

Ajudem a Leila


A Leila pecisa de dono.


Vamos ajudá-la?
História toda no blog Cãopanhia Lda

Morango



Ah, pois é!

A foto - daqui - não é, ainda, o verdadeiro. o fantástico primeiro morango nascido lá pelos meus lados.

Confesso que é nestas alturas que me apercebo que somos - mesmo - citadinos; todos. Vigiamos e vibramos com o dia-a-dia da nossa pequeníssima horta. Muitos deles com direito a nomes próprios.

A corgette tem uma flor e é de esperar que em breve dê um pequenino e belo fruto.

As fotografias vêm a caminho.

adenda ao snif:

A reparação está marcada. O senhor revela-se, até agora, cumpridor!

Monday 11 May 2009

O insustentável peso da segunda-feira

Tive um professor que me dizia que a inspiração não existia, que desgraçado daquele que trabalhasse apenas quando se sentisse inspirado. O professor em questão dizia-nos isto (e muito mais) em aulas de “partir pedra”. Uma cambada de alunos que achavam que iam mudar o mundo, que seriam os novos Balanchine’s, Nureyev’s, Folkine’s, Bejart’s ou, melhor ainda para a maior parte de nós, Pina Bauch’s ou a verde em particular, Trisha Brown’s. Primeiro ano, claro está, do curso de dança.

Em trabalhos não artísticos poderá ser (e assim julgava eu) mais fácil fazê-lo. Porque não puxa à inspiração, esta não teria qualquer influência no dia de trabalho. Engano meu, claro! e dos redondos… trabalhar sem inspiração (como estou hoje, aliás) é penoso. É “pedir a uma mão para a outra se mexer”, é fazer tudo aos empurrões.

É debitar para aqui palermices sem sentido.

No entanto, se aprendi alguma coisa com o professor, tanto a nível artístico – que já lá vai – como para a vida no seu todo, este trabalho “técnico” e burocrático em particular, é que o trabalho acaba por ser feito eficientemente, se nos esforçarmos a isso, se nos disciplinarmos. A Terpsicore lá e Santo Ivo agora acabarão por nos ajudar. Assim tenhamos perseverança para tal.

E o tempo – recorramos a desculpas enquanto musa e santo não nos socorrem – não ajuda nada, pois não? Bem como a batida no carro que lá está à espera de arranjo e a antevisão de “não tão boas notas” a TGObrigações que a Penal lá nos safámos.

Uma óptima semana para todos.


Esta deste lado inclui estudo de Declarativo, Estudo do Meio, Ciências da Natureza…
Haja paciência e santos ou musas que nos entusiasmem.

Friday 8 May 2009


É hoje o último dia do Aqui há selo 2009

Eu já votei (não necessariamente nestes... ou talvez sim...)
Vão, espreitem e votem!
Serei tendenciosa em "induzir-Vos" o voto à boca das urnas para os selos relativos ao tema "Abandono de Animais" ?

Sim

faço-o na mesma pode ser?



Votem e bom fim-de-semana


Adenda ao snif de ontem

I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

I think I can make it now, the pain is gone
All of the bad feelings have disappeared
Here is the rainbow I’ve been prayin for
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

Look all around, there’s nothin but blue skies
Look straight ahead, nothin but blue skies

I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

Como disse antes esta música é quase inspiracional para mim.

Na verdade não vejo todos os obstáculos à minha frente (ou não teria acontecido isto ontem).
Na verdade não vejo só céus azuis na minha vida.
Mas andamos de nuvem negra em nuvem negra com um sorriso na cara.
E isso é, por agora, o que importa.

Então esta V. verde apresentou-se pela direita e levou em cheio com um carrito que não ligou a essa simples regra de trânsito.
Para quem já passou por isso sabe que há, primeiro que tudo, o susto tremendo, o coração que salta para os ouvidos, as mãos que tremem, a adrenalina que dispara pelos poros.

Como disse decidi acreditar no condutor e, até agora, está a cumprir as obrigações assumidas.
O carro, felizmente, vai andando sem problemas de maior.

De nuvem negra em nuvem negra até o céu azul se apresentar lá ao fundo. Porque está lá, certo?
Recorrendo ao melhor espírito tuga, o melhor é pensar que podia ter sido muito pior e seguir em frente.

Um óptimo fim-de-semana.

ps - as minhas aventuras verdejantes lá de casa estão fantásticas!

Thursday 7 May 2009

A beautiful picture a day... 026 (snif)



Bateram-me no carro!

Acreditaremos nas pessoas e na sua boa vontade?

Acreditaremos nas promessas feitas?

Acreditaremos na expressão sincera?

Esta verde decidiu que sim.

Depois digo como correu...

