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Wednesday, 30 June 2010

a beautiful picture a day... 028


se acreditasse na genética
diria que o "tal" responsável por ser doido por animais (ainda que recessivo for) uniu-se... para dessa união brotar, não um, mas dois fanáticos
se acreditasse no ambiente familiar
diria que foram as duas crias completamente programadas para serem amantes dos animais
se acreditasse em predestinação
bem... já perceberam, não é?
mas estas beautiful picutres a day não são só sobre animais
mas pequenos nadas palermas (ou não) sobre tudo
às vezes até os mais altos devem descer, humildar-se (?)
os inteligentes sabem que é preferível assim, necessário até, para a sobrevivência
não que tenha problemas com isso! os meus cento e cinquenta cêntimetros mal medidos permitem-me ser ágil nos movimentos térreos e um escadote (acreditem) faz milagres nas ascensões
a vida é feita assim
a girafa dorme, come, pare e nasce em pé (não necessariamente nesta ordem) mas sabe que se quiser receber esse líquido divino terá de fazer má figura, ficar completamente vulnerável
tenham um bom dia
ps - não... recuso-me a falar sobre "ontem" (ontem? o quê?)

Thursday, 7 May 2009

A beautiful picture a day... 026 (snif)



Bateram-me no carro!

Acreditaremos nas pessoas e na sua boa vontade?

Acreditaremos nas promessas feitas?

Acreditaremos na expressão sincera?

Esta verde decidiu que sim.

Depois digo como correu...

(e quem tem cabeça para estudar Penal agora, não me dizem?)

Thursday, 30 April 2009

A beautiful picture a day... 025 (fim-de-semana XL)

É assim que vamos passar o fim-de-semana

Em Terras de Portugal, belas e simpáticas...

Bom fim-de-semana para todos!

Wednesday, 22 April 2009

A beautiful picture a day... 024 (Dia da Terra)

Não me lembro como começou, nem quem me ensinou a isso.

Não me lembro também se alguma vez lá em casa houve uma altura em que não o fizéssemos.

Talvez de um gene “defeituoso” por via paterna ou até, quem sabe, da Vó…

Sei que sempre olhei para a Terra e suas criaturas com respeito e humildade. Apesar de citadina – ou talvez por isso – tive a grande sorte de ter a Vó e o seu quintalinho (enorme para mim) onde habitavam muitos seres animais e vegetais.

Com o pai visitava amiúde o Aquário Vasco da Gama, Jardim Zoológico e, nas deambulações rurais que fazíamos, os porcos, vacas, cavalos, patos…

... e também o mar...

(Contam-me que, numa saída pelo dia da árvore, me terei recusado a apanhar malmequeres porque era apenas para fazer um fio sem utilidade nenhuma.)

Nos “matagais” que ainda conheci em Lisboa ouvi contar histórias fantásticas e mirabolantes, inventadas na hora pela Vó, sobre criaturas que por ali viviam dentro das árvores e por entre os arbustos.

No Monsanto, à distância de uma caminhada, via e ouvia os pássaros, revisitava árvores imensas, perdia-me – nessa altura sem medo – pelos caminhos. Dizem-me que dei nome a um pinheiro e que lhe agradecia sempre que apanhava as belas e grandes pinhas…

Terá nascido comigo? Terei aprendido? Não sei.

Sei que para mim, para os habitantes lá de casa, todos os dias são dias da Terra. Mas hoje é o dia formal.

Tal como amo os meus todos os dias mas celebro com prazer o dia do aniversário, aqui deixo os meus parabéns à minha Terra, espaço onde nasci, condomínio fantástico.

Desejo-Te, minha querida Géia, que os teus filhos se decidam a cuidar-Te melhor, a defender-Te e a rápida e agilmente Te recuperem…

Optimista por devoção, pessimista por definição, não cesso, ainda assim, de fazer o meu pequeno esforço para que a minha pegada seja indelével mas determinante.

Um bom dia!

