De repente lembro-me dele. Não, não é bem de repente. E não, não é bem dele.
Deste lado tão abandonado, tão maltratado, deixo-me vaguear. Já não escrevo por aqui há tanto tempo que não sendo pelos meus amiguismos o site meter estaria a zero. Tenho aqueles que me visitam e depois enviam mensagem para o telemóvel, ou comentam “em casa” o que acharam sobre os textos. Fico revoltada (exagero) e grito-lhes indiscriminadamente para “virem cá”, “comentem!” … só para ver se este post é destronado do invicto número um. Bem vistas as coisas, volto a mencioná-lo e referenciá-lo, o que não deve abonar muito para esta minha vontade de o destronar.
adiante…
deve ser do tempo (o que há falta de melhor inspiração imputo-lhe a razão principal deste meu silêncio). só pode ser do tempo.
de repente – dizia – ouço Aguardela a falar na rádio. de repente sinto saudades. de repente fico triste. de repente calo-me. de repente apetece-me gritar. de repente desespero porque não tenho onde gritar e o maço acabou. de repente lembro-me que por aqui posso.
de repente aquele texto que tenho vindo a pensar sobre um projecto fantástico desenvolvido por dois seres de quem tenho a honra não só de ser amiga como de me aceitarem como participante e de toda a publicidade que lhe quero dar passa em branco. Terá implicações. Mas não importa.
sou nocas, a verde. serei também o meu nome cristão quando e se fizer aquele anúncio.
não deixarei de ser nocas, a verde por aqui. é que sou mesmo nocas, a verde.
de repente deixou tudo de valer a pena… e ainda aqui onde grito e procuro consolo – enquanto os braços do meu amor não me tomarem e me aquecerem no oblívio da noite decido até por aqui calar-me. sei o que me leva e não é por aí que preciso seguir.
de repente… agradeço estas pequenas e fingidas paredes, esta solidão que me preenche, este choro que ninguém vê.