A festa era ruidosa., como se quer de uma festa, certo?
Foi para a pista dançar e não se importou de o fazer sozinha. Gostava de estar sozinha. Mesmo ali, no meio de tanta gente, entre empurrões de movimentos maiores que o espaço permitia, mesmo ali com o barulho ensurdecedor ela sentiu-se sozinha.
E gostou.
A Clara chama-a para uma bebida.
Entre gritos consegue explicar que quer apenas uma coca-cola. Só uma coca-cola, sem mais nada.
Recorda que os tempos seguintes àquele dia não foram pacíficos. Muita tristeza, amargura, ódio e choro. Muito choro.
- Minha querida – dizia-lhe a mãe – chora o que quiseres, enquanto quiseres. Grita a raiva que tens dentro de ti enquanto precisares. Toma um chá. Esta erva acalma.
E lentamente afagava-lhe os cabelos enquanto sussurrava sons incompreensíveis, rogando às luzes que ajudassem a sua querida Doce a encontrar a paz.
A clara regressa com a coca-cola e sentam-se as duas rindo. Rindo como duas adolescentes quase mulheres merecem rir. Sem compromissos, sem amarguras.
Um rapaz aproxima-se e, com gestos, pergunta se pode sentar-se. A conversa é muito escassa e cheio de risos pelas repetições e pelas frases que tem que ser ditas ao ouvido.
Pensa que é giro e aceita o seu convite para dançar um “slow”.
Agarrados – dança bem, ele – sussurra-lhe que já a estava a observar, que era muito gira e pergunta-lhe o nome.
- Cândida. – olhar profundo pela proximidade e pela firmeza nas palavras que se seguiam, sempre, agora – mas só de nome.
...mas näo me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o que lhe confiei até àquele dia.
Tuesday, 31 March 2009
Monday, 30 March 2009
Friday, 27 March 2009
Liberdade (versão thank God it's Friday)
Nunca os vejo à noite.
Nunca? Não é bem verdade. À sexta-feira, porque no dia seguinte não há aulas, ficam acordados à minha espera.
Mas dizia, e corrigindo, quase nunca os vejo à noite. As conversas são feitas de manhã. Por entre torradas, cereais, leite, roupa, esquecimentos de última hora e tal, vão relatando os acontecimentos. Por vezes atropelam-se porque o tempo escasseia e as histórias são muitas.
Infelizmente é também de manhã que os raspanetes acontecem. Fico sempre dividida entre não falar, com o peso na consciência de azedar o pouco tempo que tenho com eles, ou a emergência de os corrigir, castigar e repreender. A dúvida vem também de, muitas vezes – na maioria das vezes – são eles próprios que me contam os seus erros; ou seja, deverá a honestidade ser recompensada, por vias de atenuar a “pena”, ou, ainda assim, prosseguir no «obrigada por me contares mas toma lá disto»? Confesso que nunca sei. Confesso que qualquer que seja a minha decisão a dúvida unida ao sentido de dever ficam ali juntinhos...
Mas até nem era por isso que pensei em escrever este postal.
Liberdade?
Sim, as minhas Crias têm liberdade. Para dizerem que o tratamento que lhes dou é injusto, que as tarefas que lhes imponho são demasiadas, que sou muito rigorosa com eles também.
Falamos numa democracia diz o que queres mas quem manda sou eu (riso)... ficam eles contentes e acabam quase sempre por afirmar «eu sei, eu sei que é para o nosso bem...»
Dizia-me a CV que uma colega já tinha ido de férias. Quando remato que era, provavelmente, um prémio pelas boas notas dela, indigna-se.
- Nem penses, mãe. Teve 3 a quase tudo e muitos dos “3” eram quase 2. E – acentua – ainda assim, foi de férias mais cedo.
Ficamos os dois parados. Olhos nos olhos. Leio-lhe um «o que farias tu se eu tivesse essas notas?», eu, que reclamo com os 4 que tem.
- Desculpa – balbucio – calhou-te esta mãe.
O abraço que me dá? Interpreto-o na perfeição, creio.
Em tons de desanuviar – muito diplomático esta minha Cria – conta-me o que disse no dia anterior ao pai, enquanto viam um certo programa televisivo. Ao que parece o comentador diz a frase “nada se equipara à raiva de uma mãe” (parece que a dita – a do programa – se terá “virado à pancada” a um homem fugitivo à polícia depois de este ter batido no carro dela onde seguia também o seu filho. A “tareia” terá sido tanta que o homem preferiu entregar-se à polícia exclamando que não podia aguentar mais. O riso nas caras das minhas Crias é cristalino quando afirmam em coro «e nós sabemos isso muito bem!».
Riu-me com eles. Digo-lhes que isso, para mim que até me acho meio cobardolas, é um elogio.
A CN remata:
- És capaz disso e muito mais! Nós já vimos!
Um óptimo fim-de-semana para todos.
Por este lado há testes nas proximidades mas haverá tempo também para a diversão e descanso.
ps – não fiquem a pensar que ando para aí a bater em todos os que aparecem à minha frente, está bem?
Nunca? Não é bem verdade. À sexta-feira, porque no dia seguinte não há aulas, ficam acordados à minha espera.
Mas dizia, e corrigindo, quase nunca os vejo à noite. As conversas são feitas de manhã. Por entre torradas, cereais, leite, roupa, esquecimentos de última hora e tal, vão relatando os acontecimentos. Por vezes atropelam-se porque o tempo escasseia e as histórias são muitas.
Infelizmente é também de manhã que os raspanetes acontecem. Fico sempre dividida entre não falar, com o peso na consciência de azedar o pouco tempo que tenho com eles, ou a emergência de os corrigir, castigar e repreender. A dúvida vem também de, muitas vezes – na maioria das vezes – são eles próprios que me contam os seus erros; ou seja, deverá a honestidade ser recompensada, por vias de atenuar a “pena”, ou, ainda assim, prosseguir no «obrigada por me contares mas toma lá disto»? Confesso que nunca sei. Confesso que qualquer que seja a minha decisão a dúvida unida ao sentido de dever ficam ali juntinhos...
Mas até nem era por isso que pensei em escrever este postal.
Liberdade?
Sim, as minhas Crias têm liberdade. Para dizerem que o tratamento que lhes dou é injusto, que as tarefas que lhes imponho são demasiadas, que sou muito rigorosa com eles também.