Monday, 20 April 2009

A beautiful picture a day... 023


A natureza tem destas coisas.
Todos são importantes. Todos importam. Alguns - apesar de não parecerem - são mesmo mais importantes.
Se se esquecerem do que é feito, reparem na beleza da bola, na perfeição da figura geométrica.
Mesmo que não nos consigamos esquecer do que é feita a perfeita esfera, é perfeito o trabalho que faz.
Se quisermos recorrer aos chavões, é qualquer coisa do tipo "o que não presta para uns é prémio para outros"
mas não foi por isso que escolhi esta fotografia hoje.
Não me achando um escaravelho - nem achando que faço "isto", é importante saber que todos os trabalhos são necessários.
Uma boa semana para todos!

Tuesday, 14 April 2009

A beautiful picture a day... 022


Mesmo os seres pequeninos, aqueles que não prestamos atenção, aqueles que desprezamos, fazem falta.
Aliás, diz-nos a Lei Natural, que poderiam eles viver sem nós... impossível vivermos sem eles.
Impossível viver sem as pequenas coisas?
Sim...
Um bom dia, mãe... um até logo, um abraço apertado, o café quente tomado ao som do rádio matinal com as Crias - já desabituadas a acordar tão cedo mas ainda assim sorridentes - de cabeça deitada na mesa.
O teu leite ainda é quente? E o teu? Frio do frigorífico? Hoje há ginástica, mãe. Hoje almoço na escola. Adeus, pai, um bom dia. Adeus amores.
E o trânsito que regressa, a chuva também. Um suspiro profundo, um sorriso enérgico de quem voltou, um bem vindo de quem ficou.
Para alguns, hoje será o último dia.
às vezes, mãe, as coisas de que mais reclamamos são as mais importantes, não achas? Aquelas de que mais sentimos falta...
Aos que regressaram um óptimo reinício.
Aos que ficaram na cave continuemos a alimentar esta fornalha.
sorrisos carvoeiros

Friday, 3 April 2009

Thank God it's Friday...

Empty spaces, what are we waiting for
Abandoned places, I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore

The show must go on, The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking, but my smile... still stays on

Whatever happens I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for
I guess I'm learning (I'm learning)
I must be warmer now
I'll soon be turning (turning, turning) round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free


My soul is painted like the wings of butterflies
Fairy tales of yesterday will grow but never die
I can fly, my friends
The show must go on, yeah yeah
The show must go on, go on, go on
I'll face it with a grin
I'm never giving in, on with the show
I'll top the bill, I'll overkill
I have to find the will to carry on
On with the, on with the show
_________________________________

Uma das músicas proibidas durante muito tempo lá em casa.
Quando tocava sabiam quem me conhecia que não estava bem. Traz-me tantas, tantas lembranças; tantos sentimentos.

Sabemos que a amargura começa a dar lugar à ternura quando a ouvimos e são lembranças. Lembramo-nos da amargura... mas não a sentimos... percebem?

Um óptimo fim-de-semana para todos
Boas férias para alguns
Até segunda para outros

A foto daqui

Thursday, 2 April 2009

A beautiful picture a day... 021





O que é preferível?


A rapidez ou a permanência?

Como exemplo da primeira temos a chita. Animal que consegue atingir velocidades estrondosas em poucos segundos. O pico de adrenalina é tremendo, as alterações fisiológicas são extremas, o coração trabalha freneticamente e tudo no corpo é colocado em modo de suspensão, todas as sinergias apontadas e direccionadas para a corrida. O ritmo alucinante é mantido durante um muito curto espaço de tempo e, imaginem que consegue caçar, está tão cansada que não consegue sequer iniciar a refeição. Os momentos seguintes são muito perigosos porque o animal está num estado de vulnerabilidade tal que qualquer outro oportunista poderá arrancar-lhe a presa com muita facilidade.

Como exemplo da segunda temos o lobo. A passo lento, contínuo e ergonómico, é capaz de percorrer distâncias fantásticas, podendo fazê-lo durante dias seguidos sem parar. As descargas de adrenalina são moderadas, contínuas para poder “alimentar” o esforço. A respiração é longa e profunda para poder a todo tempo oxigenar todos os músculos de forma igual. O movimento utiliza uma lei da física conhecida como “o que está a andar está andar a não ser que alguma força o pare”.

