Todos conhecemos histórias de super-pais. (leia-se mãe e/ou pai)
A mãe que ficou sozinha e teve que criar uma imensidão de filhos com muito pouco.
O pai que ficou sozinho e tal e tal
Até aquela ama (esta eu conheço um caso na primeira pessoa) que, apesar das dificuldades que já tinha para criar os filhos (sem marido nem pai), ficou com o bebé abandonado e criou-o como se dela fosse. Garanto-vos, aquele bebé foi adoptado por toda a família - mais um primo, mais um sobrinho, mais um neto, mais um irmão...
Depois há a grande amálgama, os casais normais que têm filhos normais, trabalhos normais, relações normais, vidas normais.
Aqueles que não aparecem em estatísticas. Não pertencem à percentagem de famílias numerosas, famílias separadas, famílias monoparentais, violência doméstica, abaixo do rendimento mínimo, mais ricas do país.
São famílias engolidas. Mas não tristes nem desesperadas. Não sufocadas nem abandonadas.
Apenas normais.
Pertenço a uma dessas famílias.
Pois eu sei que me queixo até fartar, reclamo, suspiro, blá, blá, blá.
Mas hoje pus-me a lembrar que, se Deus assim o permitir, as minhas crias não nos chamarão super-mãe ou super-pai. Não gabarão a coragem do pai ou da mãe, não nos tomarão como exemplo de determinação e luta "against all odds!"
E AINDA BEM!
Um bom dia para todos
2 comments:
não deixo de sorrir perante o conceito .. o que quer que "normalidade" queira dizer ;)
Continua *
Gostei do "space" :)
pois a normalidade é sempre estranha. Basta ver a própria definição do que é normal
..."engolido pelas estatísticas"
Grata pelo comment!
Post a Comment