Falamos numa democracia diz o que queres mas quem manda sou eu (riso)... ficam eles contentes e acabam quase sempre por afirmar «eu sei, eu sei que é para o nosso bem...»
Dizia-me a CV que uma colega já tinha ido de férias. Quando remato que era, provavelmente, um prémio pelas boas notas dela, indigna-se.
- Nem penses, mãe. Teve 3 a quase tudo e muitos dos “3” eram quase 2. E – acentua – ainda assim, foi de férias mais cedo.
Ficamos os dois parados. Olhos nos olhos. Leio-lhe um «o que farias tu se eu tivesse essas notas?», eu, que reclamo com os 4 que tem.
- Desculpa – balbucio – calhou-te esta mãe.
O abraço que me dá? Interpreto-o na perfeição, creio.
Em tons de desanuviar – muito diplomático esta minha Cria – conta-me o que disse no dia anterior ao pai, enquanto viam um certo programa televisivo. Ao que parece o comentador diz a frase “nada se equipara à raiva de uma mãe” (parece que a dita – a do programa – se terá “virado à pancada” a um homem fugitivo à polícia depois de este ter batido no carro dela onde seguia também o seu filho. A “tareia” terá sido tanta que o homem preferiu entregar-se à polícia exclamando que não podia aguentar mais. O riso nas caras das minhas Crias é cristalino quando afirmam em coro «e nós sabemos isso muito bem!».
Riu-me com eles. Digo-lhes que isso, para mim que até me acho meio cobardolas, é um elogio.
A CN remata:
- És capaz disso e muito mais! Nós já vimos!
Um óptimo fim-de-semana para todos.
Por este lado há testes nas proximidades mas haverá tempo também para a diversão e descanso.
ps – não fiquem a pensar que ando para aí a bater em todos os que aparecem à minha frente, está bem?
Thursday, 26 March 2009
A beautiful picture a day... 020
por alturas do fim do Verão (calma que este postal não Vos quer recordar do que vem a seguir… aguardem só um pouco, pode ser?) a roupa “fresquinha” é arrumada.
Espalhada nas camas das Crias são devidamente separadas em «passa da CV para a CN», «está velho demais», «bom para dar», «recordação de mãe babada». Há umas t-shirts que ficam por ali soltas para vestir por casa ou por cima das golas altas. Na última vez ficou, entre outras, uma t-shirt amarela com um boneco sorridente que a CN nunca quis vestir. Fica ali à espera, mãe. à espera do sol.
Hoje foi buscá-la.
Sorrio quando a vejo e pergunto-lhe se não terá frio.
- Claro que não, mãe. Chegou o Sol!
Espalhada nas camas das Crias são devidamente separadas em «passa da CV para a CN», «está velho demais», «bom para dar», «recordação de mãe babada». Há umas t-shirts que ficam por ali soltas para vestir por casa ou por cima das golas altas. Na última vez ficou, entre outras, uma t-shirt amarela com um boneco sorridente que a CN nunca quis vestir. Fica ali à espera, mãe. à espera do sol.
Hoje foi buscá-la.
Sorrio quando a vejo e pergunto-lhe se não terá frio.
- Claro que não, mãe. Chegou o Sol!
Um bom dia
Amanhã é Sexta!
Wednesday, 25 March 2009
Hoje é...
Sexta-feira!!!
não é?
mas devia!
(se há coisa que nunca vou receber é um prémio de utilidade continuada...)
A minha querida cházinha avisa:
A hora de Verão vai chegar no último domingo de Março, dia 29, devendo os
relógios em Portugal ser adiantados 60 minutos em todo o país, de acordo com o
Observatório Astronómico de Lisboa.
Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser adiantados 60 minutos às 01:00 de 29 de Março, passando para as 02:00.
A próxima mudança de hora, para a hora de Inverno, vai ocorrer no último domingo de Outubro, ou seja dia 25.
Durante todo o período em que vigorar a hora de Verão, Portugal terá mais uma hora do que o tempo universal coordenado (UTC).
A mudança da hora prende-se com a necessidade de não haver desfasamento solar, aproveitando-se o melhor possível a luz nas diversas actividades.
A única actividade que queria agora era dormir... pode ser?
Tuesday, 24 March 2009
A primavera chegou
Já fez um ano que a nossa Lady M. nos preteriu pelos campos fantásticos do “céu dos animais”.
Não é triste o postal porque ela está connosco e porque é recordada com todo o amor que lhe dedicámos (e de quem tivemos troco em sobra) em todos os anos em que nos fez feliz.
Já fez um ano que o Lord Faramir entrou nas nossas vidas.
- Somos cinco outra vez – dizia uma das minhas Crias quando chegou esta pequena pulga de energia.
- Não, mano – retorquiu a outra – somos seis.
Este pequeno Lord conquistou-nos no primeiro dia e ainda nos surpreende. Leva-nos às lágrimas não poucas vezes com as suas travessuras. (por exemplo - nesta foto que aqui ponho mostro uma das suas diversões: colocar-se dentro do saco para levar à lavandaria, entre os cabides...)
Já descobriu as características de todos e de como cada um gosta de ser agraciado com a sua lordeza…
Na ausência do F. Lord Faramir ocupou com toda a sua majestade o seu espaço na almofada vazia, e, no próprio dia do regresso, regressou tranquilamente ao seu. Reparem: ainda não estávamos nós deitados e já ele se tinha simplesmente esparramado (é feia a palavra mas foi mesmo o que ele fez) no seu cantinho lá ao fundo…
Decido que não vou ver o filme “Marley e eu”… pelas mesmas razões que não li o livro.
Tenho os meus próprios marleys e estou muito contente com eles.
Notícias frescas: o Crespim
(não, não é com “i”… o nosso cágado chama-se mesmo Crespim… com “e”) acordou da sua bela soneca invernal e pede comida (nota: apenas a mim… só a mim! e é cágado)
Se outra prova faltasse… o Crespim anunciou: a Primavera chegou.
Um bom dia a todos!
Monday, 23 March 2009
Aviso à Navegação
Ao contrário do que era dito (e descoberto da pior maneira):
O selo do carro (ou melhor dizendo... o imposto de circulação) é passível de ser cobrado com multa.
