Já vos aconteceu? Não?
A mim já.
A pior, aquela que me traz recordações mais amargas foi por volta dos 13 anos. Não me alongarei com contextualizações que, com toda a certeza, provocaram a referida, mas certo dia, quando me deslocava da escola para a aula de ballet, por um caminho que fazia há já 3 anos, todos os dias, 3 vezes por dia... tive uma branca COMPLETA. Só me lembro da sensação de estar num sítio desconhecido. «o que faço aqui?» ou qualquer coisa do género... não sabia onde estava, porque ali estava, o meu nome, nada!
Lembro-me da sensação de susto, terror... e depois comecei a rir. Primeiro baixinho, depois uma gargalhada, depois muitas, muitas gargalhadas. Eram, evidentemente, gargalhadas nervosas. Lembro-me de saber qualquer coisa do tipo «eu faço este caminho todos os dias. eu conheço esta rua. mas como se chama? para onde vou?» e também cenas de filmes de amnésias apareciam em catadupa.
Que faz aqui a Verde? Começa a olhar para as pessoas à espera que alguém a reconhecesse. Mas nada. «parva» devo ter pensado «numa cidade ninguém conhece ninguém». Sentei-me num banco de uma paragem. Tirei a mala das costas e abri-a. Mexi nos cadernos, nos livros... nada. Olhei para o pulso. Tinha uma pulseira (soooooooo eighties) com uma balança e o meu nome...
...e o nome, coisa tão abstracta, que até detestava (principalmente pela história do porquê...) foi como uma senha mágica. Uma pequena roda dentada que, quando colocada no seu sítio põe em funcionamento toda a engrenagem. Lembrei-me de tudo!
Nunca falei disto aos meus pais. Até porque nunca mais aconteceu. Mas, apesar dos meus pequenos 13 anos, achei que aquilo seria um sinal muito amarelo do meu cérebro. «cuidado!»
(...)
Ontem aconteceu uma branca com alguém que me é muito querido... num teste, infelizmente.
Calma, amiga!
Aqui vão, via este lado, a minha compreensão e desejos de nunca mais acontecer.
beijos neurónicos para ti!
Um bom dia para todos...
1 comment:
és realmente Gaia, obrigada miga,
beijos verdes
Post a Comment