Thursday, 30 April 2009

A beautiful picture a day... 025 (fim-de-semana XL)

É assim que vamos passar o fim-de-semana

Em Terras de Portugal, belas e simpáticas...

Bom fim-de-semana para todos!

Wednesday, 29 April 2009

Dia Mundial da Dança

As saudades que eu tenho de uma boa dança!

(Este ano decidi não dissertar sobre o que é a dança - para mim ou para alguém. Apenas confessar as saudades que tenho. E não falo dAquela saudade do palco e tal... essa, como já disse por aqui, está bem arrumadinha. E não é um esqueleto. É uma memória simpática de que muito me orgulho. Falo de dançar numa festa, numa discoteca, por puro divertimento...)

Tuesday, 28 April 2009

- Obrigada pelo teu altruísmo. – disse-me ela com os olhos marejados. – É tão raro conhecer pessoas assim.

Tive vontade de lhe questionar o grupo de amigos.

À laia de enquadramento, digamos que não nos damos bem. “Chocámos de frente” algumas vezes, incompatibilizámo-nos, para ser mais singela. Mas quando, quase em lágrimas a ouvi dizer que não tinha como obter apontamentos de determinada matéria, pelo menos não em tempo útil, e apesar de a conversa não ser directamente para mim, simplesmente perguntei-lhe se queria que lhe enviasse os meus. Respondeu a medo que sim mas quase lhe adivinhei o pensamento – é evidente que não mos vai enviar.

Massajar o ego? Sim, claro. É preciso. Mas não se trata disso por aqui. E sabem que não.

Aprendi, acima de tudo pela experiência da vida, que
- há a coisa certa a fazer e a coisa correcta a fazer;
Será a mesma – hum – coisa? Não creio.

Mais, não é assim que determino o meu modo de agir.

Mas afinal de contas o que é a amizade e deverá ser só ela a razão porque somos simpáticos, humanos e companheiros de um outro qualquer?

Já tenho dissertado sobre esta aleatoriedade de amizades, conhecimentos e afins. O que faz um amigo? Como se faz um amigo? Como se reconhece um amigo? E se não formos amigos? Deverei não agir de determinada forma?

Pois, bem sei. Levanto mais perguntas do que exponho razões.

Lembro-me e não consigo descortinar substituto para o ditado “two wrongs don’t make a right”. O modo de agir de um ser que se quer considerar adulto, humano, civilizado e inteligente não deverá ser medido nem tão pouco tabelado ou provocado pelo modo de agir do outro.

Há a história (deliciosa) de alguém que, para estudar o efeito do condicionalismo que certas regras civilizacionais têm, colocou, numa estrada deserta, sem cruzamentos nem vivalma – pleno descampado, um semáforo que ficava muito tempo vermelho. Várias reacções foram vistas:
- A esmagadora maioria dos condutores parou perante o sinal vermelho.
- Uma grande maioria dos condutores esperou pacientemente o sinal ficar verde para continuar a marcha;
- Alguns, ainda que aguardando num primeiro momento e seguindo depois com o vermelho, foram avançando a medo como que olhando para os lados

Estaremos assim tão condicionados, quase hipnodeicamente, a seguir as instruções que nos foram transmitidas? A percentagem, ainda que mínima, de condutores que apenas seguiu o caminho, violando expressamente o sinal vermelho, bem como aquela outra percentagem que pára mas segue em transgressão diz-me que não. Assegura-me que somos condicionados apenas e só enquanto o quisermos e porque queremos. Ainda que algumas respostas possam, de facto ser passivamente inseridas no nosso ID, ele permanece inteiro e inderrogável.

Sermos dotados de livre arbítrio, de podermos a quase todo o tempo escolher o que fazemos é A maior prenda e, como tal, aquela que mais sumariamente será atingida por qualquer tipo de condicionalismo, voluntário, hipnodeico, fascista, amoroso.
(ah, pois é, vejam como misturo tudo. sim, sim, considero que o amor pode ser tão castrador para a pessoa que ama como uma censura estatal ou um regime ditatorial de qualquer natureza.)

Acredito que se devemos fazer ou pensar uma determinada coisa, se conseguirmos, por raciocínios lógicos (ainda que a lógica venha de silogismos tão pessoais como incompreensíveis para os demais) concluir que aquela acção correcta é essa e não outra, não a que nos apetece ou que dá gozo ou que nos dará mais prazer (imediato). Não que com isso declare submissão ou predestinação a uma vida qualquer que será eterna e exteriormente decidida. Nas amizades, no amor, no trabalho, na família, as relações são obtidas pelo que recebemos, pelo que damos e por aquilo que decidimos.