A história conta-se muito simplesmente assim:
A verde "sabia" que o selo era devido em Janeiro. A informação corrente era de que não se pagava "multa" a não ser se fossemos apanhados pelos agentes de autoridade... ora o dito carro estava parado à porta desta que Vos escreve. Não anda, não pago ainda. quando o F regressar logo pago.
Pois o F regressa e caminha alegremente até à Repartição de Finanças mais próximo (a pé, certo? para não ser apanhado...) para proceder ao respectivo pagamento. É brindado com uma "multazita" por pagamento em atraso... não contente com isso... a multa tem o mínimo de € 15,00...
Trsite triste esta Vossa blogueira decido transformar o meu infortúnio (merecido, claro porque era incumpridora) em informação útil.
Paguem e paguem dentro do prazo, ok? E não digam que não Vos ajudo!
Uma óptima semana para todos.
ps - em relação ao jogo..................................................... nem uma palavra, está bem?
Friday, 20 March 2009
A beautiful picture a day... 019
Falava com alguém muito querido sobre a aparente e assustadora empatia que alguns seres humanos têm com os seres do reino animal.
Para além dos clichés de que os animais sabem quem não lhes faz mal e tal acredito sim nos laços que se podem criar entre aqueles a quem eu gosto de chamar seres iluminados e seres agraciados.
Iluminados aqueles Humanos que conseguem ir para além do óbvio. Para além do que os olhos vêm, do que os sentidos absorvem, do que é racionalmente lógico.
Iluminados porque são Humanos e, percepcionando toda a vantagem que isso lhes dá, utilizam-na em toda a sua abrangência; a luz que carregam não servindo para superiorizarem-se mas antes comunicarem em todo o sentido exponencial da palavras com os outros seres destes nosso condomínio.
Agraciados porque são seres vivos em tantas vezes superiores ao outros, nem iluminados, nem agraciados, estes muitas vezes pouco humanos e, ainda assim, aqueles reconhecendo apenas porque sim quando estão perante um iluminado.
Conheço seres iluminados. Conheço muitos agraciados.
A todos nós, meros mortais, um pouco mais que agraciados mas (ainda) não iluminados, resta-nos apreciar as relações que estes dois fantásticos criam de modo tão simples que parece fácil.
Apenas quem sabe reconhecer o domínio, não dominando, mas apreciando quem por cima está, poderá alguma vez iluminar-se… e iluminar!
Um óptimo fim-de-semana!
Para além dos clichés de que os animais sabem quem não lhes faz mal e tal acredito sim nos laços que se podem criar entre aqueles a quem eu gosto de chamar seres iluminados e seres agraciados.
Iluminados aqueles Humanos que conseguem ir para além do óbvio. Para além do que os olhos vêm, do que os sentidos absorvem, do que é racionalmente lógico.
Iluminados porque são Humanos e, percepcionando toda a vantagem que isso lhes dá, utilizam-na em toda a sua abrangência; a luz que carregam não servindo para superiorizarem-se mas antes comunicarem em todo o sentido exponencial da palavras com os outros seres destes nosso condomínio.
Agraciados porque são seres vivos em tantas vezes superiores ao outros, nem iluminados, nem agraciados, estes muitas vezes pouco humanos e, ainda assim, aqueles reconhecendo apenas porque sim quando estão perante um iluminado.
Conheço seres iluminados. Conheço muitos agraciados.
A todos nós, meros mortais, um pouco mais que agraciados mas (ainda) não iluminados, resta-nos apreciar as relações que estes dois fantásticos criam de modo tão simples que parece fácil.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
estabeleceste, que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem,
para que o visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de
honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo
puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais
do campo, as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas
dos mares. (Salmo 8 - versão livre)
Apenas quem sabe reconhecer o domínio, não dominando, mas apreciando quem por cima está, poderá alguma vez iluminar-se… e iluminar!
Um óptimo fim-de-semana!
Thursday, 19 March 2009
Get Involved
Monday, 16 March 2009
Desafios, correntes e afins (resultados explicados)
1 - Fiz com que um hospital inteiro tivesse como ceia de natal pescada cozida e omoletes
Era nova, inconsciente e, mais do que eu, tinha uma chefe nova, inconsciente e com muita vontade de passar o Natal com a família… eu, a nova, inexperiente e altamente capaz para cozinhar (gargalhada) fiquei “chefe” da ceia.
A “menina” esquece-se de deixar o contacto dos fornecedores, esta verde não sabe os contactos, trapalhada geral! Muita confusão e dispensa vazia.
É verdade, meus senhores! A ceia de Natal daquele ano foi “Pescada Cozida” para os que queriam prato de peixe, “Omoletes” de ovos líquidos (daqueles para fazer bolos) para quem escolheu prato de carne. A primeira decisão que fiz num tempo sem telemóveis, numa altura sem hipermercados abertos até às tantas. Compensei (terei?) com grandes fatias dos bolo-rei destinados ao almoço do dia seguinte… e quem viesse atrás que se amanhasse.
0% acharam que era mentira! e é Verdade! Os números acertaram.
2 - Comi açorda com quinze dias de vida
Tinha cerca de quinze dias (eu!) e aconteceu uma pequena desgraça familiar a uma sexta-feira à tarde. A mãe enerva-se e fica sem leite… coisa que se descobre só na mamada da noite (também numa altura – século passado – em que tudo fecha cedo). A bisavó, mulher antiga e de muitos recursos, recorre às mezinhas antigas do “seu tempo”. Despeja dois dentes de alho, um bom trago de azeite e pão num tacho de água. Depois de fervida côa-se para um biberão… e já está. A bela Nocas dorme regalada o resto da noite!!
20% acharam que era mentira mas é Verdade!
3 - Não tenho um telemóvel que tire fotografias
Não tenho. Pouco há a dizer a não ser: não tenho. Não preciso. O telemóvel é, para mim, para receber e fazer chamadas. Também envio e recebo mensagens (de texto… só) mas se for para dizer mais do que “até já” desisto e faço a chamada.
40% acharam que é mentira mas é Verdade!
4 - Não gosto do filme "África Minha"
Ninguém acredita… acho que nem eu. Euzinha, que me acho tão culta (riso) não gosto de tão consensualmente grande filme. É verdade. Já tentei ver algumas vezes e não consegui apreciar. Não há nada no filme que me fascine. (perdoem-me, sim?) desde os actores principais a um certo estilo de vida que não me atrai… já pensei em ler o livro. É a minha última esperança!
