Olá.
Parafraseando o que disse Jean Cocteau sobre a poesia: "Sei que a arte é indispensável,mas não sei a quê...
O povo cantava Verdi.
O nosso, o que sobra desse que deu novos Mundos ao Mundo, esse que deu a esses mundos um homem, ele mesmo em Pessoa, que disse ser a língua a sua Pátria, ouve embevecido um tipo de capachinho com voz melosa que canta banalidades expressas em versos de quadra quadrada. Nada tenho contra versos básicos ou até mesmo a música simples, e redundante em clichés pré-fabricados, chamada de Pimba.
Todos nós cantarolamos numa farra umas brejeirices quaisquer para nos divertirmos e isso é bom. Mozart, ele mesmo, esse génio único, era um rapazito pródigo em escrever pimbalices que tocava e cantava nas tascas por entre copos e amigos, sabias?
O que tenho sim e isso lamento profundamente, é o facto de ser esse pacote (quadra+pimbalhice) elevado ao estatuto de grande arte pelo nosso analfabeto povinho. Deprime-me a limitação de gostos,a estreiteza de pontos de vista, a incultura do povo ainda por cima aculturado por influências de mau gosto importadas de outras paragens.
Deprime-me esta subida aos palcos, como se fosse coisa prima, a vulgar banalidade, percebes?Faz lembrar o figurão provinciano que tem no roupeiro 7 fatos todos iguais, um para cada dia da semana, e principalmente ao Domingo,dia de festa quando veste o fato de ocasião do dia de festa... igualzinho aos outros.
--------------------------------------------------------------------------------
digo eu, que não percebo patavina,
Alguns até figuraram na lista dos melhores portugueses
Obrigada, Charlie
1 comment:
Honrado pelo teu destaque. ;)
Obrigado, humildemente obrigado e beijos.
Carlos
Post a Comment