Comparo-me muitas vezes à chita em termos maternais, não porque crie as minhas Crias sozinha, antes pela intrepidez que demonstra. Também, e principalmente, porque a chita aprende a criá-las. Não é incomum morrerem as primeiras ninhadas exactamente pela inexperiência. No entanto, são poucas as criaturas (digo eu, claro) que preparem tão bem as suas Crias. E também não é incomum ver a mãe “visitar” os territórios das crias, agora adultas.

Comparo-me também a uma loba alfa. Domina, gere, cuida, nutre, planeia, corrige, castiga de igual forma tanto crias como adolescentes e adultos da alcateia, perseverando e por ela, aguentando por vezes sacrifícios enormes.

Tendo auto massajado já o meu ego com tanto elogio, apreciem agora a bela foto.

Um bom dia para todos.

Thursday, 26 March 2009

A beautiful picture a day... 020


por alturas do fim do Verão (calma que este postal não Vos quer recordar do que vem a seguir… aguardem só um pouco, pode ser?) a roupa “fresquinha” é arrumada.

Espalhada nas camas das Crias são devidamente separadas em «passa da CV para a CN», «está velho demais», «bom para dar», «recordação de mãe babada». Há umas t-shirts que ficam por ali soltas para vestir por casa ou por cima das golas altas. Na última vez ficou, entre outras, uma t-shirt amarela com um boneco sorridente que a CN nunca quis vestir. Fica ali à espera, mãe. à espera do sol.

Hoje foi buscá-la.
Sorrio quando a vejo e pergunto-lhe se não terá frio.
- Claro que não, mãe. Chegou o Sol!

Um bom dia
Amanhã é Sexta!

Friday, 20 March 2009

A beautiful picture a day... 019

Falava com alguém muito querido sobre a aparente e assustadora empatia que alguns seres humanos têm com os seres do reino animal.

Para além dos clichés de que os animais sabem quem não lhes faz mal e tal acredito sim nos laços que se podem criar entre aqueles a quem eu gosto de chamar seres iluminados e seres agraciados.

Iluminados aqueles Humanos que conseguem ir para além do óbvio. Para além do que os olhos vêm, do que os sentidos absorvem, do que é racionalmente lógico.
Iluminados porque são Humanos e, percepcionando toda a vantagem que isso lhes dá, utilizam-na em toda a sua abrangência; a luz que carregam não servindo para superiorizarem-se mas antes comunicarem em todo o sentido exponencial da palavras com os outros seres destes nosso condomínio.
Agraciados porque são seres vivos em tantas vezes superiores ao outros, nem iluminados, nem agraciados, estes muitas vezes pouco humanos e, ainda assim, aqueles reconhecendo apenas porque sim quando estão perante um iluminado.

Conheço seres iluminados. Conheço muitos agraciados.

A todos nós, meros mortais, um pouco mais que agraciados mas (ainda) não iluminados, resta-nos apreciar as relações que estes dois fantásticos criam de modo tão simples que parece fácil.

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
estabeleceste, que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem,
para que o visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de
honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo
puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais
do campo, as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas
dos mares. (Salmo 8 - versão livre)

Apenas quem sabe reconhecer o domínio, não dominando, mas apreciando quem por cima está, poderá alguma vez iluminar-se… e iluminar!
Um óptimo fim-de-semana!


Thursday, 12 March 2009

A beautiful picture a day... 018


Os desertos fascinam-me.
Não pela beleza ou por qualquer interpretação metafísica, religiosa, espiritual ou outra.
Fascinam-me de uma forma puramente científica (se é que de tal se poderá apelidar esta curiosidade mal esgalhada, vulgo amadorismo alimentado pelos programas de David Attenborough e Félix Rodriguez de La Fuente).

Fascinam-me pela adaptação sofrida por todos aqueles que lá escolheram viver.