80% acharam que era mentira mas é Verdade!
5 - Não suporto filmes de terror e/ou fantástico
Desde o “Espaço 1999”, passando pelas histórias fantásticas de C. Clarke, à série “Twillight Zone”. Fiz a colecção “Ficção científica de bolso” da Europa-América (comprada a custo) e adquiri (com maior custo ainda) uns livros que vinham impressos em papel fosforecente (?) e podia ser lido de noite… sem luz. Em filmes sou mais criteriosa e não me impressiono com qualquer nojice. Um filme tipo “Sexta-feira, 13” só provoca risos e um pouco asco de tanto sangue. Um mau exemplo de filmes “ditos” fantásticos é recorrerem ao sobrenatural. O “Gottica” – que até parecia um bom enredo, acaba da pior maneira com a explicação mais simples – a de mortos comunicarem. Destaco, assim de repente e sem grande introspecção, o “Coisa Ruim” que me retirou alguns suspiros de medo.
80% acharam que é verdade mas é Mentira!
6 - escrevi uma telenovela da RTP numa máquina de escrever
Numa velha máquina de escrever emprestada com a letra “a” a necessitar de “pancada dupla”… mas a novela não era minha. Um grande autor da nossa praça, a quem eu muito estimo e com quem tive o grande orgulho de me cruzar durante um certo tempo da minha vida ditava para um gravador. Eu dactilografava apenas.
20% acharam que era mentira mas é Verdade!
7 - Fui preterida numa audição por saber dançar bem demais
Obtive dois trabalhos através de um agente. Armada em boa, foi o que foi. O primeiro trabalho foi muito bom… pena que tenha ficado mais de metade dos honorários por receber… o outro? eu devia ter desconfiado quando me pediam para vestir fato de banho… eu explico. Nunca fui grande bailarina…. isso é ponto assente. Mas sabia dançar demasiado bem para um espectáculo de striptease… (riso)
Ninguém achou que fosse mentira... e têm razão! É Verdade!
8 - Já pintei o cabelos de todas as cores... mas nunca de azul nem rapei o cabelo
Louro, branco, preto, vermelho… e azul! Uma grande madeixa azul petróleo. Também rapei o cabelo… não todo mas rapei … com gilette.
60% achou que era mentira! mas não pelas razões apresentadas (riso) É Mentira!
9 - Cantei o fado numa dessas casas de fado vadio e ganhei o primeiro prémio
Só se fosse, como dizia Miss Cházinha, numa plateia de surdos e os restantes concorrentes fossem mudos. Amo o fado e canto o fado. Mas desencanto. Oh, se desencanto!
Todos acharam que era verdade... mas é Mentira!
Porque fiz a contas? Porque, apesar de gostar de matemática, ou porque gosto de matemática, demonstra-se aqui o engano que são as estatísticas e a força que (não) têm os números!!
Obrigada a todos os que participaram e leram estes pequenos episódios desta vida deste lado!!
Era nova, inconsciente e, mais do que eu, tinha uma chefe nova, inconsciente e com muita vontade de passar o Natal com a família… eu, a nova, inexperiente e altamente capaz para cozinhar (gargalhada) fiquei “chefe” da ceia.
A “menina” esquece-se de deixar o contacto dos fornecedores, esta verde não sabe os contactos, trapalhada geral! Muita confusão e dispensa vazia.
É verdade, meus senhores! A ceia de Natal daquele ano foi “Pescada Cozida” para os que queriam prato de peixe, “Omoletes” de ovos líquidos (daqueles para fazer bolos) para quem escolheu prato de carne. A primeira decisão que fiz num tempo sem telemóveis, numa altura sem hipermercados abertos até às tantas. Compensei (terei?) com grandes fatias dos bolo-rei destinados ao almoço do dia seguinte… e quem viesse atrás que se amanhasse.
0% acharam que era mentira! e é Verdade! Os números acertaram.
2 - Comi açorda com quinze dias de vida
Tinha cerca de quinze dias (eu!) e aconteceu uma pequena desgraça familiar a uma sexta-feira à tarde. A mãe enerva-se e fica sem leite… coisa que se descobre só na mamada da noite (também numa altura – século passado – em que tudo fecha cedo). A bisavó, mulher antiga e de muitos recursos, recorre às mezinhas antigas do “seu tempo”. Despeja dois dentes de alho, um bom trago de azeite e pão num tacho de água. Depois de fervida côa-se para um biberão… e já está. A bela Nocas dorme regalada o resto da noite!!
20% acharam que era mentira mas é Verdade!
3 - Não tenho um telemóvel que tire fotografias
Não tenho. Pouco há a dizer a não ser: não tenho. Não preciso. O telemóvel é, para mim, para receber e fazer chamadas. Também envio e recebo mensagens (de texto… só) mas se for para dizer mais do que “até já” desisto e faço a chamada.
40% acharam que é mentira mas é Verdade!
4 - Não gosto do filme "África Minha"
Ninguém acredita… acho que nem eu. Euzinha, que me acho tão culta (riso) não gosto de tão consensualmente grande filme. É verdade. Já tentei ver algumas vezes e não consegui apreciar. Não há nada no filme que me fascine. (perdoem-me, sim?) desde os actores principais a um certo estilo de vida que não me atrai… já pensei em ler o livro. É a minha última esperança!
80% acharam que era mentira mas é Verdade!
5 - Não suporto filmes de terror e/ou fantástico
Desde o “Espaço 1999”, passando pelas histórias fantásticas de C. Clarke, à série “Twillight Zone”. Fiz a colecção “Ficção científica de bolso” da Europa-América (comprada a custo) e adquiri (com maior custo ainda) uns livros que vinham impressos em papel fosforecente (?) e podia ser lido de noite… sem luz. Em filmes sou mais criteriosa e não me impressiono com qualquer nojice. Um filme tipo “Sexta-feira, 13” só provoca risos e um pouco asco de tanto sangue. Um mau exemplo de filmes “ditos” fantásticos é recorrerem ao sobrenatural. O “Gottica” – que até parecia um bom enredo, acaba da pior maneira com a explicação mais simples – a de mortos comunicarem. Destaco, assim de repente e sem grande introspecção, o “Coisa Ruim” que me retirou alguns suspiros de medo.