A decisão é sempre individual.
Onde cabe então as nossas explosões, as raivas, os ódios, o mau feitio? Lado a lado com tudo o que disse. De mãos dadas, diria. É-nos devida a ira. Devemo-nos permitir à raiva e às explosões. Exactamente porque e para que continuemos dotados de uma liberdade natural, material.

Falando pessoalmente posso afirmar que já tenho saído bastante magoada deste modo de decidir e agir.
Já me tenho deparado com o que considero verdadeiras injustiças.
Já me tenho permitido sentir profundamente injustiçada, que poucas pessoas existem que me valorizam como devo, atrevo-me a dizer, darem-me todo o crédito que mereço.
E não digo que este “meu estranho modo de vida” é “mais forte que eu” ou “é assim que sou”.

Tenho muito mau feitio. Sou chata, arrogante, elitista e impaciente. Mas faço o que devo. Faço o que é correcto.
Se há pessoas, amigos, conhecidos e familiares que me banalizam? Que até me “têm por certa”? Há-os de certeza.
E então considerar-me-ei superior por agir assim? Talvez, não sei. Mas quando cedi de bom grado os meus apontamentos à colega, quando socorro um familiar que me destratou, quando respondo com bons modos a quem me trata com incorrecção ou quando perdoo um amigo que não me considera faço-o com consciência tranquila, certa de que faço a coisa correcta.

Monday, 27 April 2009




A Festa da Primavera. Por entre trabalhos e estudo lá arranjámos um tempinho para nos deslocarmos ao belíssimo Jardim Botânico da Ajuda. Gente simpática a fazer-nos sentir como se aquela fosse também a nossa casa. O tempo não estava pelos ajustes mas para nós ainda bem (!). Pudemos gozar o Sol, a luz e o calor. Sentamo-nos na fonte dissertando sobre a razão de escolha dos animais lá representados… (tanta invenção!)

A exposição de orquídeas foi, talvez, dos espaços mais fantásticos! As nossas favoritas ficam aqui.

A feira de artigos artesanais era pequena mas muito simpática com gente sempre disposta a responder a perguntas que fariam envergonhar qualquer pessoa minimamente campestre. Não resistimos e comprámos dois vasinhos – um de courgettes e outro de feijão verde. “Da do mel” trouxemos um potezinho e muitas histórias contadas pelo simpático senhor sobre as abelhas. (parecíamos três estarolas, absolutamente fascinados…)

Na casinha do chocolate lambuzámo-nos e no concurso de espantalhos divertimo-nos e sujámo-nos… muito!
A mala pesada com muitas roupas velhas – tínhamos pensado fazer dois espantalhos – serviu para alegrar uma outra família apanhada desprevenida. A palha provocou alguns cortes nas mãos desta citadina e desajeitada mãe, mas conseguimos que o nosso verdinho se aguentasse em pé. O júri deliberou e não ganhámos… mas no Outono lá estaremos, com a experiência adquirida e prontos para novo e melhor! (Infelizmente a foto do que ganhou está completamente desfocado – ups).

Com as plantinhas que lá adquirimos, mais uma experiência escolar da Cria e umas outras compradas na lojinha, começámos o nosso jardim citadino de que Vos traremos notícias, boas esperamos.

Muito cansados, na verdade, mas com um fim-de-semana cheio, enfrentamos a (mais pequena) semana que se inicia, com coragem (?) para os testes…

Uma óptima semana para todos deste Lado para o mundo…

Friday, 24 April 2009

Hoje sinto-me um bocadinho "A la Diana"...

(é o que dá lidar só com gente civilizada...)

... ainda não me tinha apercebido que a minha indumentária é um bocadinho transparente...

obrigada, Senhordasobras, por mo ter lembrado de forma tão - hum - veemente!

acho que tenho mesmo que passar a ver-me ao espelho mais do que três vezes por mês!

Agora sim

Bom fim-de-semana!

Retalhos

- Mãe, posso dizer-te uma coisa?
- Claro, CN. Tudo!
- Bem, não quero que fiques zangada comigo porque eu sei que no teu tempo não tinhas direito a fins de semana...
- O quê?!
- Oh CN! A mãe não é assim tão antiga!
- O quê?!
(ficamos os três a olhar uns para os outros. Entre as duas "ofensas" chutadas assim, logo pela manhã, pelas minhas Crias-mais-que-tudo, fico em dúvida. Começo a disparatar? ou a rir? decido-me por esta. tudo nas minhas Crias sugere que esta antiguidade vem das enormes diferenças que constatam entre o "meu tempo" e o "deles".)

