Conheço muitos professores.
Eu, pessoalmente, seria incapaz de ser professora.
Conheço muitos, como disse, e bons.
E não faço juízos de valor sobre a senhora em questão.
A profissão é exercida por humanos, que se "passam" como qualquer outro humano (faz parte da natureza, certo?)
E, puxando a minha própria experiência como aluna, sei que:
- os alunos podem ser muito maus, cruéis, "chatos", impertinentes, indisciplinados, exasperantes;
- os professores têm, na grande maioria dos casos, um trabalho enorme em cativar os alunos;
- alunos existem que fazem perder a paciência a um santo;
- professores existem que nem o título merecem, quanto mais exercê-la.
Arrisco-me até a dizer que à semelhança do “meu tempo”, a grande maioria dos profissionais são zelosos e boas pessoas, e acrescento: hoje temos, enquanto comunidade, uma muito maior vontade de falar mal, que professores “maus” ou incompetentes sempre houve, que, graças às tecnologias, tudo pode ser (e é) exacerbado, extrapolando do caso particular para notícia de abertura de jornal.
Por fim, poderiam os senhores representantes da profissão, não descurando, nem menosprezando eu a luta (que a ser) justa de melhores condições, tentar uma campanha de credibilização da profissão. Um pouco como limpar a imagem. Recuperar, por meios que confesso não me ocorrem, a grande e hercúlea e meritória tarefa que é formar os nossos adultos de amanhã.
É pomposa demais a frase? Concordo.
Mas é, para mim, a definição de professor.
Um óptimo dia para todos.
15 comments:
From Anglo-Norman proffessur, from Latin professor ‘declarer, person who claims knowledge’.
Não a defendo bem a ataco.
Acho simplesmente que a razão que teria de inicio perdeu-a na forma e no conteúdo do que fez em seguida.
Mas se calhar, para o bem da profissão como dizes, talvez os pais tenham de deixar de lhes imputar toda e qualquer responsabilidade demitindo-se da sua.
talvez .. :)
Beijo **
(bem = nem)
acordei para escutar uma "aula" gravada na zona do grande porto. ...e se eu não tivesse escutado, não acreditava. mais do que o conteúdo (ofensivo por insultar quem não tenha uma licenciatura, considerando essas pessoas como "inferiores"...), é o tom e timbre da voz. felizmente, não é mau exemplo do que seja um professor, em geral - dá para perceber que se trata de uma pessoa doente.
um bom dia,
j
ecaxtamente, querida Cházinha.
mais até que os bancos (à excepção do "meu", please, please não o deixem ir à falência:)) eu considero a profissão digna de ser salva... mesmo mesmo
ps - ecaxtamente = exactamente :))
Caríssimo Drengo,
era o que comentava algures. a arrogância da pergunta à escolaridade da mãe... arrepiou-me!
um bom (testo) de dia
ps - testo = resto :))
A professora em questão parecia revoltada. Não lhe vi a cara mas a voz parecia a minha quando apanho alguém a mentir...
Mas pronto, é uma exepção (espero eu que a explicação que ela deu de orgias seja mentira)
(se não for, não quero nem saber o que é)
Ai margarida como tu andas...
Estava a referir me à professora que deu "aulas de educação sexual"...
Margarida,
Bem-Vinda a este lado :)
confesso que fiquei perdida...
o segundo comentário refere uma professora de Educação sexual... desconheço a história. referia-me à História, à professora de, claro.
:)
Só vi ontem á noite a notícia e acredito que esta senhora é de facto a excepção á regra.
Em todo o caso é inadmissível e arrepiante a arrogância que demonstra...
Quanto a formarem os adultos de amanhã eles fazem-no também através do exemplo dado (e sempre, sempre em complemento da educação parental...ou assim deveria ser)
Beijinho :)
Querida Nocas, o descrédito dos professores não é de hoje, mas do tempo em que qualquer recém-licenciado, que não encontrasse imediatamente uma saída profissional, enveredava pela docência. Daí que, durante uma ou duas décadas, se falasse da existência de demasiados casos de desinteresse e falta de vocação, apenas empenhados em lutas salariais e privilégios de classe. Hoje, o problema é diferente e a origem já não está nos professores, mas numa realidade muitíssimo complexa (ao nível de pais e alunos) e num poder que não os prepara e antes amesquinha e desautoriza. O caso da professora de que por aí se fala é, diria, absolutamente marginal. Parece evidente que se trata de uma pessoa desequilibrada. Há-de haver mais professores com essa ou outras taras, mas não são eles que fazem a «floresta». :-)
Querida Ka,
como disse, eu também acredito que seja a excepção à regra, também.
E - evidentemente - concordo na complementaridade da "educação" dos professores...
Eu - que sou só mãe mas fui em tempos aluna - aguardo com grande ansiedade o "Professor" que marque. Aquele que pela sua maneira de estar, ensinar, seja lembrado pelas minhas Crias como eu recordo alguns dEsses que tive.
Aguardo mas sei que existem.
beijinho :)
Luísa, correcta, como sempre :)
É verdade, sim, claro! Um problema que não sendo de agora é aproveitado (quase sempre) por razões mediáticas e muito pouco pedagógicas...
bj
Nocas,
Existem pois!
A primeira que me marcou foi a da primária, que já tinha sid professora da minha irmã mais velha e....do meu pai :)
As bases foram ensinadas á moda antiga e tenho saudades dela.
Pois existem, Ka. e sei que se cruzarão com as minhas Crias.
"À moda antiga" é uma boa expressão!
bj
Eu também não gostava de ser professora, nm gostava nem tinha a mínima vocação. O meu irmão bem sabe o que sofreu comigo a tentar explicar-lhe algumas coisas que ele não entendia.
Acho que acima de tudo para se ser professor é preciso vocação e quem não a tem e escolhe esta profissão por não poder ir para outra nunca será bom professor, é um frustrado porque não conseguiu "ser" o que queria...
Jokas
É como a querida Luísa dizia um comentário acima... mas calculo que isso já não se passe bem assim... não sei
bj
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