Friday 30 October 2009

é de mim com toda a certeza...

Parece que o tratado de Lisboa vai avante. as pretensões de um certo país foram ouvidas. hurra! hurra!
e quais eram as pretensões, perguntará o povo, já de si tão arredado do que os bosses “lá longe” vão fazendo?

queria o excelso país ficar fora da carta dos direitos fundamentais da união europeia. e – pasmem-se – nem sequer é inédita esta posição… se virem aqui já Reino Unido e Polónia tinham dito – só para evitar dúvidas – que afinal o que estava presente na Carta não era para ser interpretado bem assim. interpretando eu de um modo até grosseiro parece que, afinal, o que a Carta reconhece só será válido se os próprios países já o tiverem feito.

nada de novo portanto.

uns dizem que sim, senhor, façam como melhor vos aprouver, outros dizem ah, e tal, só se nós já tivermos isso no nosso ordenamento.
a aplicabilidade directa das convenções no seu melhor

como já disse por aqui, tinha esperança que o tratado de… (ao contrário do Sr. PM não tenho nenhum orgulho nisto, mas enfim, o que está, está) Lisboa não seguisse.

tinha esperança que o povo do trevo conseguisse parar este documento.
o mesmo que não foi por cá sujeito a nenhum processo de escrutínio, referendo… – parece que tinha sido prometido, mas que sei eu! –devem ter pensado que tínhamos mais o que fazer e que quando o povo os elegeu lhes terá automaticamente passado uma carta-branca para fazerem tudo… referendo? para quê? aprovamos assim mesmo, qual pai simpático que inscreve o filho bebé no benfica porque ele sabe melhor. (lembram-se deste texto?)

It would be like the authority of a parent, if, like that authority, its
object
was to prepare men for manhood; but it seeks on the contrary to keep
them in
perpetual childhood: it is well content that the people should
rejoice, provided
they think of nothing but rejoicing

afinal o que me tinham dito era verdade.
muda-se a Irlanda.
e tantas vezes foi o cântaro à fonte que a Irlanda partiu-se, digo, aprovou o referendo. e que faltava agora? um outro estado tem dúvidas quanto à referida carta. oh, meu amigo checo, é que é já a seguir. e ainda temos uma garantia de que está tudo conforme a ordem até porque são países onde nada se passa e vivem todos muito felizes "for ever after" e todos muito contentes porque nos garantem que vão respeitar os direitos fundamentais. (e nós, os outros, não?)

já vi que não percebo muito disto e nem me apetece alongar e incomodar os meus dois queridos leitores.

mas - ajudem-me - será que percebi bem? não, de certeza.
temos uma carta de direitos fundamentais à qual se promete aderir como condição sine qua non da adesão ao próprio tratado.

temos uns países que dizem, sim, claro, aderimos a tudo mas "estas letrinhas que aqui se escrevem não reconhecem quaisquer direitos". até me apetecia fazer uma analogia qualquer com as calças de um homem mas não vou por aí.

não sei se dei a perceber mas não vou muito à bola com este “coisa” a que chamam UE. mas – pacta sunt servanda – estamos “lá” cumpramos e/ou lutemos pelos nossos interesses. e não digo nossos=portugueses (mas também) mas nossos desta cidadania europeia que nos vendem – impingem? – como um factor e consequência de um mundo global, aqui como sinónimo de mais justiça para todos, mais igualdade.

recuo até ao discurso de Churchill e medito nesta parte

Trata-se de reconstituir a família europeia ou, pelo menos, a parte que
nos for
possível reconstituir e assegurar-lhe uma estrutura que lhe permita
viver em
paz, segurança e liberdade


ainda que a parte de estados unidos da europa me azucrinasse a cabeça… sou inocente e pouco sabida nestas coisas mas somos todos iguais… mas uns mais iguais que outros.

quanto ao resto tenham um óptimo fim-de-semana. no meu covil tentaremos fazer artesanato por aqui.

Monday 26 October 2009

a mudança de hora

parece que é copiado daqui… mas não é!
até porque ali reflecte-se (e bem) na vida, nesta coisa que vamos vivendo por aqui e nesta frase que me fica no ouvido

E a capacidade de não sofrermos tanto numa segunda ou terceira vez tem
precisamente a ver com a inexistência do factor surpresa.

por aqui falamos da surpresa com revi este actor.

e como tudo é discutível. admito que para alguns de vós ele não preste ou que os seus filmes sejam básicos ou outra coisa qualquer.

lembro-me dele nesta série e teria apostado tudo em como desapareceria num instante...

quando este filme saiu, ou mesmo este fiquei certa de que nunca seria mais nada além de um pretty boy e que a sua graça desapareceria com o peso da idade.

