O que é preferível?
A rapidez ou a permanência?
Como exemplo da primeira temos a chita. Animal que consegue atingir velocidades estrondosas em poucos segundos. O pico de adrenalina é tremendo, as alterações fisiológicas são extremas, o coração trabalha freneticamente e tudo no corpo é colocado em modo de suspensão, todas as sinergias apontadas e direccionadas para a corrida. O ritmo alucinante é mantido durante um muito curto espaço de tempo e, imaginem que consegue caçar, está tão cansada que não consegue sequer iniciar a refeição. Os momentos seguintes são muito perigosos porque o animal está num estado de vulnerabilidade tal que qualquer outro oportunista poderá arrancar-lhe a presa com muita facilidade.
Como exemplo da segunda temos o lobo. A passo lento, contínuo e ergonómico, é capaz de percorrer distâncias fantásticas, podendo fazê-lo durante dias seguidos sem parar. As descargas de adrenalina são moderadas, contínuas para poder “alimentar” o esforço. A respiração é longa e profunda para poder a todo tempo oxigenar todos os músculos de forma igual. O movimento utiliza uma lei da física conhecida como “o que está a andar está andar a não ser que alguma força o pare”.
Comparo-me muitas vezes à chita em termos maternais, não porque crie as minhas Crias sozinha, antes pela intrepidez que demonstra. Também, e principalmente, porque a chita aprende a criá-las. Não é incomum morrerem as primeiras ninhadas exactamente pela inexperiência. No entanto, são poucas as criaturas (digo eu, claro) que preparem tão bem as suas Crias. E também não é incomum ver a mãe “visitar” os territórios das crias, agora adultas.
Comparo-me também a uma loba alfa. Domina, gere, cuida, nutre, planeia, corrige, castiga de igual forma tanto crias como adolescentes e adultos da alcateia, perseverando e por ela, aguentando por vezes sacrifícios enormes.
Tendo auto massajado já o meu ego com tanto elogio, apreciem agora a bela foto.
Um bom dia para todos.
4 comments:
Fiz uma vez, no Kruger, uma festa a uma Chita, um macho adulto, é uma sensação indescritível.
Acho que dependendo das situações todas temos um pouco de chita e um pouco de loba, às vezes até um pouco de mãe pata com os filhotes todos debaixo das asas...
Jokas
um bom dia (¨,)
Querida Rita, tenho, de repente, inveja (ai que coisa tão feia) da aventura que descreve...
Somos patas, galinhas, corujas, elefantes... o zoológico todo!
obrigada!
caríssimo Drengo... também para si!!
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