Eu disse escolher? Sim, claro. A evolução não presume outra coisa que a escolha voluntária dos caminhos evolucionários. Reforço o voluntarismo. Escolhem evoluir ou morrer… mas é uma escolha.
(Deus nos livre de dizermos que foi um Ente qualquer que os lá pôs por artes de malvadez)

Adiante.
Mesmos os seres humanos (perdoar-me-ão os evolucionistas puros mas, por enquanto, e enquanto apenas me referir à espécie humana onde me incluo – e não de uns seres quaisquer que matam e roubam, recusar-me-ei a referir-me como animal) que lá vivem adaptaram-se (e lá estou eu) evoluíram de formas no mínimo assombrosas.

Com eles aprendi a retirar de um cacto enterrado na areia água pura e fresca.
Com eles aprendi que se saltitarmos de um lado para o outro podemos atravessar a areia tórrida (sim, sim, sou eu a parva que saltita nas areias do nosso Portugal… resulta, que querem?)
Com eles aprendi que se tivermos pavilhões auditivos muito grandes podemos sentir os inimigos que se movem debaixo do solo.
Com eles aprendi que se fecharmos todos os orifícios corporais suportamos melhor as terríveis tempestades de areia.
Com eles aprendi que ainda que durante o dia estejam temperaturas assustadoramente altas devemos preparar-nos para uma noite gélida.

Agora é só dar um ar levemente intelectual a este texto. Uns pozinhos de metafísica, afirmar o que neguei lá no início do texto, vestir-me com um sari e inventar um testemunho qualquer de como a minha vida foi “mudada” e tenho um belo livro – best-seller - de auto-ajuda.

note to self:
escolher melhor as fotografias para esta rubrica

Friday, 20 February 2009

Piroso qb (Thank God it's Friday)

na verdade... mais piroso do que...




Mas fico-me por (mais) esta imbecilidade



























Bom fim-de-semana









Thursday, 19 February 2009

A beautiful picture a day... 017



O Teu Olhar

Passam no teu olhar nobres cortejos,
Frotas, pendões ao vento sobranceiros
Lindos versos de antigos romanceiros,
Céus do Oriente, em brasa, como beijos,

Mares onde não cabem teus desejos;
Passam no teu olhar mundos inteiros,
Todo um povo de heróis e marinheiros,
Lanças nuas em rútilos lampejos;

Passam lendas e sonhos e milagres!
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
Em centelhas de crença e de certeza!

E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim,
Amor, julgo trazer dentro de mim
Um pedaço da terra portuguesa!

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Tuesday, 17 February 2009

I Only...

...want to be with you

I don't know what it is that makes me love you so
I only know I never want to let you go
Cause you've started something
Oh, can't you see?
That ever since we met
You've had a hold on me
It happens to be true
I only want to be with you

It doesn't matter where you go or what you do
I want to spend each moment of the day with you
Oh, look what has happened with just one kiss
I never knew that I could be in love like this
Its crazy but its true
I only want to be with you

You cast a spell on me
And left me in a trance
I fell into your open arms
And I didn't stand a chance
Now listen honey

I just want to be beside you everywhere
As long as were together, honey, I don't care
Cause you've started something
Oh, can't you see?
That ever since we met
You've had a hold on me
No matter what you do
I only want to be with you

You cast a spell on me
And left me in a trance
I fell into your open arms
And I didn't stand a chance
Now hear me tell you

I just want to be beside you everywhere
As long as were together, honey, I don't care
Cause you've started something

imagem tirada do flirk

Friday, 13 February 2009

A beautiful picture a day... 016 (sexta-feira treze)


(vejam este texto de Tiago Moreira Ramalho no Corta-Fitas para saberem o porquê desta superstição...)

Tento averiguar as minhas superstições e chego à aborrecida conclusão que não tenho nenhuma.

Às vezes penso que seria mais fácil ser supersticiosa. Se as coisas corressem mal seria por falta daquela “sorte” ou daquele “ritual”. Tinha uma explicação para os infortúnios. Como não sou, fico muitas vezes perplexa com o que me vai acontecendo.


O único comportamento superticioso que tenho (adquirido pela formação e experiência) é o de, antes da estreia (e apenas da estreia) desejar merda a todos. Nunca por nunca se agradece.


Fazia-o não porque acreditasse que me corresse mal mas por simpatia, respeito e porque aparentemente acalma a quem neles acredita.