- Adiante. É feio dizer que uma senhora é antiga... mesmo que o seja... o que eu não sou... o que querias então, CN?

- Bem... é que eu fico tão contente à sexta-feira... pensei que não era bonito querermos tanto que a semana acabe para ficar convosco...
- Pode até não ser bonito. Mas eu penso exactamente o mesmo, CN!

isto foi quarta-feira. Hoje festejámos o último dia útil com a promessa de:
- ficarem acordados até mais tarde
- poderem jogar no computador
- poderem esperar que amãe regresse das aulas
- acordarem mais tarde no dia seguinte (que acaba sempre por não acontecer tal é a excitação em querermos todos aproveitar o fim-de-semana)
- terem DOIS dias inteiros para estarmos juntos

Temos uns programas alinhavados, caso a saúde e o tempo permitam e estudo - Penal, Família, Estudo do Meio, Área de Projecto, Matemática...

Sabem que mais?
Preciso de férias!
Mesmo mesmo

Um bom fim de semana!

Thursday, 23 April 2009

A primavera chegou ii

Este fim-de-semana... A Festa da Primavera
(Serviço Público deste lado que vi neste lado)

Dia Mundial do Livro

CV
- O que é um boomerang que grita e não volta?


CN
- Menino João, diga-me o que dá a galinha!
- Ovos, Senhora Professora!
- Muito bem! Menina Sofia, diga-me o que dá o porco!
- Carne, Senhora Professora!
- Muito bem! Menino Rodrigo, diga-me o que dá a vaca!


Hoje é o dia mundial do livro.
Entre tantos, tantos os que li (não tantos como queria) é difícil escolher. O da minha vida? Ainda mais, pois claro. Mas surge um que devo, obrigatoriamente, relevar como o que me recordo de ter lido mais vezes. Por felicidade aqui encontrei a imagem da edição que tive. Era quase uma leitura anual e obrigatória. Abria nas páginas que queria, nos episódios preferidos da história.

Falámos ao pequeno-almoço sobre os livros deles. Muitos, devo dizer, para crianças, são aqueles de que se lembram e gostam. Incluem os normais "Uma Aventura", "Astérix" e outros como a colecção de "Narnia", um do Sepúlveda lido em conjunto, umas quantas versões leves dos clássicos (que levou a CV a querer ler os originais) ...
Não são ainda grandes tratados os seus favoritos, talvez até ligeiros demais, mas ainda assim fico contente de terem favoritos e - como eu fazia com Aquele - vão buscá-los volta não volta para reler "só aquela parte".

Aquelas duas pérolas lá de cima são de uma colecção de livros "para rir".
Enchem as nossas noites de Verão sem televisão com verdadeiras maratonas de anedotas e histórias engraçadas que provocam alegres dissertações sobre muitos assuntos.

Também os levam a criar novas anedotas e histórias de humor nem sempre consensual além de questionarem o significado das palavras que não conhecem.

Nas limpezas ou escolhas de brinquedos para dar os livros vão sempre ficando.
- Este, mãe, lembras-te? - pega num com a história de um ratinho que não queria dormir - era tão pequenino quando o li! Pode ficar, mãe, pode? Lembra-me alturas tão queridas.

(posso dizer sobre este dia mundial o que disse ontem... todos os dias são dias de livros, hoje é o dia de o celebrarmos)
Um bom dia para todos!

Resposta ao primeiro:
- É um pau que acertou na cabeça de alguém!

Resposta ao segundo:
- Passa Trabalhos de casa!

(o segundo é um "bocadinho" politicamente incorrecto... glup)

Wednesday, 22 April 2009

A beautiful picture a day... 024 (Dia da Terra)

Não me lembro como começou, nem quem me ensinou a isso.

Não me lembro também se alguma vez lá em casa houve uma altura em que não o fizéssemos.

Talvez de um gene “defeituoso” por via paterna ou até, quem sabe, da Vó…

Sei que sempre olhei para a Terra e suas criaturas com respeito e humildade. Apesar de citadina – ou talvez por isso – tive a grande sorte de ter a Vó e o seu quintalinho (enorme para mim) onde habitavam muitos seres animais e vegetais.

Com o pai visitava amiúde o Aquário Vasco da Gama, Jardim Zoológico e, nas deambulações rurais que fazíamos, os porcos, vacas, cavalos, patos…

... e também o mar...

