O dia acordou normal.
Digo o dia acordou e não eu acordei porque EU não dormi.
Dei entrada às 9.00 da noite anterior e não dormi um segundo. Porquê? Porque na cama ao lado alguém gemia. E gemia. E gemia.
Por volta de tarduncho da madrugada levantei-me e procurei a enfermeira de serviço. Pedi que a ajudassem.
Lembro-me ainda da cara dela. Ali estava eu, cheia de tubos a pedir ajuda. Sorriu e disse-me em tom de censura meiga: desligou o CTG porquê? Desculpe, respondi. É que eu não consigo dormir.
A "gemedora" ressonava e gemia. Nunca soube o porquê do gemer. Mas lá passei a noite em branco.
De manhã começaram as dores mas inconsequentes naquele "leitor de dores". Já esperava. Já era o segundo. Sabia o que me esperava e receei por isso mesmo.
Quando o médico apareceu lá vaticinou que não tinha qualquer dilatação. Indução começada, aguenta e espera. No meio tive a boa notícia que o bebé tinha "dado a volta" algures entre a última ecografia e aquele dia. Já não era certo a cesariana.
As dores e contracções continuaram pelo dia e a boa disposição foi-me abandonando. Respirações aprendidas e praticadas pelo "método psico-profilático".
13.00 desço para a sala de partos. 3 cm de dilatação e a amorosa enfermeira a pedir-me que "tenha paciência"
- Drogas, por favor!
...encurtando, às 17.40 nasce um bebé lindo lindo. "A cru".
Há 9 anos fui mãe.
Há 9 anos fui abençoada com uma Cria maravilhosa que ainda me surpreende com "amo-te, mamã"
Sabes quantos beijos te dou, mãe? Todos.
Parabéns, meu filho. Obrigada.
2 comments:
Muitos, muitos parabéns às queridas Mãe e Cria. Um beijinho para ambas.
Cara Luísa,
Pedindo desde já desculpa pelo atraso, agradeço os parabéns.
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