Aliás, para terminar, tenho uma óptima razão (à falta de outra) para não acreditar em “sexta-feira-treze-dia-de-azar”!


A minha CN nasceu numa sexta-feira treze… foi tudo menos um dia de azar! :)

Um óptimo fim-de-semana para todos agora que o Sol espreita e o nosso céu azul parece dizer “está bem que o Vosso país é ****** mas entretenham-se com esta cor fantástica!”


(o dia de s. Valentim nem merece considerações…)

Tuesday, 10 February 2009

A beautiful picture a day... 015



às vezes os cornos da vida são demasiados...
Um bom dia para todos



Friday, 30 January 2009

A beautiful picture a day... 014


Robert Frost - The Last Word of a Blue Bird
As told to a child


As I went out a Crow
In a low voice said, "Oh,
I was looking for you.
How do you do?
I just came to tell you
To tell Lesley (will you?)
That her little Bluebird
Wanted me to bring word
That the north wind last night
That made the stars bright
And made ice on the trough
Almost made him cough
His tail feathers off.
He just had to fly!
But he sent her Good-by,
And said to be good,
And wear her red hood,
And look for the skunk tracks
In the snow with an ax-
And do everything!
And perhaps in the spring
He would come back and sing."


bom fim-de-semana

Tuesday, 20 January 2009

A beautiful picture a day... 013



Dizia muitas vezes, principalmente quando me começou a escapar, que a juventude era desperdiçada nos jovens.

Que a força, a intrepidez, a coragem, as acções inconsequentemente feitas eram absoluta e irrevogavelmente desperdiçadas em quem ainda não percebe o quão efémera a juventude é. O quanto poderia ela ser aproveitada para outras coisas que não as futilidades, mesquinhices, medos desnecessários, outros necessários mas inexistentes...

Hoje?
Já não penso assim.
Se a juventude for vivida com aquilo que desperdiçam deixaria de ser isso mesmo: juventude. É intrinsecamente necessária a inconsciência, a irresponsabilidade e tudo o resto.
Aliás, dizem os sábios que se por alguma razão, pelas vicissitudes da vida ela não for vivida em pleno, a factura chegará à cobrança, meses ou até anos mais tarde.

A minha juventude? Foi ligeiramente adiada. Cumpriu-se toda a panóplia de dizeres. A factura veio mais tarde, com juros, em forma de inveja tremenda, direi mesmo dor de corno ao reparar em jovens irresponsáveis a fazerem aquilo que é suposto: serem irresponsáveis. Veio também em forma de medo. Medo terrível de ver a vida a esvair-se por entre as minhas mãos, de algum modo já cansadas de trabalhar, marcados elas, os olhos e os sonhos por uma juventude desperdiçada. No entanto, felizmente, chegou cedo a factura. A tempo de diminuir os estragos. Chegou à viragem da vintena. Tive tempo de decidir se queria desperdiçar o “resto” da juventude – já não a irresponsável e desmedida, mas ainda assim – em choradinhos e lamúrias ou viver no seu esplendor. Será hipérbole chamar esplendor à vida que levo, mas devo acrescentar, em verdadeiro abono da verdade, que me sinto ainda e cada vez mais intrépida, destemida, feroz.

Não vivo os melhores dos meus dias. Vivo-os com a sapiência da juventude que já desperdicei, com a força da que me falta.

Não vivo os mais felizes dos meus dias. Vivo-os com a serenidade de que de certeza melhores dias virão. Com a serenidade de que a presente batalha está perdida mas de que não é, em absoluto, nem a última nem a mais importante que viverei.

Uma boa semana para todos.

Thursday, 8 January 2009

A beautiful picture a day... 012


Alguma coisa nesta fotopensamento
...fez-me lembrar esta música de Ney Matogrosso


Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingénua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Tuesday, 6 January 2009

A beautiful picture a day... 011



The moment a child is born, the mother is also born. She never existed before. The woman existed, but the mother, never. A mother is something absolutely new.
Rajneesh

She never quite leaves her children at home, even when she doesn't take them along.
Margaret Culkin Banning