(Contam-me que, numa saída pelo dia da árvore, me terei recusado a apanhar malmequeres porque era apenas para fazer um fio sem utilidade nenhuma.)

Nos “matagais” que ainda conheci em Lisboa ouvi contar histórias fantásticas e mirabolantes, inventadas na hora pela Vó, sobre criaturas que por ali viviam dentro das árvores e por entre os arbustos.

No Monsanto, à distância de uma caminhada, via e ouvia os pássaros, revisitava árvores imensas, perdia-me – nessa altura sem medo – pelos caminhos. Dizem-me que dei nome a um pinheiro e que lhe agradecia sempre que apanhava as belas e grandes pinhas…

Terá nascido comigo? Terei aprendido? Não sei.

Sei que para mim, para os habitantes lá de casa, todos os dias são dias da Terra. Mas hoje é o dia formal.

Tal como amo os meus todos os dias mas celebro com prazer o dia do aniversário, aqui deixo os meus parabéns à minha Terra, espaço onde nasci, condomínio fantástico.

Desejo-Te, minha querida Géia, que os teus filhos se decidam a cuidar-Te melhor, a defender-Te e a rápida e agilmente Te recuperem…

Optimista por devoção, pessimista por definição, não cesso, ainda assim, de fazer o meu pequeno esforço para que a minha pegada seja indelével mas determinante.

Um bom dia!

Tuesday, 21 April 2009

Sou copiona

Vejo as mudanças de ares na Once... e como está fresco e cheiroso o seu cantinho, como apela ao chá no terraço, como fica bem um livro lido com óculos escuros...

Tento, procuro e... destruo tudo.

É bem feita repete-me incessantemente o "blogger", muito bem feita, ó copiona!

Choro e repete-me que o melhor é voltares ao anterior.

E olha lá - em segredo - salvas-te (o blogger não sabe escrever muito bem, coitado! - o template que tinhas antes de te pores p'rái a alterares?

eu fiz o quê?!

actualizo a minha lista de blogues, vejo que perdi a "nuvem" de tags que me deu tanto trabalho, volto a ter um farol ou lá o que é no topo da casa.

Vejo que aminha lista de blogues é "eclética" - que por aqui é eufemismo de tudoaomolhoeféemdeus - e decido-me a parar.

Os dentes vermelhos e vorazes ameaçam aparecer mas repudio-os com veemência. Não me reduzo mas fico-me só por isto.

Olha lá ó blogger, toma lá disto para não estares a rir!

(Obrigada Drengo)

Biblioteca Digital Mundial



A Descrição atual e precisa de Portugal, antiga Lusitânia, por Fernando Alvarez Seco






Porque esquecer é o primeiro e mais importante passo para a estupidez.


Vejam e deliciem-se.




(Não percebo porque estão apenas disponíveis 13 documentos em Portugal.)








Um bom dia para todos

Monday, 20 April 2009

A beautiful picture a day... 023


A natureza tem destas coisas.
Todos são importantes. Todos importam. Alguns - apesar de não parecerem - são mesmo mais importantes.
Se se esquecerem do que é feito, reparem na beleza da bola, na perfeição da figura geométrica.
Mesmo que não nos consigamos esquecer do que é feita a perfeita esfera, é perfeito o trabalho que faz.
Se quisermos recorrer aos chavões, é qualquer coisa do tipo "o que não presta para uns é prémio para outros"
mas não foi por isso que escolhi esta fotografia hoje.
Não me achando um escaravelho - nem achando que faço "isto", é importante saber que todos os trabalhos são necessários.
Uma boa semana para todos!

Friday, 17 April 2009

Des Afio - pré FDS

(acho que não consigo, caríssimo Drengo... mas um pedido seu é ordem)

"outro bom desafio, escrever um post com palavras e abreviaturas de 3 letras"

Pré fds
mto kiss
sol num céu
sem int for the can

(estou exausta...)

Word Verification vi

E mais uns quantos do meu vizinho...

não se acanhem, meros mortais, tentem e tentem. o wv aguarda-Vos

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a "honedistade" é uma honestidade disléxica.

submat - é a carpete que tenho na sub-cave.

apanho aqui com um colorth que me faz pensar em dentes coloridos - ou o daffy duck... talkingth abouth theth colorths of your backyardth... (desculpe os perdigotos...)

frusnov cocktail de brejnev com kruschov
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ps - papoilas e sol... podem vir este fim-de-semana, por favor?

Olhos Castanhos - O Tó

Era a única fruta a que não resistia. Saltava os muros, rastejava por baixo dos portões e apanhava os mais redondos e vermelhos.

