Uma simples mensagem de telemóvel. Inócua, talvez preocupada, provavelmente apenas decorrente de não saber de cor o meu horário.
Recebi-a em plena aula de Direito Internacional Público e fiquei a pensar nela. Fiquei preocupada. Teria acontecido alguma coisa às Crias? Se calhar, “discorreu” a brilhante cabeça verde, o F. espera por mim, como é o meu aniversário e tal, para conversarmos um bocado.
Levei grande parte do trajecto de hoje a pensar se escreveria sobre isto ou não. Mesmo para mim, igual a mim mesma, talvez seja expor-me demasiado, contar assuntos de dentro de portas. Talvez. Mas, em honra dos participantes dela, e em desonra minha, aqui fica…
No intervalo respondo que ainda me falta uma aula, para não se preocupar, kiss, kiss, blá, blá, blá.
Devo recuar no tempo.
O problema de (querer) ser a Matriarca do covil é condescender em demasia. Eu sei, eu faço, eu coordeno provoca naquela que o expressa, ainda que sub-repticiamente, uma sensação de que o covil não funciona sem ela. De que tudo acontece porque ela diz e, mesmo assim, é seu dever desculpar quando as coisas não acontecem.
Avisei os meus machos de que queria uma festa a sério. De que queria prendas pessoais, de que não admitira esquecimentos. Avisei uma semana antes, uns dias antes, na véspera. Fiquei, veja agora, de certo modo “magoada” quando não vi qualquer preparativo de surpresa. Fiquei mas desvalorizei. Segunda de manhã todos agiram mais ou menos como é hábito, sem o meu desejado pequeno-almoço de parabéns nem festarolas. Deram-me os parabéns, claro, e muitos beijinhos mas nada de cartão… nadica de nada.
E, condescendente com a sua matilha, pensei que era o que se podia esperar de machos. Quem me conhece, saberá que não o digo por desprezo ou qualquer despeito. Sei-me amada e querida.
Sigo o meu dia normalmente e, porque as coisas a nível carteirístico não estão brilhantes decido fazer a vida normal. Trabalho, faculdade, casa… talvez o F. espere por mim para um cigarrinho à janela.
“Demoras?...”
Boa, boa. Ele espera. (a bem da verdade e apesar de o F. entrar às 6.30, espera por mim quase todos os dias). Mas o que podia eu esperar de um dia de trabalho normal, com as Crias e Progenitores a deverem acordar sempre tão cedo?
Não aquilo que aconteceu.
Entrei numa casa a cheirar a comida, luzes ainda acesas, Crias e Pai vestidos a rigor aguardando-me para uma… festa surpresa!
Fiquei sem palavras… e sem pinga de sangue!
À laia de uma (muito merecida) delicada reprimenda dizem-me que não achavam que fosse às aulas porque tinha dito especificamente que queria uma festa.
Desfazem-se em mimos, abraços, beijos e muito, muito dificilmente contenho as lágrimas de arrependimento e gratidão.
Fico sem palavras.
Estou sem palavras.
ps – talvez apenas estas: fazer as minhas Crias estudarem muito… porque para pintores é que eles não servem!!!! J
Um bom dia para todos!
Recebi-a em plena aula de Direito Internacional Público e fiquei a pensar nela. Fiquei preocupada. Teria acontecido alguma coisa às Crias? Se calhar, “discorreu” a brilhante cabeça verde, o F. espera por mim, como é o meu aniversário e tal, para conversarmos um bocado.
Levei grande parte do trajecto de hoje a pensar se escreveria sobre isto ou não. Mesmo para mim, igual a mim mesma, talvez seja expor-me demasiado, contar assuntos de dentro de portas. Talvez. Mas, em honra dos participantes dela, e em desonra minha, aqui fica…
No intervalo respondo que ainda me falta uma aula, para não se preocupar, kiss, kiss, blá, blá, blá.
Devo recuar no tempo.
O problema de (querer) ser a Matriarca do covil é condescender em demasia. Eu sei, eu faço, eu coordeno provoca naquela que o expressa, ainda que sub-repticiamente, uma sensação de que o covil não funciona sem ela. De que tudo acontece porque ela diz e, mesmo assim, é seu dever desculpar quando as coisas não acontecem.
Avisei os meus machos de que queria uma festa a sério. De que queria prendas pessoais, de que não admitira esquecimentos. Avisei uma semana antes, uns dias antes, na véspera. Fiquei, veja agora, de certo modo “magoada” quando não vi qualquer preparativo de surpresa. Fiquei mas desvalorizei. Segunda de manhã todos agiram mais ou menos como é hábito, sem o meu desejado pequeno-almoço de parabéns nem festarolas. Deram-me os parabéns, claro, e muitos beijinhos mas nada de cartão… nadica de nada.
E, condescendente com a sua matilha, pensei que era o que se podia esperar de machos. Quem me conhece, saberá que não o digo por desprezo ou qualquer despeito. Sei-me amada e querida.
Sigo o meu dia normalmente e, porque as coisas a nível carteirístico não estão brilhantes decido fazer a vida normal. Trabalho, faculdade, casa… talvez o F. espere por mim para um cigarrinho à janela.
“Demoras?...”
Boa, boa. Ele espera. (a bem da verdade e apesar de o F. entrar às 6.30, espera por mim quase todos os dias). Mas o que podia eu esperar de um dia de trabalho normal, com as Crias e Progenitores a deverem acordar sempre tão cedo?
Não aquilo que aconteceu.
Entrei numa casa a cheirar a comida, luzes ainda acesas, Crias e Pai vestidos a rigor aguardando-me para uma… festa surpresa!
Fiquei sem palavras… e sem pinga de sangue!
À laia de uma (muito merecida) delicada reprimenda dizem-me que não achavam que fosse às aulas porque tinha dito especificamente que queria uma festa.
Desfazem-se em mimos, abraços, beijos e muito, muito dificilmente contenho as lágrimas de arrependimento e gratidão.
Fico sem palavras.
Estou sem palavras.
ps – talvez apenas estas: fazer as minhas Crias estudarem muito… porque para pintores é que eles não servem!!!! J
Um bom dia para todos!
11 comments:
dificilmente contive as lágrimas eu que me conheces as fraquezas ..
tu nas asas de uma borboleta :) conhecem-te bem eles *
Beijo imenso e Parabéns .. pelo dia, pelo ano que agora começa, pelas crias ..
Minha querida Once,
as lágrimas que tão dificilmente contemos... conheces-me tu também, minha linda!
obrigada também a ti pelo dia de ontem!
Que BOM, beijo
Nunca devemos subestimar os machos de nossas casas, Nocas. São os que se lembram. E quanto mais disfarçam, mais certezas podemos ter disso. Sobretudo, depois de terem sido avisados no dia, na véspera, na antevéspera e com uma semana de antecedência! ;-D
Ainda bem que foi um excelente dia. Que seja também um excelente ano. :-)
Querida Silvia,
Um BOM dia, sim
beijo para ti
Querida Luísa,
Tem toda a razão. (suspiro)
Obrigada pelo desejo!
beijinho
Querida Madrinha Nocas,
o meu dia tornou-se bom, sabendo que o Seu precedente o tinha sido.
Agora, eu sou um desconfiado quanto a surpresas... Mas mesmo uma má, como a de o Prof. de Direito Internacional Público ler este post e passar-Lhe uma reprimenda por ter o tm ligado na aula, seria amplamente compensada pela boa, que recebeu.
Praise The Lord!
Beijinho
Parabéns atrasados, Nocas. São sempre tão boas, essas surpresas vindas de quem amamos!
Um beijinho
Meu Caro Paulo,
Nunca fui madrinha de nada nem minguém (e não é um suspiro de tristeza, apenas uma simples constatação). Ser apelidada, ainda que em brincadeira, de madrinha de tão (falta-me o adjectivo - já lhe deram, e justamente, tantos!) ilustre espaço é uma grande honra e acrescento que valeu a pena esperar 35 anos para "amadrinhar" pela primeira vez.
Vou pensar no que será ou implicará esse "papel" e já lhe digo qualquer coisa. (riso)
O tlm é cuidadosamente colocado no silêncio. Porque mãe a Tempo Inteiro não o desligo, não vá ser precisa em algum lado!!!
Obrigada e um beijinho!
Querida Ana V.
Obrigada!
Tem razão, claro. As suspresas boas são sempre melhores vindas de quem amamos e a quem amamos!
beijinho!
:)
Van Dog,
Até o Lord F. me deu uma das suas turras (ainda) mais deliciosa!!
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