A CV teve consulta de vigilância.
Tudo bem, tudo correcto, talvez um bocadito aborrecido (riso) porque está tudo bem.
A CV é precoce, menino que vê o corpo disparar em homem antes de todos... mas parece ter a cabeça "limpa"... "é a vida" afirma com um sorriso perante a cara espantada da médica que o viu literalmente nascer e acha de repente (enquanto desvia a cabeça para escrever no computador) que um homem lhe entrou no gabinete. riem-se os dois, aliás, rimo-nos os três. É a última vez que entro com ele, vaticina com ar orgulhoso! A próxima vem o meu adolescente sozinho, está bem?
Na sala de espera, pacientes (nós) lemos os nossos livros - esses bichos raros que nos acompanham para todo o lado. Tão pacientes que nem ouvimos a funcionária chamar o nosso número. A que nos conhece (também) desde que esta CV era intra-uterina ri-se com um "sempre acompanhados". Até posso dizer que é triste ser tão estranho estarmos "sempre" (como disse) acompanhados... mas isso serão outras considerações.
Enquanto conduzo recebo uma chamada que (claro) não atendo - ah! é verdade! sou daquelas que não atende o telefone enquanto conduzo :) - e quando tento devolver a chamada percebo que é da escola da CV, mais concretamente da Directora de Turma que, porque não me encontra, decide ligar ao pai. Quando consigo falar com o F para perceber que quereria a Senhora, recebo uma voz ainda a rir da trapalhada que para ali surgiu.
Tudo porque, pelos vistos, ao contrário da grande maioria dos casais da nossa praça sempre insistimos (e é a palavra certa, insistir) para sermos os dois Encarregados de Educação. Para perceberem, dizem-nos sempre que isso só costuma acontecer com os pais separados, isto de insistir em dois encarregados de educação, e que isso costuma acontecer para os pais se vigiarem, blá, blá. Lá explicamos que é apenas uma razão logística. Temos horários díspares e assim podemos sempre tomar decisões sozinhos. Esta gerência por parte das DT de saber sempre o que falar e a quem falar sobre os alunos é absurda e muito complicada, admito. É evidente que recorrem ao "normal", ou seja, falam com a mãe.
Mas isto não é agradável ao F, que, como um D. Quixote, se vê perante a situação de provar a todo o tempo que é um pai presente, um encarregado de educação activo e que está a par de tudo o que diz respeito às nossas Crias. Não é incomum os pais irem às reuniões, de facto, mas remetem-se muitas vezes ao papel de assistentes ou "secretários" respondendo "depois pergunto à mãe" sobre qualquer decisões ou questões. O F. não é assim... e, imagino-lhe o enfado, cansa-se por ter sempre de o provar. "Pode falar comigo. Eu sei o que se passa."
Não é normal. Pode não ser a regra, mas é o que se passa lá em casa.
Uma boa semana para todos!
7 comments:
a partilha da preocupação e do compromisso ainda que possa não ajudar a resolver ajuda a dormir melhor .. te garanto! ;)
Beijo
dormir... até à uma da tarde!!!
...e uma boa semana, também :)
confesso minha Amiga quer era esse o pensamento subsequente .. (risos)
;)
(risos) era, não era, minha cházinha?
Caro Drengo,
para si também!
Por aqui também há dois encarregados de educação, Nocas, sempre muito presentes… Mas, como já adivinhou, só um está verdadeiramente atento e informado. ;-)
Querida Luísa,
:)
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