Soube mais tarde que se chamavam tomates e que não eram considerados frutos mas continuaram a ser o seu fruto favorito.

Gostava deles maduros. Trincava-os e depois sugava o sumo delicioso sem perder uma única gota.

Na casa do Senhor havia frutos exóticos enviados das terras do ultramar com cores vivas e cheiros intensos mas ela continuava a escolher o tomate.

Quando conseguiu ter uma casa e um espacinho de terra palmilhou-o todo, cuidadosamente, de manhã, à tarde e à noite. Viu onde batia mais o Sol, onde estava mais sombra, onde o vento não chegava. Escolheu um cantinho logo à direita da escada que lhe serviria de solar, onde embalaria os filhos, onde passaria muitas e longas tardes fazendo costura, crochet ou simplesmente acariciando um gato. Iria ter um gato, decidiu.

Pegou no tomate e comeu-o com ar cerimonioso. Retirou as sementes e colocou-as no cantinho de terra escolhido.

Cresce, meu menino. Cresce. – sussurrou.

Ao lado colocou o tanque novinho em folha, de costas para o portão, para as vizinhas ao passarem não vissem a roupa que lavasse. Acreditava que a roupa com mau olhado era muito perigoso e as roupas belas dos doutores que lavava era muito preciosa.

Plantou também salsa, coentros, couve, nabos, morangos e outras coisas, tudo à volta do limoeiro que já lá estava, tudo do lado direito.

Do lado esquerdo construiu um pequeno galinheiro.

O gato encontrou-o na rua, abandonado e sujo. Levou-o para casa, deu-lhe banho com muito sabão azul e branco. O que é bom para a roupa das senhoras é bom para ti… Chico. Já nessa noite o Chico dormiu aos pés da cama, por cima do raminho de eucalipto queimado colocado debaixo do colchão, para protecção da casa.

O Tó cresceu. Deu tomates, primeiro pequenos, depois grandes, carnudos e suculentos. Deu tomates durante muitos anos.
O Chico e o Tó foram companheiros fiéis.
Os seus companheiros.

Thursday, 16 April 2009

Oh pessoa amiga! psiu!


Um dia dei o link desta minha casinha a uma pessoa amiga de outros panoramas.


Sabia que não me conhecia - ela - esta minha faceta mais, como dizer, desinibida, será?, assertiva.


Dizia - ela - para eu ser, nos outros panoramas, assim também.


Dizia que já sabia - ela - que eu era assim, que tinha que ter mais confiança em mim e tal.


Coloca lá qualquer coisa, respondi-lhe eu. Comenta-me.


Consegui descobrir que me visitava com regularidade mas nunca lhe li nada.


Desconfiei que, ao contrário do que pensava - eu, até espreitava pelo jardim mas deixou de repente de me dizer bom dia.


Acho que lhe devo ter "fechado o elevador na cara" um destes dias.


- Desculpa-me, pá, continuamos amigos?


Mas vi que não.


Falei com a vizinha do terceiro direito, enquanto nos envolviamos com chá preto e bolos e entristeci-me com a desventura.


Desculpa, pessoa amiga que ainda aqui vens, o que te fiz e o que não te fiz.


Já agora, pede-me desculpa também, pode ser? Recomeçamos outra vez, como dois amigos. Vamos os dois beber uns copos.

Havia um bar dos eighties que me querias mostrar, lembras-te?
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(continuamos na senda do blogbairro)

Um bairro

A expressão não é minha, claro.

Penso que a terei lido primeiro na casa da Once, vinda da da Patti.

Gostei e então aqui me têm a utilizá-la.

Também não é minha a expressão "enquanto der prazer". Terás sido tu também, Once, Musa fantástica?

Neste bairro para onde venho todos os dias existe de tudo. E eu? Como sou eu como vizinha?

Tento não deixar lixo nas portas dos outros.
Tento, sempre que me cruzo com algum vizinho, deixar-lhe um cumprimento carinhoso.
Tento receber todos os que me visitam com um franguinho assado ou salada colorida.
Tento ter sempre uma palavra amigável... mas por vezes indigno-me.

Sou, neste bairro, uma vizinha agradável. Os vasos de alfazema resistem aos maus tratos da nv e por isso vão deixando um cheirinho a Portugal.
Sabe quem me visita que na maioria das vezes não encontrará por aqui tratados mas pequenas colchas de remendos, feitas à mão com carinho.
Rodeio-me de algum mobiliário kitch mas é tudo propositado. Sem teorias feng shui, apenas um cuidado para que ninguém venha ao engano.