80% acharam que é verdade mas é Mentira!
6 - escrevi uma telenovela da RTP numa máquina de escrever
Numa velha máquina de escrever emprestada com a letra “a” a necessitar de “pancada dupla”… mas a novela não era minha. Um grande autor da nossa praça, a quem eu muito estimo e com quem tive o grande orgulho de me cruzar durante um certo tempo da minha vida ditava para um gravador. Eu dactilografava apenas.
20% acharam que era mentira mas é Verdade!
7 - Fui preterida numa audição por saber dançar bem demais
Obtive dois trabalhos através de um agente. Armada em boa, foi o que foi. O primeiro trabalho foi muito bom… pena que tenha ficado mais de metade dos honorários por receber… o outro? eu devia ter desconfiado quando me pediam para vestir fato de banho… eu explico. Nunca fui grande bailarina…. isso é ponto assente. Mas sabia dançar demasiado bem para um espectáculo de striptease… (riso)
Ninguém achou que fosse mentira... e têm razão! É Verdade!
8 - Já pintei o cabelos de todas as cores... mas nunca de azul nem rapei o cabelo
Louro, branco, preto, vermelho… e azul! Uma grande madeixa azul petróleo. Também rapei o cabelo… não todo mas rapei … com gilette.
60% achou que era mentira! mas não pelas razões apresentadas (riso) É Mentira!
9 - Cantei o fado numa dessas casas de fado vadio e ganhei o primeiro prémio
Só se fosse, como dizia Miss Cházinha, numa plateia de surdos e os restantes concorrentes fossem mudos. Amo o fado e canto o fado. Mas desencanto. Oh, se desencanto!
Todos acharam que era verdade... mas é Mentira!
Porque fiz a contas? Porque, apesar de gostar de matemática, ou porque gosto de matemática, demonstra-se aqui o engano que são as estatísticas e a força que (não) têm os números!!
Obrigada a todos os que participaram e leram estes pequenos episódios desta vida deste lado!!
Desafios, correntes e afins (resultados)
1 - Fiz com que um hospital inteiro tivesse como ceia de natal pescada cozida e omoletes - 0%
2 - Comi açorda com quinze dias de vida - 20%
3 - Não tenho um telemóvel que tire fotografias - 40%
4 - Não gosto do filme "África Minha" - 80%
5 - Não suporto filmes de terror e/ou fantástico - 80%
6 - escrevi uma telenovela da RTP numa máquina de escrever - 20%
7 - Fui preterida numa audição por saber dançar bem demais - 0%
8 - Já pintei o cabelos de todas as cores... mas nunca de azul nem rapei o cabelo - 60%
9 - Cantei o fado numa dessas casas de fado vadio e ganhei o primeiro prémio - 0%
Seriam estatisticamente mentiras as respostas 4, 5 e 8
serão?
2 - Comi açorda com quinze dias de vida - 20%
3 - Não tenho um telemóvel que tire fotografias - 40%
4 - Não gosto do filme "África Minha" - 80%
5 - Não suporto filmes de terror e/ou fantástico - 80%
6 - escrevi uma telenovela da RTP numa máquina de escrever - 20%
7 - Fui preterida numa audição por saber dançar bem demais - 0%
8 - Já pintei o cabelos de todas as cores... mas nunca de azul nem rapei o cabelo - 60%
9 - Cantei o fado numa dessas casas de fado vadio e ganhei o primeiro prémio - 0%
Seriam estatisticamente mentiras as respostas 4, 5 e 8
serão?
Friday, 13 March 2009
Sabemos que...
... fazemos alguma coisa certa...
A CV é apaixonada por animais. Aliás, diz a avó lá do sítio que só se estragou uma casa!
Mãe, pai e crias gostam de animais no geral... dos nossos e de quem se atravessa no caminho em particular.
A mãe - leia-se eu, claro! - faz muitas vezes figura de má, proibindo-os de trazer animais abandonados mas fingindo não ver a comida do Lord F. que desaparece da dispensa por artes mágicas.
Recolhemos variadíssimos animais, encontrados em sítios improváveis (um ouriço no meio da estrada, uma cobra no meio de entulho de obras, dois sapos numa poça da rua) a quem proporcionamos um ambiente para recuperarem ou simplesmente engordarem… entretanto pesquisamos o melhor lugar e, em cerimónias sempre comoventes, libertamo-los já recuperados e prontos para seguirem a sua vida.
Em labuta diária encontro os bolsos da CV completamente cheios de terra, folhas, pauzinhos e fios de lã (roubados dos intermináveis projectos de lavoures desta V. verde) A explicação é simples, tão simples que me senti burra ao ouvi-la. «Estamos a construir uma caminha confortável para uma gata abandonada que apareceu lá na escola.» Informo que os felinos não fazem ninhos. «Eu sei, mas não querias que eu levasse uma manta, pois não?»
Lembrei-me da cama comprada para o Lord F. que nunca foi utilizada e que agora servia de repositório dos seus brinquedos.
Disse-me que apareceu a CV como um herói e que a fantástica cama foi rapidamente posta ao lado de comida para que a felina percebesse que era sua. E foi sua. Lá descansava todos os dias. Quando desapareceu, e porque sabiam que estava prenha em fim de tempo, ficaram todos preocupados. Expliquei-lhe que provavelmente teria escolhido um sítio escondido para ter os bebés. Passados uns dias chega a CV extasiada a casa: durante a noite a inteligente felina tinha colocado toda a sua prole de volta na cama, à vista de todos.
Ontem vi a cama num saco de plástico, junto da roupa para lavar.
- que se passou? perguntei com receio de más notícias
- Já não é precisa. Foram todos adoptados. Arranjámos casa para todos… mesmo para a mãe! A cama trouxe-a de volta. Há-de ser precisa mais tarde para outro salvamento.
__________________________
Em menor escala este meu postal lembrei-me dele por via desta história contada aqui:
Queridos Gatos
O fim-de-semana?
Algum estudo, alguma limpeza, muito bom tempo...
Que o Vosso seja agradável também!
A CV é apaixonada por animais. Aliás, diz a avó lá do sítio que só se estragou uma casa!
Mãe, pai e crias gostam de animais no geral... dos nossos e de quem se atravessa no caminho em particular.