(e quem tem cabeça para estudar Penal agora, não me dizem?)

Wednesday 6 May 2009

Olhos Castanhos - Tejo

Do seu quarto ouvia os vendedores passarem.
Acordava sempre primeiro que todos e ficava uns momentos a esticar os ossos, feliz, muito feliz. Tinha, como sempre, um longo dia pela frente.

Como os Senhores não estavam, teria tempo para fazer o que há muito queria: seguir a larga Avenida até ao fim. Disseram-lhe que lá estaria o Rio. Tejo, disseram-lhe.

Na cozinha fez café.
- Bom dia, Maria José.
- Bom dia, minha senhora.
Sentaram-se as duas na grande mesa de madeira onde repousava o alguidar com a massa para o pão, o cesto da fruta e o jarro de vinho tapado com o belo naperon.
- D. Quinita… depois ensina-me a fazer estes naperons? São lindos.
A mulher riu-se. Gostava muito desta menina que lhe tinha aparecido porta dentro. Da sua alegria e traquinice. Cantava o dia todo, mesmo quando tinha que fazer os trabalhos mais duros.

O gato Chico pulou para o colo dela.
- Esse gato! Nunca o vi aproximar-se de ninguém. É arisco e mal disposto com toda a gente.
- Somos iguais, Senhora. Ele e eu.
- Selvagens? – rindo.
- Feios. – fez uma festa no focinho do bicho percorrendo com um dedo uma grande cicatriz, feia e disforme. O rabo, cortado por um cão malvado, acabava num nó esquisito.

Saiu da casa com o recado da D. Quinita de comprar peixe na Ribeira.
- Não te preocupes, menina. Vês logo os pescadores e as peixeiras.

Habituada como estava a grandes caminhadas foi de ânimo leve que se pôs ao caminho. Tirou dois tomates directamente do tomateiro e colocou-os cuidadosamente no bolso do avental. Com o lenço – o seu maior tesouro, comprado ao pitrolino com o seu primeiro dinheiro – fez um nó na cabeça e seguiu, cantando.

E, pareceu-lhe de repente, estava em frente ao Rio. Tejo, disseram-lhe.
Os miúdos brincavam na escadaria onde as ondas pequeninas batiam. Atiravam água uns aos outros e os mais afoitos atiravam-se do cais com grande gritaria. Incapaz de resistir tirou as socas e desceu os três degraus até a água lhe tocar nos dedos. As saias ficaram molhadas com uma onda maior mas não se importou.
E se eu fosse assim? E se tivesse nascido aqui e não naquele buraco imundo, seco e árido. Poderia ter vindo para aqui brincar como eles?

O som dos pescadores e das peixeiras chegou-lhe aos ouvidos. Sem medo, aproximou-se e procurou quem lhe parecesse de confiança. Um rapaz andava por ali tirando caixas de peixe que ainda saltavam equilibrando-se entre a chata e a doca para depois os colocar nas canastras das peixeiras. Aquelas depois de cheias eram diligentemente colocadas na cabeça das peixeiras que seguiam o seu caminho como se fossem artistas de circo, como Maria José tinha visto neste último Natal.

- Olha, olha! – disse o rapaz quando a viu – temos petinga nova!
As peixeiras riram.
- Olha! E é maneirinha como tu gostas, ó Zé.
Percebeu que era de si mas não fazia ideia das insinuações que fizeram.
- Quero comprar sardinhas. - enquanto o olhava. Este Zé tinha uma grande cicatriz que lhe atravessava a face, ainda mais escura que o resto da pele, torcida e negra pelo Sol com os uns olhos verdes de cor roubada ao Rio.
- Tenho aqui a mais vivinha, menina! Traga cá a sua canastra! – Zé ficou impressionado por Maria José não ter desviado os olhos. Não sabia, ela, destas lides da timidez e recolhimento femininos. Não sabia corar. Não sabia – nunca saberia – baixar os olhos.
- Não tenho canastra.

Deolinda era a casamenteira da Ribeira. Era mais que isso como viria a saber. Reparou nestes dois jovens e ofereceu-se para vender uma. As mãos gordas da Deolinda tentaram alcançar o lenço de Maria José para lhe mostrar como se fazia o farrapo mas esta esquivou-se com um não sonoro.
- Este não, senhora!
- E é arisca, Zé! É arisca. Pois não consegues levar a canastra sem farrapo, menina!
- Vocemessê não se preocupe. – arrancou uma das suas saias (a de baixo era já muito velha) e rapidamente imitou o gesto que tinha visto uma peixeira fazer.

