
...mas näo me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o que lhe confiei até àquele dia.
Wednesday, 30 June 2010
a beautiful picture a day... 028

Thursday, 7 May 2009
A beautiful picture a day... 026 (snif)
Thursday, 30 April 2009
A beautiful picture a day... 025 (fim-de-semana XL)
Wednesday, 22 April 2009
A beautiful picture a day... 024 (Dia da Terra)

Não me lembro também se alguma vez lá em casa houve uma altura em que não o fizéssemos.
Talvez de um gene “defeituoso” por via paterna ou até, quem sabe, da Vó…
Sei que sempre olhei para a Terra e suas criaturas com respeito e humildade. Apesar de citadina – ou talvez por isso – tive a grande sorte de ter a Vó e o seu quintalinho (enorme para mim) onde habitavam muitos seres animais e vegetais.
Com o pai visitava amiúde o Aquário Vasco da Gama, Jardim Zoológico e, nas deambulações rurais que fazíamos, os porcos, vacas, cavalos, patos…
... e também o mar...
(Contam-me que, numa saída pelo dia da árvore, me terei recusado a apanhar malmequeres porque era apenas para fazer um fio sem utilidade nenhuma.)
Nos “matagais” que ainda conheci em Lisboa ouvi contar histórias fantásticas e mirabolantes, inventadas na hora pela Vó, sobre criaturas que por ali viviam dentro das árvores e por entre os arbustos.
No Monsanto, à distância de uma caminhada, via e ouvia os pássaros, revisitava árvores imensas, perdia-me – nessa altura sem medo – pelos caminhos. Dizem-me que dei nome a um pinheiro e que lhe agradecia sempre que apanhava as belas e grandes pinhas…
Terá nascido comigo? Terei aprendido? Não sei.
Sei que para mim, para os habitantes lá de casa, todos os dias são dias da Terra. Mas hoje é o dia formal.
Tal como amo os meus todos os dias mas celebro com prazer o dia do aniversário, aqui deixo os meus parabéns à minha Terra, espaço onde nasci, condomínio fantástico.
Desejo-Te, minha querida Géia, que os teus filhos se decidam a cuidar-Te melhor, a defender-Te e a rápida e agilmente Te recuperem…
Optimista por devoção, pessimista por definição, não cesso, ainda assim, de fazer o meu pequeno esforço para que a minha pegada seja indelével mas determinante.
Um bom dia!
Monday, 20 April 2009
A beautiful picture a day... 023

Tuesday, 14 April 2009
A beautiful picture a day... 022

Friday, 3 April 2009
Thank God it's Friday...

Abandoned places, I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore
The show must go on, The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking, but my smile... still stays on
Whatever happens I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for
I guess I'm learning (I'm learning)
I must be warmer now
I'll soon be turning (turning, turning) round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free
My soul is painted like the wings of butterflies
Fairy tales of yesterday will grow but never die
I can fly, my friends
The show must go on, yeah yeah
The show must go on, go on, go on
I'll face it with a grin
I'm never giving in, on with the show
I'll top the bill, I'll overkill
I have to find the will to carry on
On with the, on with the show
_________________________________
Uma das músicas proibidas durante muito tempo lá em casa.
Quando tocava sabiam quem me conhecia que não estava bem. Traz-me tantas, tantas lembranças; tantos sentimentos.
Sabemos que a amargura começa a dar lugar à ternura quando a ouvimos e são lembranças. Lembramo-nos da amargura... mas não a sentimos... percebem?
Um óptimo fim-de-semana para todos
Boas férias para alguns
Até segunda para outros
A foto daqui
Thursday, 2 April 2009
A beautiful picture a day... 021