A mãe - leia-se eu, claro! - faz muitas vezes figura de má, proibindo-os de trazer animais abandonados mas fingindo não ver a comida do Lord F. que desaparece da dispensa por artes mágicas.
Recolhemos variadíssimos animais, encontrados em sítios improváveis (um ouriço no meio da estrada, uma cobra no meio de entulho de obras, dois sapos numa poça da rua) a quem proporcionamos um ambiente para recuperarem ou simplesmente engordarem… entretanto pesquisamos o melhor lugar e, em cerimónias sempre comoventes, libertamo-los já recuperados e prontos para seguirem a sua vida.
Em labuta diária encontro os bolsos da CV completamente cheios de terra, folhas, pauzinhos e fios de lã (roubados dos intermináveis projectos de lavoures desta V. verde) A explicação é simples, tão simples que me senti burra ao ouvi-la. «Estamos a construir uma caminha confortável para uma gata abandonada que apareceu lá na escola.» Informo que os felinos não fazem ninhos. «Eu sei, mas não querias que eu levasse uma manta, pois não?»
Lembrei-me da cama comprada para o Lord F. que nunca foi utilizada e que agora servia de repositório dos seus brinquedos.
Disse-me que apareceu a CV como um herói e que a fantástica cama foi rapidamente posta ao lado de comida para que a felina percebesse que era sua. E foi sua. Lá descansava todos os dias. Quando desapareceu, e porque sabiam que estava prenha em fim de tempo, ficaram todos preocupados. Expliquei-lhe que provavelmente teria escolhido um sítio escondido para ter os bebés. Passados uns dias chega a CV extasiada a casa: durante a noite a inteligente felina tinha colocado toda a sua prole de volta na cama, à vista de todos.
Ontem vi a cama num saco de plástico, junto da roupa para lavar.
- que se passou? perguntei com receio de más notícias
- Já não é precisa. Foram todos adoptados. Arranjámos casa para todos… mesmo para a mãe! A cama trouxe-a de volta. Há-de ser precisa mais tarde para outro salvamento.
__________________________
Em menor escala este meu postal lembrei-me dele por via desta história contada aqui:
Queridos Gatos
O fim-de-semana?
Algum estudo, alguma limpeza, muito bom tempo...
Que o Vosso seja agradável também!
Thursday, 12 March 2009
A beautiful picture a day... 018
Os desertos fascinam-me.
Não pela beleza ou por qualquer interpretação metafísica, religiosa, espiritual ou outra.
Fascinam-me de uma forma puramente científica (se é que de tal se poderá apelidar esta curiosidade mal esgalhada, vulgo amadorismo alimentado pelos programas de David Attenborough e Félix Rodriguez de La Fuente).
Fascinam-me pela adaptação sofrida por todos aqueles que lá escolheram viver.
Eu disse escolher? Sim, claro. A evolução não presume outra coisa que a escolha voluntária dos caminhos evolucionários. Reforço o voluntarismo. Escolhem evoluir ou morrer… mas é uma escolha.
(Deus nos livre de dizermos que foi um Ente qualquer que os lá pôs por artes de malvadez)
Adiante.
Mesmos os seres humanos (perdoar-me-ão os evolucionistas puros mas, por enquanto, e enquanto apenas me referir à espécie humana onde me incluo – e não de uns seres quaisquer que matam e roubam, recusar-me-ei a referir-me como animal) que lá vivem adaptaram-se (e lá estou eu) evoluíram de formas no mínimo assombrosas.
Com eles aprendi a retirar de um cacto enterrado na areia água pura e fresca.
Com eles aprendi que se saltitarmos de um lado para o outro podemos atravessar a areia tórrida (sim, sim, sou eu a parva que saltita nas areias do nosso Portugal… resulta, que querem?)
Com eles aprendi que se tivermos pavilhões auditivos muito grandes podemos sentir os inimigos que se movem debaixo do solo.
Com eles aprendi que se fecharmos todos os orifícios corporais suportamos melhor as terríveis tempestades de areia.
Com eles aprendi que ainda que durante o dia estejam temperaturas assustadoramente altas devemos preparar-nos para uma noite gélida.
Agora é só dar um ar levemente intelectual a este texto. Uns pozinhos de metafísica, afirmar o que neguei lá no início do texto, vestir-me com um sari e inventar um testemunho qualquer de como a minha vida foi “mudada” e tenho um belo livro – best-seller - de auto-ajuda.
note to self:
escolher melhor as fotografias para esta rubrica
Não pela beleza ou por qualquer interpretação metafísica, religiosa, espiritual ou outra.
Fascinam-me de uma forma puramente científica (se é que de tal se poderá apelidar esta curiosidade mal esgalhada, vulgo amadorismo alimentado pelos programas de David Attenborough e Félix Rodriguez de La Fuente).
Fascinam-me pela adaptação sofrida por todos aqueles que lá escolheram viver.
Eu disse escolher? Sim, claro. A evolução não presume outra coisa que a escolha voluntária dos caminhos evolucionários. Reforço o voluntarismo. Escolhem evoluir ou morrer… mas é uma escolha.
(Deus nos livre de dizermos que foi um Ente qualquer que os lá pôs por artes de malvadez)
Adiante.
Mesmos os seres humanos (perdoar-me-ão os evolucionistas puros mas, por enquanto, e enquanto apenas me referir à espécie humana onde me incluo – e não de uns seres quaisquer que matam e roubam, recusar-me-ei a referir-me como animal) que lá vivem adaptaram-se (e lá estou eu) evoluíram de formas no mínimo assombrosas.
Com eles aprendi a retirar de um cacto enterrado na areia água pura e fresca.
Com eles aprendi que se saltitarmos de um lado para o outro podemos atravessar a areia tórrida (sim, sim, sou eu a parva que saltita nas areias do nosso Portugal… resulta, que querem?)
Com eles aprendi que se tivermos pavilhões auditivos muito grandes podemos sentir os inimigos que se movem debaixo do solo.
Com eles aprendi que se fecharmos todos os orifícios corporais suportamos melhor as terríveis tempestades de areia.
Com eles aprendi que ainda que durante o dia estejam temperaturas assustadoramente altas devemos preparar-nos para uma noite gélida.