Mas depois vi este filme e fiquei admirada. Chorei, sofri e vivi com ele. Este achei um bocado lamechas demais… too american mas, ainda assim, surprise, surprise…

O que vi este fim-de-semana encheu-me as medidas. Nada neste filme é linear e a melhor maneira de o ver, para quem não o tenha feito é, como eu, não ler nada sobre ele. Ir descobrindo e vivendo com ele, descobrindo a sua mágoa e a profundidade da raiva, da crueldade…

acaba com o registo… não digo

em véspera de mudança de hora a CN acompanha-me (achava eu que era leve e tal) e falamos até “às tantas”. Gosto destas conversas. Gosto que discorde, concorde, equacione, racionalize e acabe por pensar por si. Mesmo quando as suas conclusões são repletas de dez anos sensíveis e semi-paradisíacos são as suas conclusões. E – babalert – lindas, sensíveis, inocentes, apaziguadoras…

quando vagueamos por assuntos – em que o filme se tornou uma miragem longínqua - e se apercebe do quanto “andámos” diz-me que gosta de falar connosco… “não sei – pensativo – parece que me compreendem, mesmo quando não concordam.”

Uma óptima semana para todos

e, cházinha, desculpa ter pegado no teu mote… (e feito isto!)

Thursday 22 October 2009

thinking

Este brilhante texto lembrou-me um outro... meu... salvo a imodéstia.

ps - isto anda seco, seco... penúltimo semestre que inclui trabalhos de grupo e "cadeirões"... não se esqueçam deste lado, apesar da pouca corrente que cá ponho.

tenham um excelente dia... hoje começamos com Reais

Tuesday 20 October 2009

...

há alguma solenidade ou doçura em escrever os números por extenso. Parecem maiores mas mais suaves. Mais importantes ou talvez menos agrestes.

há muita felicidade em escrever os anos que hoje completo.

não são primaveras em nenhum sentido da palavra. são Outonos. Outonos. são meus

são Outonos que passaram e muitos outros que espero passar. São as cãs que escondo com habilidade, rugas que me lembram todos os sentimentos que passei, cada um distintamente cravado na minha pele.

são histórias que vivi e outras, tantas outras que espero passar.
são amizades que recordo, outras que me recordam, muitas que nos recordamos.

são as Crias que me aquecem a alma, homem que me ama

É um Deus que me criou, acalenta, inspira, corrige e incentiva. são as Suas palavras que ecoam como suspiros doces de Pai ao meu ouvido.

são as saudades de ti que partiste e o meu agradecimento por tudo o que me deste e que contigo vivi.

há alguma solenidade, egoísmo e alegria em dizer publicamente (eu tão arredada deste meu Lado) que hoje é o meu aniversário.

faço Trinta e Seis anos hoje.

Monday 19 October 2009

Good mornin' good mornin'


Um dia ainda escrevo sobre a minha Cria Mais Nova e o seu enorme talento para dançar e cantar...
Hoje não é o dia!
Mas foi delicioso rever (a seu pedido) este filme. Péssimo no enredo, "estucha" na história, contém alguns dos melhores momentos que se criaram em cinema musical.
Brilhante, my cub!
uma boa semana para todos




Friday 9 October 2009

Yes, he can (?)




Não é uma crítica... ou talvez seja...


mas dar ao Presidente

Obama o Prémio Nobel da Paz parece-me... estranho

Tuesday 6 October 2009

História de uma terra de ninguém

O F., perdido em terras de ninguém, exilado num trabalho pesado, longo, duro e solitário, escreve para matar a saudade, para se sentir próximo da família, para minguar a falta que os telefonemas não conseguem.

Deu-me este texto que com a sua permissão publiquei naquele lado.

Ide ler.

Uma óptima semana para todos

Friday 2 October 2009

demo.....Krashia

A França não gosta do Tratado................................................muda-se o Tratado

A Irlanda não gosta do Tratado................................................muda-se a Irlanda

(é esta a demo krashia europeia que temos)

(viva a Irlanda)