Wednesday 15 April 2009

História de Amor

Foi o meu puppy love. Grande e imensurável, como é os daquela idade.

Uma pequena história de Romeu e Julieta (sem mortes no final mas ainda assim triste) dos tempos pseudo modernos.

Ele era inatingível por razões que não compreendia e não aceitava. Livres e responsáveis – como dois pré-adolescentes podem ser – achei sempre que podíamos, juntos, vencer tudo. Contra tudo e contra todos. Para o que desse e viesse.

Eu era pequena e (ou mas) determinada, cheia da segurança que o amor nos dá, da certeza de ser correspondida, da experiência da década e tal que tinha vivido.

A história parece tão banal e recorrente que se a contar na terceira pessoa parece apenas uma qualquer dos romances de bolso. A unicidade vem de ter acontecido comigo.

Quando teve que partir pediu-me para esperar, que tinha que pensar ele. Não aceitei. 4 meses era muito tempo para esperar na incerteza. Aqui e agora… decide. Espero contigo se quiseres, não por ti.
Com muitas desculpas, muitos “não me podes pedir isso” tentou justificar a indecisão. Os problemas são tantos.

À filme – riso – dei-lhe um prazo. As nossas famílias iriam juntar-se no dia seguinte. Se usasse a pulseira que lhe tinha feito saberia que me queria.

Anos depois encontrámo-nos. Por alturas do meu casamento. Ficámos amigos muito depois da dor passar, claro.

Também à filme – rio outra vez – disse-me que tinha usado a pulseira todos os dias seguintes à sua partida.
Não no dia que importava, disse-lhe eu.

A letra da música que aqui coloco foi minha companheira.

Mais retalhos da vida de uma verde, pois claro, a propósito das perguntas que lá em casa vão surgindo… porque lá começa-se a viver puppy love e as memórias carinhosas destas descobertas longínquas regressaram em tom de “história de velha”.

Um bom dia para todos.

6 comments:

Rita said...

E eram uns amores tão fortes e tão sentidos que deixavam um mar de lágrimas qando terminavam e que depois passado um dia ou dois já não era nada conosco.Tive tantos desses, felizmente recordo-os com um sorriso...
Jokas

nocas verde said...

Eram, sim, senhor. Mas é assim que se querem, não achas? :)
Todos com um sorriso recordados é muito bom.
E vai-te preparando para umas peRguntas poR aí, quando R's se tornarem menos minúsculos e acharem que são enoRmes... beijinho

CPrice said...

muito precoce essa pré-adolescência Querida amiga ..
Mas puppy love é puppy love .. ;))

nocas verde said...

Precoce? maybe...

Patti said...

E são sempre lindas as histórias de amor e passados tantos anos, ainda se ouvem melhor.
E esta com música e tudo!

Também contei uma ontem, porém um bocado dramática...

nocas verde said...

Querida Patti, sei bem que sim. Essa versão e a da Gi - que também lá saltei - são fantásticas (dramáticas, sim, mas ainda assim!)

Receio que a música esteja presente em tudo na minha vida. Mas talvez em poucos momentos tão explícitos... é que parecia - na altura - que a música tinha sido escrita para mim...

obrigada
beijinho