O que é preferível?
A rapidez ou a permanência?
Como exemplo da primeira temos a chita. Animal que consegue atingir velocidades estrondosas em poucos segundos. O pico de adrenalina é tremendo, as alterações fisiológicas são extremas, o coração trabalha freneticamente e tudo no corpo é colocado em modo de suspensão, todas as sinergias apontadas e direccionadas para a corrida. O ritmo alucinante é mantido durante um muito curto espaço de tempo e, imaginem que consegue caçar, está tão cansada que não consegue sequer iniciar a refeição. Os momentos seguintes são muito perigosos porque o animal está num estado de vulnerabilidade tal que qualquer outro oportunista poderá arrancar-lhe a presa com muita facilidade.
Como exemplo da segunda temos o lobo. A passo lento, contínuo e ergonómico, é capaz de percorrer distâncias fantásticas, podendo fazê-lo durante dias seguidos sem parar. As descargas de adrenalina são moderadas, contínuas para poder “alimentar” o esforço. A respiração é longa e profunda para poder a todo tempo oxigenar todos os músculos de forma igual. O movimento utiliza uma lei da física conhecida como “o que está a andar está andar a não ser que alguma força o pare”.
Comparo-me muitas vezes à chita em termos maternais, não porque crie as minhas Crias sozinha, antes pela intrepidez que demonstra. Também, e principalmente, porque a chita aprende a criá-las. Não é incomum morrerem as primeiras ninhadas exactamente pela inexperiência. No entanto, são poucas as criaturas (digo eu, claro) que preparem tão bem as suas Crias. E também não é incomum ver a mãe “visitar” os territórios das crias, agora adultas.
Comparo-me também a uma loba alfa. Domina, gere, cuida, nutre, planeia, corrige, castiga de igual forma tanto crias como adolescentes e adultos da alcateia, perseverando e por ela, aguentando por vezes sacrifícios enormes.
Tendo auto massajado já o meu ego com tanto elogio, apreciem agora a bela foto.
Um bom dia para todos.
Thursday, 26 March 2009
A beautiful picture a day... 020

Espalhada nas camas das Crias são devidamente separadas em «passa da CV para a CN», «está velho demais», «bom para dar», «recordação de mãe babada». Há umas t-shirts que ficam por ali soltas para vestir por casa ou por cima das golas altas. Na última vez ficou, entre outras, uma t-shirt amarela com um boneco sorridente que a CN nunca quis vestir. Fica ali à espera, mãe. à espera do sol.
Hoje foi buscá-la.
Sorrio quando a vejo e pergunto-lhe se não terá frio.
- Claro que não, mãe. Chegou o Sol!
Friday, 20 March 2009
A beautiful picture a day... 019

Para além dos clichés de que os animais sabem quem não lhes faz mal e tal acredito sim nos laços que se podem criar entre aqueles a quem eu gosto de chamar seres iluminados e seres agraciados.
Iluminados aqueles Humanos que conseguem ir para além do óbvio. Para além do que os olhos vêm, do que os sentidos absorvem, do que é racionalmente lógico.
Iluminados porque são Humanos e, percepcionando toda a vantagem que isso lhes dá, utilizam-na em toda a sua abrangência; a luz que carregam não servindo para superiorizarem-se mas antes comunicarem em todo o sentido exponencial da palavras com os outros seres destes nosso condomínio.
Agraciados porque são seres vivos em tantas vezes superiores ao outros, nem iluminados, nem agraciados, estes muitas vezes pouco humanos e, ainda assim, aqueles reconhecendo apenas porque sim quando estão perante um iluminado.
Conheço seres iluminados. Conheço muitos agraciados.
A todos nós, meros mortais, um pouco mais que agraciados mas (ainda) não iluminados, resta-nos apreciar as relações que estes dois fantásticos criam de modo tão simples que parece fácil.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
estabeleceste, que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem,
para que o visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de
honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo
puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais
do campo, as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas
dos mares. (Salmo 8 - versão livre)
Apenas quem sabe reconhecer o domínio, não dominando, mas apreciando quem por cima está, poderá alguma vez iluminar-se… e iluminar!
Um óptimo fim-de-semana!
Thursday, 12 March 2009
A beautiful picture a day... 018