E no café - leia-se listagem de blogues - vou descobrindo outros vizinhos. Uns senhores doutores a quem sorrimos timidamente pelo seu gabarito. Uns malucos adorosos que nos provocam risos com as suas tiradas. Outros amigos, aqueles que nos têm também, sempre, uma palavra amiga - nem que seja um "bom dia, vizinha". Estes a quem podemos dizer com orgulho "sim, sim, conheço-o. É meu amigo."

Limpava ontem os meus convites no armário dos lados verdejantes. Olhei, arrumei, mudei mas reparei no fim que apenas arranjei mais um espacinho para mais uns vizinhos.

Gosto disto. Gosto mesmo.

Sejam bem vindos ao meu ladinho.

Wednesday, 15 April 2009

História de Amor

Foi o meu puppy love. Grande e imensurável, como é os daquela idade.

Uma pequena história de Romeu e Julieta (sem mortes no final mas ainda assim triste) dos tempos pseudo modernos.

Ele era inatingível por razões que não compreendia e não aceitava. Livres e responsáveis – como dois pré-adolescentes podem ser – achei sempre que podíamos, juntos, vencer tudo. Contra tudo e contra todos. Para o que desse e viesse.

Eu era pequena e (ou mas) determinada, cheia da segurança que o amor nos dá, da certeza de ser correspondida, da experiência da década e tal que tinha vivido.

A história parece tão banal e recorrente que se a contar na terceira pessoa parece apenas uma qualquer dos romances de bolso. A unicidade vem de ter acontecido comigo.

Quando teve que partir pediu-me para esperar, que tinha que pensar ele. Não aceitei. 4 meses era muito tempo para esperar na incerteza. Aqui e agora… decide. Espero contigo se quiseres, não por ti.
Com muitas desculpas, muitos “não me podes pedir isso” tentou justificar a indecisão. Os problemas são tantos.

À filme – riso – dei-lhe um prazo. As nossas famílias iriam juntar-se no dia seguinte. Se usasse a pulseira que lhe tinha feito saberia que me queria.

Anos depois encontrámo-nos. Por alturas do meu casamento. Ficámos amigos muito depois da dor passar, claro.

Também à filme – rio outra vez – disse-me que tinha usado a pulseira todos os dias seguintes à sua partida.
Não no dia que importava, disse-lhe eu.

A letra da música que aqui coloco foi minha companheira.

Mais retalhos da vida de uma verde, pois claro, a propósito das perguntas que lá em casa vão surgindo… porque lá começa-se a viver puppy love e as memórias carinhosas destas descobertas longínquas regressaram em tom de “história de velha”.

Um bom dia para todos.

Tuesday, 14 April 2009

A beautiful picture a day... 022


Mesmo os seres pequeninos, aqueles que não prestamos atenção, aqueles que desprezamos, fazem falta.
Aliás, diz-nos a Lei Natural, que poderiam eles viver sem nós... impossível vivermos sem eles.
Impossível viver sem as pequenas coisas?
Sim...
Um bom dia, mãe... um até logo, um abraço apertado, o café quente tomado ao som do rádio matinal com as Crias - já desabituadas a acordar tão cedo mas ainda assim sorridentes - de cabeça deitada na mesa.
O teu leite ainda é quente? E o teu? Frio do frigorífico? Hoje há ginástica, mãe. Hoje almoço na escola. Adeus, pai, um bom dia. Adeus amores.
E o trânsito que regressa, a chuva também. Um suspiro profundo, um sorriso enérgico de quem voltou, um bem vindo de quem ficou.
Para alguns, hoje será o último dia.
às vezes, mãe, as coisas de que mais reclamamos são as mais importantes, não achas? Aquelas de que mais sentimos falta...
Aos que regressaram um óptimo reinício.
Aos que ficaram na cave continuemos a alimentar esta fornalha.
sorrisos carvoeiros

A beautiful picture a day... 021

Monday, 13 April 2009

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
(…) Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara (…) porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
(…) E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de David, e de Samuel e dos profetas, os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. (…) e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. (…) tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
(…) Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados,
(…) Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.
(…) Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;
(…) Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém

(Bíblia Sagrada, tradução e adaptação livre)