Agora é só dar um ar levemente intelectual a este texto. Uns pozinhos de metafísica, afirmar o que neguei lá no início do texto, vestir-me com um sari e inventar um testemunho qualquer de como a minha vida foi “mudada” e tenho um belo livro – best-seller - de auto-ajuda.
note to self:
escolher melhor as fotografias para esta rubrica
Wednesday, 11 March 2009
Guantanamera (e outros nonsense)
Gosto mais desta versão da música, pode ser?
(para Vós, gente incauta, que não sabe do que falo, menciono uma versão cantada ontem em Figo Maduro na recepção a uma certa equipa da mesma cor desta que Vos escreve)
Outro assunto
como já disse algures por aqui a minha CN não teve uma boa professora primária. Era autoritária, déspota, desproporcionada, histérica e outros adjectivos que tais. Mas uma coisa a senhora ensinou: entre o sujeito e o predicado não há vírgula. Porque digo isto?
Proposta de lei do Governo para o crime de violência do doméstica
Vejam a notícia
Ainda um outro assunto
Um escritor inventou um novo silogismo (está bem, está bem eu completei-o) Vejam se o percebem...
percebem?
vejam isto
e depois digam...
Aliás, pelo que infiro das várias afirmações dos senhores quando receberam o alto dignatário, a democracia demora muito tempo a construir... tipo mais de trinta anos ou coisa parecida... e já agora, entrementes, vai um iluminado (des)governando... tipo paizinho porque o povo é burro(?)
Aproveitem para votar nas minhas mentiras e verdades do postal de ontem... diverti-me imenso com as Vossas respostas e queria mais algumas antes de revelar os resultados...
grata!
Um óptimo dia de Sol!
(para Vós, gente incauta, que não sabe do que falo, menciono uma versão cantada ontem em Figo Maduro na recepção a uma certa equipa da mesma cor desta que Vos escreve)
Outro assunto
como já disse algures por aqui a minha CN não teve uma boa professora primária. Era autoritária, déspota, desproporcionada, histérica e outros adjectivos que tais. Mas uma coisa a senhora ensinou: entre o sujeito e o predicado não há vírgula. Porque digo isto?
Artigo 30.º
Denúncia do crime
1 - A denúncia de natureza criminal, é feita nos termos gerais, sempre que possível, através de formulários próprios, nomeadamente autos de notícia padrão, criados no âmbito da prevenção e de investigação criminal e apoio às vítimas.
Proposta de lei do Governo para o crime de violência do doméstica
Vejam a notícia
O PGR foi ouvido durante a tarde de ontem na Comissão de Direitos, Liberdade e Garantias da Assembleia da República. E começou logo por dizer que a "intenção" em legislar sobre a violência doméstica "é boa", mas a proposta de lei precisa de um "depuração". "Há tantos artigos sobre intenções que esta lei ordinária parece uma Constituição para a violência doméstica", declarou Pinto Monteiro
Ainda um outro assunto
Um escritor inventou um novo silogismo (está bem, está bem eu completei-o) Vejam se o percebem...
D. Afonso Henriques está para a Democracia
assim como
Botticelli está para a fotografia
percebem?
vejam isto
«Acho que a Angola está no caminho da democracia», disse, lembrando que «as coisas não se fazem de um dia para o outro» e que D. Afonso Henriques também não era um democrata exemplar.
e depois digam...
Aliás, pelo que infiro das várias afirmações dos senhores quando receberam o alto dignatário, a democracia demora muito tempo a construir... tipo mais de trinta anos ou coisa parecida... e já agora, entrementes, vai um iluminado (des)governando... tipo paizinho porque o povo é burro(?)
Aproveitem para votar nas minhas mentiras e verdades do postal de ontem... diverti-me imenso com as Vossas respostas e queria mais algumas antes de revelar os resultados...
grata!
Um óptimo dia de Sol!
Tuesday, 10 March 2009
Desafios, correntes e afins (IV)
Já em imensurável atraso (devidamente perdoada?) respondo aqui à minha Cházinha ao desafio colocado:
Aqui as deixo, sucintas e curtas... à espera do Vosso vaticínio
1 - Fiz com que um hospital inteiro tivesse como ceia de natal pescada cozida e omoletes
2 - Comi açorda com quinze dias de vida
3 - Não tenho um telemóvel que tire fotografias
4 - Não gosto do filme "África Minha"
5 - Não suporto filmes de terror e/ou fantástico
6 - escrevi uma telenovela da RTP numa máquina de escrever
7 - Fui preterida numa audição por saber dançar bem demais
8 - Já pintei o cabelos de todas as cores... mas nunca de azul nem rapei o cabelo
9 - Cantei o fado numa dessas casas de fado vadio e ganhei o primeiro prémio
Até já! :)
seis verdades e três mentiras a meu respeito
Aqui as deixo, sucintas e curtas... à espera do Vosso vaticínio
1 - Fiz com que um hospital inteiro tivesse como ceia de natal pescada cozida e omoletes
2 - Comi açorda com quinze dias de vida
3 - Não tenho um telemóvel que tire fotografias
4 - Não gosto do filme "África Minha"
5 - Não suporto filmes de terror e/ou fantástico
6 - escrevi uma telenovela da RTP numa máquina de escrever
7 - Fui preterida numa audição por saber dançar bem demais
8 - Já pintei o cabelos de todas as cores... mas nunca de azul nem rapei o cabelo
9 - Cantei o fado numa dessas casas de fado vadio e ganhei o primeiro prémio
Até já! :)
Monday, 9 March 2009
Manda recado ao luar
No dia 2 de Fevereiro deste ano de Deus as coisas deram para o torto. Um nariz que pinga e uns espirros leves degeneraram num turbilhão de noites solitárias e de questões que ninguém deveria colocar, muito menos, perdoem-me a personalização, a uma mãe jovem de trinta e cinco anos «com a vida toda pela frente».
As lágrimas? retive-as o mais que pude. Pela saúde das Crias, pela saúde dele… pela minha saúde.
às nove da manhã de um dia que me pareceu escuro e negro uma enfermeira disse-me que deveria ter esperança porque «ele era um homem novo»
O que se faz a seguir a isto?
Vive-se, é o que é. Vive-se segundo a segundo. Passos um à frente do outro, a vida dividida em pequenas fracções de segundo sem pensamentos filosóficos ou transcendentais.
