Tive um professor que me dizia que a inspiração não existia, que desgraçado daquele que trabalhasse apenas quando se sentisse inspirado. O professor em questão dizia-nos isto (e muito mais) em aulas de “partir pedra”. Uma cambada de alunos que achavam que iam mudar o mundo, que seriam os novos Balanchine’s, Nureyev’s, Folkine’s, Bejart’s ou, melhor ainda para a maior parte de nós, Pina Bauch’s ou a verde em particular, Trisha Brown’s. Primeiro ano, claro está, do curso de dança.
Em trabalhos não artísticos poderá ser (e assim julgava eu) mais fácil fazê-lo. Porque não puxa à inspiração, esta não teria qualquer influência no dia de trabalho. Engano meu, claro! e dos redondos… trabalhar sem inspiração (como estou hoje, aliás) é penoso. É “pedir a uma mão para a outra se mexer”, é fazer tudo aos empurrões.
É debitar para aqui palermices sem sentido.
No entanto, se aprendi alguma coisa com o professor, tanto a nível artístico – que já lá vai – como para a vida no seu todo, este trabalho “técnico” e burocrático em particular, é que o trabalho acaba por ser feito eficientemente, se nos esforçarmos a isso, se nos disciplinarmos. A Terpsicore lá e Santo Ivo agora acabarão por nos ajudar. Assim tenhamos perseverança para tal.
E o tempo – recorramos a desculpas enquanto musa e santo não nos socorrem – não ajuda nada, pois não? Bem como a batida no carro que lá está à espera de arranjo e a antevisão de “não tão boas notas” a TGObrigações que a Penal lá nos safámos.
Uma óptima semana para todos.
Esta deste lado inclui estudo de Declarativo, Estudo do Meio, Ciências da Natureza…
Haja paciência e santos ou musas que nos entusiasmem.
4 comments:
...ora, toda a gente sabe que, no que diga respeito ao que é de Penal, quase toda a gente se safa -mais os arguidos do que os alunos, mas prontes...
Uma boa semana para si e para os seus. As melhoras da viatura.
"mais os arguidos que os alunos"... de facto (que aquilo foi uma razia!!)
obrigada pelos desejos... o meu IT agradece :)
Querida Nocas, foram raras, na minha vida, as vezes em que tive a sensação de «trabalhar». Acho simplesmente que «faço coisas», porque tenha prazer em fazê-las. É a inspiração, é a motivação, é a compreensão ou a descoberta de uma solução, é a inovação, às vezes simplesmente visual ou metodológica, é a aprovação ou o aplauso… se não é por uma razão, é por outra. Considero-me, neste aspecto, uma pessoa com sorte.
Sem dúvida, querida Luísa. Considere-se afortunada.
bj :)
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