Há, para mim, poucas coisas mais racionais que a fé. É verdade, racional.
Será contra-senso, parvoeira, fundamentalismo? Não creio… mas pode até ser. A caminhada da ou para ou ainda com a fé faz-se caminhando, caminhando só… nós e o Nosso Deus. Melhor, porque o blog é meu, certo? Eu e o Meu Deus.
Já tenho afirmado por aqui algumas letras sobre isto… mas há pouco tempo passei (e aqueles que me seguem de perto) por uma prova. Notaram, claro, e já falei também alguma coisa sobre isso também.
Porquê agora?
Porque este texto foi florescendo ao longo desta odisseia e não tinha ainda o distanciamento necessário. Não tenho ainda agora, é provável – vejo-o pelas teclas que toco depressa demais, pelo atabalhoado das frases que escrevo… mas ainda assim.
Acreditar em Deus foi, a partir de um determinado momento da minha vida, um facto assente.
Lembro-me que um dia falei com alguém muito querido sobre o que passei e como cá cheguei (cá a terra da fé…) não por trovões, nem relâmpagos, nem vozes profundas, mas por uma luz ténue, um som calmo, uma voz suave que me incitou a confiar nEle.
A fé é, para mim, ténue, calma e suave.
Ténue porque balança, questiona, argumenta, grita, desespera mas prevalece
Calma porque não impõe, não exaspera, não grita mas fica
Suave porque sussurra, suspira e supera

Quando colocada perante situações extremas a fé pode reduzir-se – e reduz-se muitas vezes – a um sussurro, um grito mudo, um porquê respondido com sons incompreensíveis.
Quando colocada perante essa – mais recente – situação extrema o sussurro foi gritado sem voz, o porquê respondido em toque suave, solitário, dorido.
Se me fosse dado a escolher?
Preferiria ser uma cobarde, fútil, inconsciente e caprichosa que não sabe das agruras da vida. Preferiria nunca ter sido chamada de forte, grande mulher. Preferiria ter tido sempre um braço de carne e osso a quem recorrer, um peito forte e musculado ao qual me abraçar, umas costas largas para me refugiar.
Mas o que não é, não pode ser.
Raciocinei noites e noites. Pela força do raciocínio, do pensamento, da lógica levantei-me, guiei e dirigi-me a quem de mim precisava com o sorriso de sempre. Pela força do egoísmo – também – transformei o choro em sorriso e reclamei as palavras de forte e grande mulher para mim. Reclamei-as, sim. Não as pedi, reclamei-as porque eram, são, minhas. É isto fé? É. É isto acreditar? É. É isto ter o firme fundamento do que se espera?
É.

Thursday, 9 April 2009

Páscoa

Pode ser que eu seja apenas fruto da imaginação de alguém. Que só exista enquanto e porque esse alguém está, pensa, fala e escreve.

Pode ser que seja apenas resposta e reacção a alguém que escreve...

Pode ser que esteja cansada, com trabalho a mais e pouco tempo para escrever...

Pode ser...

uma santa páscoa para todos

Friday, 3 April 2009

Word Verification iv

Ele há gente com sorte!!!
Vejam só a contribuição da Rita.
Obrigada.
_________________________________
(...) saiu-me um "subst" aqui na rifa.
Sendo assim desejo-te um SUBSTANCIAL fim de semana.
E até podes daqui tirar a definição que melhor te aprouver...

1. Relativo à substância.
2. Alimentício; substancioso; fundamental; que encerra muitos ensinamentos.s. m.
3. O que é essencial ou fundamental; substância.

Thank God it's Friday...

Empty spaces, what are we waiting for
Abandoned places, I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore

The show must go on, The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking, but my smile... still stays on

Whatever happens I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for
I guess I'm learning (I'm learning)
I must be warmer now
I'll soon be turning (turning, turning) round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free


My soul is painted like the wings of butterflies
Fairy tales of yesterday will grow but never die
I can fly, my friends
The show must go on, yeah yeah
The show must go on, go on, go on
I'll face it with a grin
I'm never giving in, on with the show
I'll top the bill, I'll overkill
I have to find the will to carry on
On with the, on with the show
_________________________________

Uma das músicas proibidas durante muito tempo lá em casa.
Quando tocava sabiam quem me conhecia que não estava bem. Traz-me tantas, tantas lembranças; tantos sentimentos.

Sabemos que a amargura começa a dar lugar à ternura quando a ouvimos e são lembranças. Lembramo-nos da amargura... mas não a sentimos... percebem?

Um óptimo fim-de-semana para todos
Boas férias para alguns
Até segunda para outros

A foto daqui

Thursday, 2 April 2009

Word Verification iii

É por isto que gosto (muito) dos comentadores que tenho!