Não pela beleza ou por qualquer interpretação metafísica, religiosa, espiritual ou outra.
Fascinam-me de uma forma puramente científica (se é que de tal se poderá apelidar esta curiosidade mal esgalhada, vulgo amadorismo alimentado pelos programas de David Attenborough e Félix Rodriguez de La Fuente).
Fascinam-me pela adaptação sofrida por todos aqueles que lá escolheram viver.
Eu disse escolher? Sim, claro. A evolução não presume outra coisa que a escolha voluntária dos caminhos evolucionários. Reforço o voluntarismo. Escolhem evoluir ou morrer… mas é uma escolha.
(Deus nos livre de dizermos que foi um Ente qualquer que os lá pôs por artes de malvadez)
Adiante.
Mesmos os seres humanos (perdoar-me-ão os evolucionistas puros mas, por enquanto, e enquanto apenas me referir à espécie humana onde me incluo – e não de uns seres quaisquer que matam e roubam, recusar-me-ei a referir-me como animal) que lá vivem adaptaram-se (e lá estou eu) evoluíram de formas no mínimo assombrosas.
Com eles aprendi a retirar de um cacto enterrado na areia água pura e fresca.
Com eles aprendi que se saltitarmos de um lado para o outro podemos atravessar a areia tórrida (sim, sim, sou eu a parva que saltita nas areias do nosso Portugal… resulta, que querem?)
Com eles aprendi que se tivermos pavilhões auditivos muito grandes podemos sentir os inimigos que se movem debaixo do solo.
Com eles aprendi que se fecharmos todos os orifícios corporais suportamos melhor as terríveis tempestades de areia.
Com eles aprendi que ainda que durante o dia estejam temperaturas assustadoramente altas devemos preparar-nos para uma noite gélida.
Agora é só dar um ar levemente intelectual a este texto. Uns pozinhos de metafísica, afirmar o que neguei lá no início do texto, vestir-me com um sari e inventar um testemunho qualquer de como a minha vida foi “mudada” e tenho um belo livro – best-seller - de auto-ajuda.
note to self:
escolher melhor as fotografias para esta rubrica
Friday, 20 February 2009
Thursday, 19 February 2009
A beautiful picture a day... 017

Passam no teu olhar nobres cortejos,
Frotas, pendões ao vento sobranceiros
Lindos versos de antigos romanceiros,
Céus do Oriente, em brasa, como beijos,
Mares onde não cabem teus desejos;
Passam no teu olhar mundos inteiros,
Todo um povo de heróis e marinheiros,
Lanças nuas em rútilos lampejos;
Passam lendas e sonhos e milagres!
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
Em centelhas de crença e de certeza!
E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim,
Amor, julgo trazer dentro de mim
Um pedaço da terra portuguesa!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Tuesday, 17 February 2009
I Only...

I don't know what it is that makes me love you so
I only know I never want to let you go
Cause you've started something
Oh, can't you see?
That ever since we met
You've had a hold on me
It happens to be true
I only want to be with you
It doesn't matter where you go or what you do
I want to spend each moment of the day with you
Oh, look what has happened with just one kiss
I never knew that I could be in love like this
Its crazy but its true
I only want to be with you
You cast a spell on me
And left me in a trance
I fell into your open arms
And I didn't stand a chance
Now listen honey
I just want to be beside you everywhere
As long as were together, honey, I don't care
Cause you've started something
Oh, can't you see?
That ever since we met
You've had a hold on me
No matter what you do
I only want to be with you
You cast a spell on me
And left me in a trance
I fell into your open arms
And I didn't stand a chance
Now hear me tell you
I just want to be beside you everywhere
As long as were together, honey, I don't care
Cause you've started something
imagem tirada do flirk
Friday, 13 February 2009
A beautiful picture a day... 016 (sexta-feira treze)