Dizia uma professora que muito estimo que devemos sempre enfrentar a vida como uma guerra: seguir para a vitória que a derrota é nossa!
E assim fizemos, fiz, durante trinta e três dias… 33. Engraçado o número.
Parece que foi ontem, disse-me ele quando se sentou no “seu” sofá, e se embrulhou na manta «a cheirar às Crias».
Ontem, meu amor? Sim, talvez, mas numa outra dimensão, num outro mundo, não o que era no dia um de Fevereiro.
A simpática D. Amélia que nos conhece há tantos anos, que nos viu conhecer, namorar, casar, nascer os filhos; a simpática D. Amélia a quem nós vimos casar os filhos, nascer os netos, enterrar o marido, celebrou o regresso com um bem-vindo profundo, um abraço apertado, entre dois cafés bem tirados – como só ela sabe. E depois, não o deixando ver, aperta-me a mão. Olho-a e vejo-lhe uma lágrima teimosa nos olhos sofridos. Falamos sem voz e sei o que me transmite. De mãe, para mãe, de mulher para mulher. «vamos, menina, tem que engordar um bocadinho agora, está bem?» entregando-me o troco.
Diz-me ele comovido, que chorei baixinho durante a noite. A sério, pergunto? Não me lembro de nada. E é verdade.
Suspira de alívio a minha querida cházinha, e suspiras bem. O teu sorriso ajudou-me, mate! More than you can imagine, I recon.
E tu, Sílvia, exemplo de força e coragem... obrigada!
Por último…
Deixo-Vos um fado. Ah, um fado. Este em particular. Meu e só meu. Vivido, sentido (não cantado por mim, descansem) … como só os fados sabem.
Agora preparem-se. Estou de volta mais fútil e engraçada que nunca…
… ou não…
Boa semana para todos
As lágrimas? retive-as o mais que pude. Pela saúde das Crias, pela saúde dele… pela minha saúde.
às nove da manhã de um dia que me pareceu escuro e negro uma enfermeira disse-me que deveria ter esperança porque «ele era um homem novo»
O que se faz a seguir a isto?
Vive-se, é o que é. Vive-se segundo a segundo. Passos um à frente do outro, a vida dividida em pequenas fracções de segundo sem pensamentos filosóficos ou transcendentais.
Dizia uma professora que muito estimo que devemos sempre enfrentar a vida como uma guerra: seguir para a vitória que a derrota é nossa!
E assim fizemos, fiz, durante trinta e três dias… 33. Engraçado o número.
Parece que foi ontem, disse-me ele quando se sentou no “seu” sofá, e se embrulhou na manta «a cheirar às Crias».
Ontem, meu amor? Sim, talvez, mas numa outra dimensão, num outro mundo, não o que era no dia um de Fevereiro.
A simpática D. Amélia que nos conhece há tantos anos, que nos viu conhecer, namorar, casar, nascer os filhos; a simpática D. Amélia a quem nós vimos casar os filhos, nascer os netos, enterrar o marido, celebrou o regresso com um bem-vindo profundo, um abraço apertado, entre dois cafés bem tirados – como só ela sabe. E depois, não o deixando ver, aperta-me a mão. Olho-a e vejo-lhe uma lágrima teimosa nos olhos sofridos. Falamos sem voz e sei o que me transmite. De mãe, para mãe, de mulher para mulher. «vamos, menina, tem que engordar um bocadinho agora, está bem?» entregando-me o troco.
Diz-me ele comovido, que chorei baixinho durante a noite. A sério, pergunto? Não me lembro de nada. E é verdade.
Suspira de alívio a minha querida cházinha, e suspiras bem. O teu sorriso ajudou-me, mate! More than you can imagine, I recon.
E tu, Sílvia, exemplo de força e coragem... obrigada!
Por último…
Deixo-Vos um fado. Ah, um fado. Este em particular. Meu e só meu. Vivido, sentido (não cantado por mim, descansem) … como só os fados sabem.
Agora preparem-se. Estou de volta mais fútil e engraçada que nunca…
… ou não…
Boa semana para todos
Friday, 6 March 2009
Just passing by - the return
Welcome back home, my captain!
Até pode parecer imodéstia este auto festejo de regresso… e até poderá ser.
A nave regressou a Terra. Não ainda para o hangar, nem pronta para mais viagens. De regresso directamente à oficina onde os funcionários, não já oriundos de estranhos mundos, com três olhos, simpáticos sim mas alienígenas mas mecânicos terrestres simpáticos e … terrestres!
A viagem afectada por razões tão extrínsecas como internas, de problemas, lutas, guerras e ansiedades terminou.
É tempo de recuperar. É tempo de recuperar. O alerta amarelo apaga-se.
Mazelas, cicatrizes, abanões e lutas corpo a corpo passarão a ser história de lareira, contando a heroicidade dos intervenientes, qual odisseia.
O capitão abraça a tripulação pela última vez antes de se refugiar na sua solidão caseira. Aquela cicatriz, pediu ele à médica alienígena que o tratou, não a tirem… lembrar-me-á sempre de como afortunado sou. Nunca teria conseguido sem a minha equipa. À tenente dirige um olhar de eterna gratidão.
É tempo de…
óptimo fim-de-semana
Até pode parecer imodéstia este auto festejo de regresso… e até poderá ser.
A nave regressou a Terra. Não ainda para o hangar, nem pronta para mais viagens. De regresso directamente à oficina onde os funcionários, não já oriundos de estranhos mundos, com três olhos, simpáticos sim mas alienígenas mas mecânicos terrestres simpáticos e … terrestres!
A viagem afectada por razões tão extrínsecas como internas, de problemas, lutas, guerras e ansiedades terminou.
É tempo de recuperar. É tempo de recuperar. O alerta amarelo apaga-se.
Mazelas, cicatrizes, abanões e lutas corpo a corpo passarão a ser história de lareira, contando a heroicidade dos intervenientes, qual odisseia.
O capitão abraça a tripulação pela última vez antes de se refugiar na sua solidão caseira. Aquela cicatriz, pediu ele à médica alienígena que o tratou, não a tirem… lembrar-me-á sempre de como afortunado sou. Nunca teria conseguido sem a minha equipa. À tenente dirige um olhar de eterna gratidão.
É tempo de…
óptimo fim-de-semana
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