Do Drengo...

thank you, Sir!
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(a propósito do mau feitio com que anda o WV, e fazendo "a ponte" para o manual de instruções referido por Miss Earl Grey, e que pode fazer um "matador" sentir-se "toureado"...)

calhou-me aqui um...

beado

também pode ter a ver com animais como a chita ou o lobo...

xerá qu'ainda há beados lá em xima no Xerês?

Word Verification ii

Contribuição da caríssima once... wonderful!

Obrigada, minha cházinha!!!
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(Entice)
E imediatamente me vem à mente algo que decididamente (ena .. tanto advérbio) não te qualifica .. inveigle, deceive .. nada disso.

Procuro na memória outra, similar em grafia, sinónimo de possível sinónimo (perita nisto eu até o resultado ser aquele que quero .. risos) e salta-me o "ANTIC", familiar e muito a proprósito de todas as "adventures" que por aqui se vivem em verdadeiras "escapades" do quotidiano ! ;)

E de repente outra vez (cansas-me tu!!!) penso no Gerês! Ora aí está uma antic que me apetecia fazer agorinha mesmo!!

A beautiful picture a day... 021





O que é preferível?


A rapidez ou a permanência?

Como exemplo da primeira temos a chita. Animal que consegue atingir velocidades estrondosas em poucos segundos. O pico de adrenalina é tremendo, as alterações fisiológicas são extremas, o coração trabalha freneticamente e tudo no corpo é colocado em modo de suspensão, todas as sinergias apontadas e direccionadas para a corrida. O ritmo alucinante é mantido durante um muito curto espaço de tempo e, imaginem que consegue caçar, está tão cansada que não consegue sequer iniciar a refeição. Os momentos seguintes são muito perigosos porque o animal está num estado de vulnerabilidade tal que qualquer outro oportunista poderá arrancar-lhe a presa com muita facilidade.

Como exemplo da segunda temos o lobo. A passo lento, contínuo e ergonómico, é capaz de percorrer distâncias fantásticas, podendo fazê-lo durante dias seguidos sem parar. As descargas de adrenalina são moderadas, contínuas para poder “alimentar” o esforço. A respiração é longa e profunda para poder a todo tempo oxigenar todos os músculos de forma igual. O movimento utiliza uma lei da física conhecida como “o que está a andar está andar a não ser que alguma força o pare”.

Comparo-me muitas vezes à chita em termos maternais, não porque crie as minhas Crias sozinha, antes pela intrepidez que demonstra. Também, e principalmente, porque a chita aprende a criá-las. Não é incomum morrerem as primeiras ninhadas exactamente pela inexperiência. No entanto, são poucas as criaturas (digo eu, claro) que preparem tão bem as suas Crias. E também não é incomum ver a mãe “visitar” os territórios das crias, agora adultas.

Comparo-me também a uma loba alfa. Domina, gere, cuida, nutre, planeia, corrige, castiga de igual forma tanto crias como adolescentes e adultos da alcateia, perseverando e por ela, aguentando por vezes sacrifícios enormes.

Tendo auto massajado já o meu ego com tanto elogio, apreciem agora a bela foto.

Um bom dia para todos.

Wednesday, 1 April 2009

Word Verification i

O primeiro "Word verification"... do Mr. Drengo.

Muito obrigada, Caro Amigo!
Divirtam-se e tirem ideias!
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PROFITE...ReOLES, ora... até fiquei com o sabor no céu da boca...

já quanto à minha...
micsitt (assobiando de fininho enquanto escrevo a palavra errada...)

ingle: um apartamento INGLEs para um rapaz sINGLE que estava a assobiar um jINGLE enquanto comia uma prINGLE... too easy... (ar de desdém...)

3.ª tentativa...(corando... esta, RECUSO COMENTAR!)- - - - agora é a sério - - - -

flamedpois, foi como eu fiquei! inflamado com aquela "brejeirice" que ali apareceu! pois! embora isto pareça nome de remédio à base de pudim flan...

Jogada franca

é por isto que gosto de futebol...

Word Verification

... e mais um desafio...
(porque detesto o primeiro de abril...)

Regras:
- Inserir um comentário e utilizar o "word verification" ou "verificação de palavras" no próprio.
- pode ser utilizado como "palavra que lembra", "soa a" ou outra qualquer forma - como por exemplo usar as letras do word verification no início de cada palavra do comentário...

Prémio:
- A minha inteira gratidão
- colocação em postal deste lado com a devida autoria
- não me ponho aqui a derramar sobre futebol

Um bom dia para todos... sem mentiras!