O riso espantado de Deolinda deu-lhe a certeza que tinha feito bem e depois de entregar o dinheiro ao Zé pescador ficou parada a olhar para a canastra.
- Vem cá, pequena! Eu mostro-te como se faz. Por agora seguras com as duas mãos. Daqui a uns tempos até parir com a canastra na cabeça consegues!

Depois de agradecer seguiu o seu caminho devagar. Era difícil de equilibrar e o farrapo escorregava na seda do lenço.

- Esta é que te dava jeito, Zé! – ouviu ainda dizer.
- … sim, sim. Ainda a domestico, Mãe Linda, Vai ver…
Ouvi-os rirem-se os dois.

Ou eu a ti, pescador.

Tuesday 5 May 2009

Quizz - they got me!




What Art Movement Are You?

I am Surrealism




Dreamy and idealistic, you've created a world that is all your own.

It's very likely that you've either dabbled in drugs or are naturally trippy.

You are always trying to push beyond the boundaries of your culture and society.

You believe that art, love, and freedom can change the world.






What Famous Work of Art Are You?

I am Best Described By Impression, Sunrise




By Claude Monet






Are You Rock, Paper, or Scissors?

I am "Rock"




Powerful and overbearing, you intimidate people with your presence.

People know they can't push you around, and they respect that.

Deep down, you are calm, confident, and unmovable.

You take everything pretty seriously, and you think deeply about all aspects of your life.



You tend to feel smothered by paper people.



You don't mind crushing the spirit of a scissors person.



When you fight, you: Use all of your strength



If someone makes you mad: You're likely to throw something at them






What Dance Are You?

I am Ballet




You are quite introverted. You enjoy keeping to yourself and cultivating your talents.

You are dedicated and focused. If practice makes perfect, you're willing to keep practicing.



While some people may dismiss you as boring, you can be quite edgy and interesting.

You can fit in almost anywhere... and your style ranges from conservative to funky.


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They totally got me!

Que Crise chega a todo o lado?

Naturally
... e pelas maneiras piores.

- Temos dois javalis mortos num zoo, sem qualquer justificação que não seja o medo de poderem transmitir a gripe suína (que até já nem é assim chamada)

- Temos porcos a serem mortos indiscriminadamente no Egipto pela mesmíssima razão

- Temos um grupo de pessoas presos num hotel, alimentados a arroz (!), por perigo de contágio

(…)

- Temos as sanções por crimes ambientais a diminuírem drasticamente e muitos perdões aos infractores

(…)

Juro que tinha um conto divertido para contar por aqui… mas de repente fiquei sem vontade.

Monday 4 May 2009

As notícias do nosso lado

Eu, que gosto de pensar que produzimos um pouco mais que desportistas futebolísticas cheios de "glamour" (?) e muito mediáticos, fiquei muito contente quando soube que a BIAL, empresa portuguesa do ramo da farmacêutica, descobriu um novo produto, acetato de eslicarbazepina, um antiepiléptico inovador de toma única diária.

Outros TugaTásticos:
Quimiteste - Uma empresa de engenharia de qualidade bastante reconhecida no estrangeiro

Lima e Companhia - empresa que fornece roupa aos astronautas da Agência Espacial Europeia

TIM w.e. - empresa de conteúdos para telemóveis

Armadilha Solar - pioneira na introdução de questões ligadas à arquitectura, ecologia e ambiente

Lusospace - desenvolvimento de produtos e serviços aeroespaciais inovadores

Transgranitos - empresa de extracção e transformação de granito

E... mesmo no desporto... não o ?rei?

João Cordeiro - Esgrima
Obteve bronze em Fevereiro de 2009, na Taça do Mundo em Lisboa, e foi primeiro no torneio satélite em Dublin

Jorge Lima - Vela
Terceiro no campeonato do mundo na categoria de Laser Radial Junior

Ana Cristina Neves - Tenis de Mesa
Esteve na fase final do Circuito Mundial com as 12 melhores atletas do mundo. Fez pódio em várias provas internacionais e sonha ser a primeira mulher portuguesa a qualificar-se para os Jogos Olímpicos.

Rui Guerra - Fotografia Subaquática
É vice-campeão do mundo e pentacampeão nacional.

Marcos Freitas - Ténis de Mesa
Em pares já tem 4 títulos de Campeão Europeu e um 2º lugar no Mundial de Juniores. A nível individual sagrou-se Campeão da Europa em 2002 e 2006.

João Rodrigues - Vela
É o segundo do Ranking Mundial, tendo já sido número um por duas vezes. Venceu um campeonato Mundial e três campeonatos da Europa. Tem 5 presenças olímpicas, tendo alcançado o 6º lugar em Atenas.

Informações via TSF

Um bocadinho de orgulho português, pode ser?

Uma óptima semana para todos