(vejam este texto de Tiago Moreira Ramalho no Corta-Fitas para saberem o porquê desta superstição...)
Às vezes penso que seria mais fácil ser supersticiosa. Se as coisas corressem mal seria por falta daquela “sorte” ou daquele “ritual”. Tinha uma explicação para os infortúnios. Como não sou, fico muitas vezes perplexa com o que me vai acontecendo.
O único comportamento superticioso que tenho (adquirido pela formação e experiência) é o de, antes da estreia (e apenas da estreia) desejar merda a todos. Nunca por nunca se agradece.
Fazia-o não porque acreditasse que me corresse mal mas por simpatia, respeito e porque aparentemente acalma a quem neles acredita.
Aliás, para terminar, tenho uma óptima razão (à falta de outra) para não acreditar em “sexta-feira-treze-dia-de-azar”!
A minha CN nasceu numa sexta-feira treze… foi tudo menos um dia de azar! :)
Um óptimo fim-de-semana para todos agora que o Sol espreita e o nosso céu azul parece dizer “está bem que o Vosso país é ****** mas entretenham-se com esta cor fantástica!”
(o dia de s. Valentim nem merece considerações…)
Tuesday, 10 February 2009
Friday, 30 January 2009
A beautiful picture a day... 014

As told to a child
As I went out a Crow
In a low voice said, "Oh,
I was looking for you.
How do you do?
I just came to tell you
To tell Lesley (will you?)
That her little Bluebird
Wanted me to bring word
That the north wind last night
That made the stars bright
And made ice on the trough
Almost made him cough
His tail feathers off.
He just had to fly!
But he sent her Good-by,
And said to be good,
And wear her red hood,
And look for the skunk tracks
In the snow with an ax-
And do everything!
And perhaps in the spring
He would come back and sing."
Tuesday, 20 January 2009
A beautiful picture a day... 013

Dizia muitas vezes, principalmente quando me começou a escapar, que a juventude era desperdiçada nos jovens.
Que a força, a intrepidez, a coragem, as acções inconsequentemente feitas eram absoluta e irrevogavelmente desperdiçadas em quem ainda não percebe o quão efémera a juventude é. O quanto poderia ela ser aproveitada para outras coisas que não as futilidades, mesquinhices, medos desnecessários, outros necessários mas inexistentes...
Hoje?
Já não penso assim.
Se a juventude for vivida com aquilo que desperdiçam deixaria de ser isso mesmo: juventude. É intrinsecamente necessária a inconsciência, a irresponsabilidade e tudo o resto.
Aliás, dizem os sábios que se por alguma razão, pelas vicissitudes da vida ela não for vivida em pleno, a factura chegará à cobrança, meses ou até anos mais tarde.
A minha juventude? Foi ligeiramente adiada. Cumpriu-se toda a panóplia de dizeres. A factura veio mais tarde, com juros, em forma de inveja tremenda, direi mesmo dor de corno ao reparar em jovens irresponsáveis a fazerem aquilo que é suposto: serem irresponsáveis. Veio também em forma de medo. Medo terrível de ver a vida a esvair-se por entre as minhas mãos, de algum modo já cansadas de trabalhar, marcados elas, os olhos e os sonhos por uma juventude desperdiçada. No entanto, felizmente, chegou cedo a factura. A tempo de diminuir os estragos. Chegou à viragem da vintena. Tive tempo de decidir se queria desperdiçar o “resto” da juventude – já não a irresponsável e desmedida, mas ainda assim – em choradinhos e lamúrias ou viver no seu esplendor. Será hipérbole chamar esplendor à vida que levo, mas devo acrescentar, em verdadeiro abono da verdade, que me sinto ainda e cada vez mais intrépida, destemida, feroz.
Não vivo os melhores dos meus dias. Vivo-os com a sapiência da juventude que já desperdicei, com a força da que me falta.
Não vivo os mais felizes dos meus dias. Vivo-os com a serenidade de que de certeza melhores dias virão. Com a serenidade de que a presente batalha está perdida mas de que não é, em absoluto, nem a última nem a mais importante que viverei.
Uma boa semana para todos.
Thursday, 8 January 2009
A beautiful picture a day... 012

Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingénua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás