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Thursday, 19 November 2009

peço-vos um exercício mental

imaginem que vão ver um espectáculo, um qualquer que não desporto e muito menos futebol, ok?
uma ópera, uma peça de teatro, um bailado, uma performance “andsoión”.
imaginem que pagam o vosso bilhete, que se sentam no vosso lugar sossegadinho e imaginem que não têm ninguém de chapéu ou peruca grande à vossa frente. é difícil, eu sei, mas imaginem ainda que ninguém tosse naquele interlúdio em que as luzem baixam e as cortinas começam a abrir.

o espectáculo começa e vêem, com pasmo, que a “coisa” não está a correr bem. Os actores esquecem-se das deixas, os cantores desafinam, os bailarinos caiem.
Imaginem que de repente o mist… digo, director, vem a palco e informa-vos das “vicissitudes”.

que não tiveram tempo suficiente para ensaiar, que algumas figuras essenciais estão lesion… digo, magoadas ou doentes; que o palco é torto, que o electricista é manco… o mais certo é zangarem-se ligeiramente, não?
mas então, imaginem que NÃO são como eu, que são pacientes e aceitam a oferta do director, recebem outro bilhete para outro espectáculo, num outro dia.
até aqui apanharam?

o grande dia chega
(o adjectivo grande é irónico)

o espectáculo lá se desenrola na normalidade (bem acentuado o adjectivo normal).
nem assim-assim nem brilhantismo, nem nenhuma falha de maior.
passa-se um bom bocado mas fica assim a faltar qualquer coisa… um pedido de desculpa ia bem, dizemos nós. ou então um bocadinho mais de entusiasmo, um bocadinho mais de entrega.

queremos mais, queremos mais, queremos mais, diria, se se tratasse de outra coisa.
mas, digo eu que sou do contra, poderemos exigir mais? afinal eles fizeram o possível, tentaram e cumpriram com o que estava no bilhete. não estaria impresso, com toda a certeza, que iríamos assistir ao fantástico espectáculo de qualquer-coisa. no bilhete não.
mas aquele sensação de amargo na boca, de uma entrega compensatória, de “sangue”, essa fica e permanece.
(...)
para quem ainda não percebeu parece que ontem Portugal ganhou à Bósnia e que, assim, continuou a caminhada gloriosa para o Mundial
(o adjectivo gloriosa também é ironia… da pura e dura)

assim sendo fiquemo-nos por estas glórias que conseguimos (este pronome pessoal parece irónico, não parece? e parece muito bem, sim senhor!) porque o director do espectáculo, digo, o mister, é muito do bom… pelos menos a julgar pelas palavras que ilustres senhores fulanos disseram sobre esta vitória ter “calado as bocas dos detractores do xenhorprofesso”.

tudo bem visto, é evidente que eu – ferverosa amante de futebol – vou seguir e torcer por Portugal. Até porque a Selecção, por aquilo que valer para quem gosta de futebol é maior e melhor que o somatório dos vários fulanos que por lá passarem.
o arrepio na espinha quando “A Portuguesa” tocar vai existir.
só espero que não volte a acontecer um jogo destes enquanto decido quem matou quem, como e porquê (ah, pois é… teste de penal com “goooolo” ao fundo. simpático, não acham?)
-------------------------------------
and now, for something completely different

BABALERT

ele haverá coisa melhor que ver a nossa CV tocar uma linda e melodiosa peça, sentado num fantástico jardim, de olhos fechados para sentir a música?



melhor não












mas ver a nossa CN equipado com o novíssimo equipamento do clube, mostrar-me as costas com o número da camisola e nome impressos enquanto faz toques fantásticos na bola é perfeitamente equivalente…




















pelo menos para mim, mãe babada de um estudioso da bola e um estudioso da música

sou boa parideira, disseram-me na maternidade (é evidente que não foi quem me disse isso que passou lá vinte e três horasde perna aberta , mas enfim).
mas sou melhor torcedora, fã, entusiasta

os vizinhos que se cuidem porque eu quero ouvir os meus filhos tocarem na guitarra e na bola todos os dias




Tuesday, 21 April 2009

Biblioteca Digital Mundial



A Descrição atual e precisa de Portugal, antiga Lusitânia, por Fernando Alvarez Seco






Porque esquecer é o primeiro e mais importante passo para a estupidez.


Vejam e deliciem-se.




(Não percebo porque estão apenas disponíveis 13 documentos em Portugal.)








Um bom dia para todos

Tuesday, 19 August 2008

Jogos Olímpicos ou a desdita de um (?) dia mau...

Sigo com a dedicação possível os Jogos Olímpicos (mais uma tradição recebida da casa paterna!).

Devo desde já dizer, no entanto, que me parecia que quando eram apenas 2 canais televisivos ficava com maior cobertura de todas as modalidades. Fiquei a conhecer desse modo modalidades e atletas, políticas e politiquices. Recordo Silvio Kroll, Sptiz entre outros.

A maratona vejo-a na íntegra.

Este ano fiquei sem ver (por incapacidade minha ou por má cobertura) modalidades que gosto particularmente como halterofilismo, luta greco-romana...

Agora os Tugas. Sem fazer qualquer juízo de valor sobre os resultados obtidos (sem deixar de lamentar um certo atleta que devia, no mínimo, reservar para si certas expressões como "as pernas pedem caminha") vejam aqui uma lista de todos os atletas que participam ou participaram nestes jogos.

O que me provoca este postal, e que lhe dá o título e mote, é a existência inexorável de "dias maus".

Quem não os tem?

A diferença de um campeão compõe-se de treino, muito treino, suplantar-se a si mesmo e sorte. Ah, pois é… sorte.

Se ainda considerasse possível correr 43 km algures nesta vida, nunca por nunca o faria no primeiro dia do período. Ai, não, não!!!

E aquela dor de cabeça que vem não se sabe de onde? E um pesadelo que dá? E uma dor que aparece do nada?

Não desculpabilizo nem condescendo serem os portugueses uns “coitaditos” ou coisa que o valha. Não, não e não. Mas essas coisas que dão (ou não Vos dão?) um ou outro dia podem também dar a estes “heróis” ou atletas ou, como são, de facto, Humanos.

Basta lembrarem-se daquela borbulha que aparece no DIA do casamento ou da cãibra no dia de uma audição.

Por mim, e apenas por mim, falo e recordo (não a borbulha no dia do casamento, mas o remoinho malvado que gastou uma lata de laca, o botão da camisa do F. que cai à última, mesmo, mesmo na escadaria da igreja…).

Trabalhei, já devo ter dito algures por aqui, durante 7 meses numa Revista à portuguesa como bailarina. Ensaios à parte, foram cerca de 6 meses a fazer a mesma coisa todos os dias, Sábado e Domingo 2 sessões, descanso à Segunda. Fazei as contas.

Dias fantásticos e dias péssimos. Não éramos nem jogadores milionários nem tínhamos uma nação a seguir-nos mas garanto-vos a total dedicação. Os erros, os azares, os brilhantismos aparecem.

Parece que a diferença estará no imediatismo destas competições!...

Meses e anos de treino resumidos a 3 saltos, 1 corrida…

Como disse lá em cima não serve de desculpa. Os VERDADEIROS campeões definem-se assim. Meses e anos de treino e preparação e UM dia bom.

UM dia bom.

Já agora… UM desses para todos!

Tuesday, 22 July 2008

Diário de... tanta coisa! (parece que estive fora trezentos anos!!)

Como e por onde começar?

Pelo princípio claro... ou não, pelo regresso ao batente, pelos acontecimentos que me foram... acontecendo (ups!) ou pela crónica cronológica (ai!!)

Onde fiquei?

Ah, claro. No Euro 2008

Fiquei a dizer qualquer coisa sobre concordar com a estratégia
do Mister Scolari sobre descansar e qualquer baboseira assim















Não digo que não concorde agora ou que me tenha arrependido do que disse...

O jogo contra a Alemanha começou dentro da última aula de Direito Constitucional. A professora a dissertar sobre como o futebol entorpecia as pessoas, que eram muito mais importantes os problemas reais e tal e tal. E eu até concordo, mas não lhe dá o direito de falar mal ou insinuar que quem gostasse de futebol não podia ser inteligente!!! Certo?

Adiante!

A aula correu bem, o jogo não. Faltava eu (risos) eu a torcer, gritar.

Portugal foi enganado.

Enganado por um guarda-redes que não estava nos seus dias.
Enganado por uma equipa inteligente, jogando bem os seus trunfos, no bluff, no medo, na ausência de coração.

Conhecem-me o amor (acho que posso usar esta palavra aqui sem chocar em demasia quem me ler. Tenho os meus amores muito bem ordenadinhos e catalogados. Fosse eu esquimó e o amor a neve e teria duzentas expressões diferentes para ele. Mas não sou... e ainda bem -risos) dizia, conhecem-me o amor pelo futebol. Digam de Vossa justiça, amigos, mas que outro desporto suportará tamanha variedade de táticas para o alcance de um mesmo fim?




Portugal foi enganado por si próprio. Porque provavelmente não aguentou as bocas do falhanço do último jogo, porque não aguentou o "famoso cinismo" alemão.

Segui, como sempre, o resto do campeonato com calma e afastamento. Achei que a Alemanha ía ganhar. Surpreendi-me com a Rússia e comecei a gostar da Espanha. Futebol bonito, eficaz, de onze! Latinos... e como me diverti nesse dia! A reacção dos alemães, como que não sabendo o que fazer.

-O que se faz quando se perde?
- Não sei, pá! Parece que há qualquer coisa que sai dos olhos, pá! e que ficamos com o nariz a pingar...
- A sério, pá? Que nojo! Mas sempre era melhor, se calhar. Como é que isso se chama?
- Chorar, pá! Acho que é isso...
(não sei se os alemães dizem "pá"! Provavelmente não. Mas assim fica mais giro!!)


Balanço final?
A equipa vencedora foi:
a selecção brasileira!!!!!
Não acreditam? Deixei aqui em cima algumas das fotos deles. (tenho a certeza de que haviam mais jogadores com esta nacionalidade... mas não consegui encontrar...)
Não tenho nada contra isso. Poderei "postar" mais tarde sobre isso. Mas eram de facto muitos...
(risos)

Depois começaram as frequências. Estudo, estudo, estudo.
Como correram?
Humpf!
Numa esqueci-me de responder a duas perguntas, noutra esqueci-me de assinar a folha de presenças, noutra não levei o CPA, noutra... não... noutra esqueceram-se de contabilizar um dos testes de Avaliação contínua. Querem mais?


Resolveu-se tudo, felizmente.


Voltei atrás e supliquei ao Professor que me deixasse assinar. Fiz requerimento à secretaria e a nota correcta apareceu, pedi um código à colega do lado, mas aquelas duas perguntas esquecidas ficaram-me aqui atravessadas. parva, parva, parva...
Até agora, altura em que me falta receber apenas uma nota, não tenho orais. Com esta coisa de bolonha dispensa-se com 10... mas, felizmente, mesmo com o sistema antigo dispensaria à maior parte delas.

Não são notas brilhantes... mas o primeiro ano já passou. Faltam 2! ai!






Depois?
Depois segui para férias por terras da Lusitânia!



Tenda da Quechua armada em 3 segundos, carro despejado em 3 horas!!

1.ª paragem:


Arganil

Silêncio, tranquilidade, o Parque praticamente nosso. Pessoas simpáticas, restaurante fechado (mas podem ir para lá comer com os meninos! muito obrigada, minha senhora!)






























Verde, verde, muito verde.

Resto do dia para relaxar. Um banhinho tomado, roupa quentinha

E muita conversa, sentados os quatro com o rádio a tocar qualquer coisa muito baixinho.

De vez em quando dava notícias do trânsito e eu ría-me por dentro. Tão longe ficou aquilo tudo.



























Levámos livros para ler mas o sono chega cedo para todos. (menos eu que fico para ali a pensar em construir cimenteiras e auto-estradas! a sentir logo falta do barulho dos carros e do barulho, mas consegui abstrair-me disso. )
















A manhã também começa cedo para mim com aquele tempo fantástico e uma camisola quentinha.

Uns bons exercícios dos meus (que os anos de dança tiveram que servir para alguma coisa) e um café sozinha.... sozinha... vou escrever outra vez para reforçar... sozinha


Sentada na bela cadeira vi o sol nascer atrás daquelas montanhas e fiz amizade com uma melro. (nunca a suficiente para que me deixasse tirar uma fotografia)


por isso vão ter que acreditar em mim quando vos digo que me acompanhava de manhã roubando altivamente as migalhas da minha bolacha como se ambas não soubéssemos que a outra lá estava



Rotinas muito diferentes, estas das férias.












De mapa em punho seguimos rumo à Mata da Margaraça.





Parece estrangeira dizem alguns que olham para estes frondosos verdes...


Portugal, meus queridos.






































Já na mata, apaixonados pelos caminhos que parecem perdidos ouvimos o som de água muito lá ao longe.





As Crias não sabem onde vamos.





À descoberta, digo eu... mas o que é isto? pergunto falsamente olhando para o mapa. Parece água





- É a Farsa da Pena - diz a CV que leu atentamente o catraplázio lá mais atrás.






- Fraga - corrige o F.







Mas sabendo nós que íamos a uma cascata, fiquei eu rendida, de boca aberta. Isto ainda existe, diz a NV da Cidade em mim.






Não acredito que as fotografias captem o meu espanto, a minha rendição a estes lugares que saltam assim, brutos, rudes, magníficos.



Só os 4 e a Fraga












O F. vê um carreiro que segue Fraga acima.



E outras pequenas cascatas se nos deparam por entre verde e mato e não pises a formiga, mãe! (riso)































A Natureza, como todos saberão, não é só constituída por Flora... também Fauna, certo. Aquela que a citadina NV deseja sempre secretamente que se esconda à minha passagem. Dizem que os animais sentem quem não lhes faz mal. Mentira, claro, mas encontrámos algumas espécies que dizem estar em extinção e, por isso, praticamente impossíveis de serem vistos... mas ei-la aqui... linda a Rã Ibérica.
















Mergulhar nestas águas frias despertou a veia artística que há em mim... mas, claro, não suficiente para criar alguma coisa de facto artística, apenas para considerar estes jogos de luz das folhas presas numa pedra absolutamente magníficas. (rindo outra vez)
























Apesar de sairmos cedo as estradas não são auto-estradas e a paisagem é tão bela que fazêmo-las devagar devagarinho para ver, olha ali, e ali, pára mãe, que montanhas...







Já passa muito da hora de almoço e seguimos em direcção ao Piodão.





Passámos por aldeias lindas mas avançamos porque queremos mesmo esta bela aldeia... nas outras cumprimentamos quem nos atravessa o caminho sem demora.

Parámos lá em cima para a ver, antever a beleza. Um outro carro estava também lá parado. Um casal sai do carro e sorri-nos. Matrícula estrangeira, parecem reformados, algo receosos.


Desbocada digo para o F. à laia de deixar eles ouvirem - Vamos F. que esta estrada até parece acabar... mas não acaba!

O casal sorri e segue-nos fielmente até o


Piodão bela, estranha.


Parece construída de propósito, diz a CN.


Mas também muito turística. Senhor simpático onde comprámos lembranças, outro senhor que nos convida para experimentarmos o seu restaurante. Tudo caseiro, anuncia.



E tinha razão. A começar pelas moscas. Nome: Piodão XXI, não tem o que enganar. Não vale a pena. A comida não é má mas o serviço é péssimo. Péssimo, digo-vos! Não espero, nem quero que me sirvam com nove horas mas a simpatia é importantíssima. E isso faltou. Faltou, digo eu? Não existiu, melhor assim.
Com tão pouca clientela aguardámos mais de uma hora pelo almoço e quase adormecíamos...


Resultado? Crias rabugentas e cansadas sem vontade nenhuma de descer ruas belas e primárias (no que de mais belo terá esse adjectivo)

-Mãe, por favor, podemos voltar noutro dia?
- Quero ir para casa!... ou para o Parque


Acedi. Queria mesmo ir e fotografar aquelas casinhas tão belas, descobrir, quem sabe recantos, mas tudo tem um limite. E um almoço "rápido" e "caseiro" deitou abaixo qualquer vontade.

Regressámos e o banho foi já tomado entre olhos semicerrados porque ainda parámos para as compras (diárias, certo, que não frigorífico nem nada dessas modernices)


2.ª Paragem (ainda que breve)




Coja

Gente simpática, rio bonito, lindo, com tanta natureza, tanta fauna insectívora (blarghhh)

Avançamos que o caminho é longo e queremos chegar ao Gerês antes das 18.



(uma voz sussurrou only in your dreams mas não ligámos...)














Devemos mesmo ser os quatro (bem, nós os dois, sim de certeza, e as Crias por arrasto... ou arresto... ainda não sei) loucos. Mas que loucura bela aquelas auto-estradas pela serra, e as estradas e estradinhas que sobem e descem e viram e reviram.




- Que avisa este sinal?

- Curva e contracurva.

(pensa)
- e não há nenhum que indique contra curva e curva?



Passamos serras e mais serras que o F. vai dando o respectivo nome mas que não repito. (Desculpa F., já não me lembro delas. só da beleza)

- vejo agora que deveria consultar o dicionário para procurar outros adjectivos porque "bela" e "linda" e seus derivados foram já utilizados talvez em demasia. Mas isto é um diário por isso perdão por não ser fluente... e nisto, sem avisar... numa mera curva da estrada. ELA apareceu!

A Serra do Gerês imponente, magestosa.



Já lá fomos várias vezes. Mas entrar por esta auto-estrada apanha-nos desprevenidos. Ela aparece mesmo assim como Vos digo... de repente e depois de uma curva... e mesmo sendo eu umas tosca verde a Geografia disse antes do F. é o Gerês, não é?

Uma pequena correria (garanto-vos que dentro dos limites, que isto com crianças lá atrás não se brinca com as velocidades...) mas, como dizia, não paramos, não abrandamos porque o tempo urge e o parque não admite depois das 18.



A simpática assistente do parque sossega-nos.




- São já 19.45, eu sei...

- Calma, calma. Pode entrar.




Tenda montada em 3 segundos (já disse que era da Quechua, não disse?) e ainda temos tempo para uma foto rápida do início oficial do rio Gerês




Com banho tomado e comida comprada no caminho assim ficamos os quatro com tranquilidade... ou talvez não...


mas oquéquéisto???????????

Por volta já das 10 horas entra ainda uma família enorme, mais de 20 elementos que com todo o barulho possível procuram e montam tendas... riem, gritam, correm. Fazem camas (mas... senhores... não se fazem camas aqui, boa? sacos-cama, boa? pijamas? e que tal t-shirt deslavada? e que tal CALARAM-SE??

O F. procura desesperado a minha cara. Uma das famílias decide abancar mesmo ao nososo lado. Ao NOSSO lado. O homem da família procura um martelo para a complicada montagem da tenda e admiro-me como consegue ele fazer aquilo se não tem laterna e ali não há candeeiros de rua. Descubro como quando o F., com um pequeno acto de malvadez/traquinice desliga a nossa pequena lanterna de L.E.D. ecológica e económica (gasta pouco e não atrai mosquitaime...) o homem bate no dedo e diz o chorrilho de elogios próprios de nortenhos. Vejo, sem ver, os olhos flamejantes deles na nossa direcção mesmo antes do F. ligar a lanterna de novo. É evidente que o homem continua como se nada fosse. A gota de água acontece quando um dos muitos miúdos de pijama já bvestido sai da tenda e diz que quer fazer xixi.

- Faz ali - responde a mãe apontando para a nossa árvore



A NOSSA árvore. Percebem, claro, que quando digo nossa árvore refiro-me a uma Senhora Árvore ao pé da qual tínhamos a nossa Quechua montada. O F. segurou-me o braço enquanto o homem ordenou que fosse à casa de banho.

- Isto é demais. Amanhã partimos! - digo um bocado alto demais. Estava furiosa... - este barulho é insuportável.


De manhã, ainda não eram 7.30 já estavam aqueles maganos todos de pé e com grande barulheira. Levantei-me num repente. Juro-vos que ía abordá-los mas não foi preciso. O barulho era apenas a desmontagem das camas, dos colchões, avançados, tendas, malas refeitas.

- Mas que...



Foram-se embora. Eles e quase todos os outros do parque. E recuperei o MEU querido parque silencioso. Tive nessa noite a companhia dos lobos na sua cantilena no topo da serra e adormeci mais uma vez a sonhar com a cimenteira e discotecas e auto-estradas.

Mas antes!



Seguimos por serra Brufe e outras aldeias. Parámos obrigatoriamente no Museu de Vilarinho das Furnas e emocionámo-nos com
a história triste daquele povo.


Janelas do carro abertas e tanto céu.

Fomos ter a Espanha depois de almoçarmos maravilhosamente bem num café de estrada. Repito maravilhosamente bem!







Passamos pela bela localidade de Entre ambos os rios
e o seu rio magnífico.

Deixámos o Gerês para entrarmos no Xurez.







Voltas e mais voltas e refrescamo-nos no Rio Caldo.
Aproveitamento fantástico de um rio que atravessa a vila de Lobios com relva, árvores e água limpa acamlado por vias de mini barragem.







Regressamos a Portugal pela Portela do Homem e fazemos o nosso pequeno "ritual" de falarmos espanholês até ao momento mágico de avistar a placa "Portugal".







No nosso penúltimo dia, depois de uma agradável caminhada vemos a bela Cascata do Leonte com fotografias dos corajosos 4 debaixo da mesma.




















Descobrimos um girino, nadamos, rimos e servimos de

guia a outros intrépidos que do alto da ponte nos perguntam como chegar ali. Quase ninguém se
aventura... e ainda bem.




















... e a natureza aqui tão perto!


Almoço tomado e cascata caseira (aquela em frente à tenda de outros anos).


No dia da partida tentamos mais uma vez fotografar os sardões que nos faziam companhia mas deviam ter sido avisados pela melro... e fiquei-me contente com esta. Último encher de pulmões antes de regressar enquanto tento (e só tento) enquadrar a libelinha.

O regresso é feito em alegria.

- Estivemos fora mais de um mês!
- Não, CN, apenas 7 dias...
A despedida das Crias(literal) aconteceu at
é o sono pesar nas pequenas pálpebras.
- Adeus árvore, adeus piscinas, adeus montanha que não sei o teu nome, adeus supermercado onde compramos o pau de caminheiro, adeus loja onde comprámos o papel higiénico, adeus multibanco onde a mãe levantou dinheiro, adeus café que não tens o
gelado que eu gosto, adeus, adeus, adeus...

- Adeus - digo eu - jogos da Bisca e das Copas à luz da nossa lanternita. Adeus concurso de anedotas. Adeus conversas tidas a quatro.
Quatro seres que discordam, riem, brincam, zangam-se, observam, choram... juntos.

Estou feliz.
Fui feliz.

Sou feliz.

Monday, 16 June 2008

Dizer o quê?


Tanto buraquinho... valhanosdeus
E caímos em todos.
Não discordei das escolhas do Scolari.
Com o primeiro lugar garantido, a passagem à fase seguinte mais que assegurada, a gestão de plantel pareceu-me uma óptima opção.
Dizia eu quando o F. questionava
- Mas mudar 8 (oito) de uma vez só!
- E então? Devem estar ansiosos de mostrar que valem. De mostrar que são uma opção. De tornar difícil a escolha de titulares.
- pois - respondeu-me ele depois do jogo - e também acreditas no pai natal, não é?
Não, não acredito. Em nada.
E o que direi a seguir podem bem parecer dor de cotovelo, mau perder, anti desportivismo, isso tudo. Será, talvez. Será. Mas foi o que vi. Ai vi, vi!
Dois penalties a nosso favor não marcados.
Um golo limpo invalidado
Um penaltie contra nós duvidoso
Falta, falta, falta, falta, falta,... (ufa, estou cansada!) muitas, muitas faltas. Daquelas pequenas que estraga a jogada, que não deixa progedir. Faltas até a nosso favor a que o árbitro foi ágil em marcar, mesmo quando a bola ficava em nosso poder.
Um cartão vermelho por mostrar ao Paulo Ferreira.
- Ah, e tal... até foi nosso amigo.
Não, não foi.
Nunca quis e falo só por mim (como em tudo) um árbitro AMIGO.
Quero um árbitro JUSTO.
A culpa terá sido dele só?
Não claro que não.
O Postiga apanhado milhões de vezes em fora de jogo. (dizem-me que é mesmo assim a maneira de jogar de um ponta de lança, o que só acrescenta o meu desacordo nessa figura. Ponta de lança e de raíz, dizem-me, joga no fora de jogo. Pois então joguem com avançados que correm de trás, desmarcam-se, cruzam e marcam.)
Não vi a gana de ganhar.
Estava feito para a Suíça ganhar? Também não me parece Taaanto assim. Estaria predisposto para a Suíça ganhar, talvez.
Mas isso não é, nem nunca será, desculpa.
E aqui fico.
Assim fico.
Boa semana

Thursday, 12 June 2008

Checa Mate (eu sei... trocadilho gasto... mas não resisti)

O que é que a República Checa tem?







a Miss Checa







E castelos bonitos...




E que temos nós?






Algumas fotos daqui


















Pediu-me o Caríssimo Réprobo que detalhadamente comentasse a nossa vitória de ontem...
Receando não conseguir, aqui vai a minha tentativa, que de treinadora de bancada tenho muito, de mulher que observa fulanos giros a correr atrás da bola tenho mais e de portuguesa vibrante, louca e fervorsa adepta tenho ainda mais, muito mais!
O jogo começou sem mim. Abandonada num escritório quase vazio, com permissão para assistir no espaço laboral ao dito, estive até à última a fazer isto e aquilo.
Não pretendia assistir naquele espaço. Recorda-me um certo jogo (que só deve ter acontecido em pesadelos, de certeza) Portugal-USA... ai, o meu coração... sofrer assim e ainda por cima com "big shots" na primeira fila condicionando reacções, gestos e frases, provocou estragos permanentes na cadeira do referido espaço comunitário laboral, ainda hoje tatuado com as minhas unhas - que isto de desespero tem que sair por algum lado, se não pela síncope, pelas unhacas cravadonas!!!
Como dizia, depois de arrumar o meu humilde espaço, dirigi-me à cafetria (é mesmo assim, não é erro) internamente dividida entre torcer pelo meu Portugal, e fazer revisões finais para o já próximo teste de Direito das Pessoas e Situações Jurídicas (ex-Teoria Geral do Direito Civil - Parte I).
Assim que chego
golo da Turquia (?)
pois, o comentador enganou-se, coitado...
Galiqueira (=azar). E agora que faço eu? fujo para o fumódromo e faço um trilho de pés, tal síndrome de fera enjaulada.
(e o dente a doer... fui tirar os 2514785214563244 pontos que tinha na boca... e mesmo assim doía. E muito)
No intervalo voo para a faculdade, cidade vazia, apenas filas para as bombas de gasolina, e assisto ao jogo no bar onde posso gritar, criticar, saltar, torcer e tantos, tantos verbos pouco adequados a Mãe-Trintona-Estudante-Responsável-Em-Contagem-Decrescente-para-o-Teste-de-DPSJ. (sem palavrões, que a Vó ensinou que menina bonita não os diz... e eu sempre quis ser uma menina bonita)
Contra os turcos foi uma brincadeira de meninos, foi desmamar bebés.
Acredito piamente que só se pode jogar bonito quando se joga contra alguém que joga bem.
Um pouco como na dança. Um bailarino só poderá brilhar se tiver um par à altura.
E por isso ontem brilhámos.
A partir do golo da R. Checa a equipa pareceu-me descoordenada. "encaixou mal o golo" dizia o comentador. Começaram a lançar bolas altas o que, convenhamos, não será o nosso melhor plano. Com uma diferença na média de alturas de cerca de 20 centímetros, a opção é bola baixa, lance rápido, triangulações, desmarcações e corridões... desculpem, corrida rápida.
O intervalo chegou em sufoco. Sufoco porque os Outros são altos, são imponentes, e jogam bem - safa! - jogam bem. Ma nós jogamos melhor, certo?
Certo...
A saída de João Moutinho, em resposta à entrada do gigantesco checo foi bem esgalhado. Não que o puto não jogasse bem, mas aquilo, de repente, ficou assunto de adultos. (além de que era hora do Ruca)
Agora falam os adultos!
Gritava a Verde por mais posse de bola, calma, chamem-nos, chamem-nos. não jogamos no contra ataque, jogamos no homem a homem, eu, tu e aquele.
Nuno Gomes brilhante sem bola, ocupando sempre dois defesas, que este tuga não pode ficar sozinho.
Imagem fantástica (procurei a foto mas não encontrei) do Gigantesco Checo perante o Ricardo, que qual David pega na bola! É isso mesmo, chegai-vos, senhores, chegai-vos, que temos aqui umas padeiradas para "vocemecês".
Tenta-se uma vez, tenta-se outra, e surge o segundo golo. (Cadeira no chão, gritos no ar)
E depois (que já me alongo) para mim o lance mais bonito do jogo. Aproveitamento total, para mim, a prova mais provada do nosso futebol. A falta marcada rapidamente, apanhando-os em contra pé - brilhante Deco! - desmarca-se o Cristiano - não há fora de jogo? Não?? Calma Cristiano, calma.
- Vem cá, Cech, atira-te para o passarinho.
- Cfafgyn bbnsdlkg slnkzd sglhn!
(Tradução, vou defender esta bola porque eu sou O melhor guarda redes do mundo e tenho este capacete para não me fugir os neurónios que isto de falar só com consoantes é muito cansativo e desgastante!)
- Ai ele é isso? Então toma lá, ó Quaresma!
Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolo!
Lembram-se do livre marcado na final gloriosa da geração de ouro? Daquele que (se a memória não me falha... talvez falhe) o João Pinto finge empurrar o Peixe (perdoai-me senhores se não foram estes) e a equipa adversária fica toda pasmada a olhar "para os tugas palermas descoordenados a decidirem quem vai à bola, mas, olha, já marcaram, de onde é que isto veio? ai, que já perdemos"
________________________________
Dizia um comentador que o 1-3 é enganador porque não transpareceria o equilibrio do jogo. Não concordo.
Um golo brilhante logo para acalmar
Um golo brilhante de técnica
Um golo brilhante à Tuga
Recordo a história do português cercado por muçulmanos já sem munições e intensamente infectado pelo escorbuto decide "em desespero de causa" pegar no belo dentito e dispará-lo, literalmente, à testa do inimigo que, perante tal façanha só possível a deuses ou mágicos, debandou rapidamente gritando, qual aventura Asterixesca, "Estes portugueses estão loucos!"
Um bom dia para todos!

Monday, 2 June 2008

Ontem....



Quinta da Regaleira








Ontem.....
Fui muito feliz aqui!








































Uma boa semana a todos!















Fui muito feliz aqui!!!!