...mas näo me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o que lhe confiei até àquele dia.
Tuesday, 30 November 2010
Friday, 2 July 2010
Joyful weekend
Psalm 98
4 Shout for joy to the LORD, all the earth, burst into jubilant song with music;
5 make music to the LORD with the harp, with the harp and the sound of singing,
6 with trumpets and the blast of the ram's horn — shout for joy before the LORD, the King.
7 Let the sea resound, and everything in it, the world, and all who live in it.
8 Let the rivers clap their hands, Let the mountains sing together for joy;
9 let them sing before the LORD, for he comes to judge the earth. He will judge the world in righteousness and the peoples with equity.
Thursday, 1 July 2010
ainda o rescaldo
foram três anos complicados
parece que aconteceu tudo... tive grandes alegrias e grandes tristezas, pessoais, profissionais, sei lá!
mas se por outra coisa não fosse, conheci gente fantástica... gente inteligente, solidária
conheci, como sempre, os "não tão simpáticos"
tive pena dos que não aguentaram, principalmente quando não aguentaram por razões económicas. não os consideros caídos nem desistentes. se me lerem, saibam que há sempre hipótese, não desistam.
conheci gente trabalhadora que superou tantos, tantos problemas... fomos uma turma. com alguns, ficámos amigos
tive ainda surpresas agradáveis
vou ter saudades...
comecei ontem a arrumar tudo em definitivo mas não consegui. fiquei a desfolhar os cadernos, a recordar.
houve, de facto, uma grande diferença.
o meu primeiro curso tirei-o por paixão. era o meu sonho de criança. achei que ía mudar o mundo.
este ensinou-me uma outra coisa, daquelas pérolas que nos fazem sentir grandes, sábios e velhos
tirei este curso com gosto mas não por gosto. nunca sonhei enveredar por este ramo.
aliás (devo dar crédito aos famosos testes psicotécnicos) era a primeira hipótese que me aconselhavam. seguido de ciências, depois artes.
arrumada esta questão, e enquanto não começa o estágio, fico por aqui vivendo. vivendo, sim. saboreando o momento, preparando-me para as cobranças das crias
sacrifícios que fizemos - todos lá em casa - durante três longos anos, dizia o F. faz pouco tempo, temos que nos re habituar a estarmos todos juntos, todos os dias, todas as noites. não há saídas de família com os livros atrás, não há idas à praia com a mãe sentada debaixo do chapéu e os calhamaços espalhados na toalha. agora, mãe - dizia a CN - voltaste a tempo inteiro, não foi? sentimos a tua falta.
agora, meus amigos, voltei a tempo inteiro mas deixem-me repousar um pouco... eu mereço
parece que aconteceu tudo... tive grandes alegrias e grandes tristezas, pessoais, profissionais, sei lá!
mas se por outra coisa não fosse, conheci gente fantástica... gente inteligente, solidária
conheci, como sempre, os "não tão simpáticos"
tive pena dos que não aguentaram, principalmente quando não aguentaram por razões económicas. não os consideros caídos nem desistentes. se me lerem, saibam que há sempre hipótese, não desistam.
conheci gente trabalhadora que superou tantos, tantos problemas... fomos uma turma. com alguns, ficámos amigos
tive ainda surpresas agradáveis
vou ter saudades...
comecei ontem a arrumar tudo em definitivo mas não consegui. fiquei a desfolhar os cadernos, a recordar.
houve, de facto, uma grande diferença.
o meu primeiro curso tirei-o por paixão. era o meu sonho de criança. achei que ía mudar o mundo.
este ensinou-me uma outra coisa, daquelas pérolas que nos fazem sentir grandes, sábios e velhos
tirei este curso com gosto mas não por gosto. nunca sonhei enveredar por este ramo.
aliás (devo dar crédito aos famosos testes psicotécnicos) era a primeira hipótese que me aconselhavam. seguido de ciências, depois artes.
arrumada esta questão, e enquanto não começa o estágio, fico por aqui vivendo. vivendo, sim. saboreando o momento, preparando-me para as cobranças das crias
sacrifícios que fizemos - todos lá em casa - durante três longos anos, dizia o F. faz pouco tempo, temos que nos re habituar a estarmos todos juntos, todos os dias, todas as noites. não há saídas de família com os livros atrás, não há idas à praia com a mãe sentada debaixo do chapéu e os calhamaços espalhados na toalha. agora, mãe - dizia a CN - voltaste a tempo inteiro, não foi? sentimos a tua falta.
agora, meus amigos, voltei a tempo inteiro mas deixem-me repousar um pouco... eu mereço
Wednesday, 30 June 2010
a beautiful picture a day... 028
se acreditasse na genética
diria que o "tal" responsável por ser doido por animais (ainda que recessivo for) uniu-se... para dessa união brotar, não um, mas dois fanáticos
se acreditasse no ambiente familiar
diria que foram as duas crias completamente programadas para serem amantes dos animais
se acreditasse em predestinação
bem... já perceberam, não é?
mas estas beautiful picutres a day não são só sobre animais
mas pequenos nadas palermas (ou não) sobre tudo
às vezes até os mais altos devem descer, humildar-se (?)
os inteligentes sabem que é preferível assim, necessário até, para a sobrevivência
não que tenha problemas com isso! os meus cento e cinquenta cêntimetros mal medidos permitem-me ser ágil nos movimentos térreos e um escadote (acreditem) faz milagres nas ascensões
a vida é feita assim
a girafa dorme, come, pare e nasce em pé (não necessariamente nesta ordem) mas sabe que se quiser receber esse líquido divino terá de fazer má figura, ficar completamente vulnerável
tenham um bom dia
ps - não... recuso-me a falar sobre "ontem" (ontem? o quê?)
Monday, 28 June 2010
vim cá pela última vez faz quase 6 meses...
fechei-me ainda não sei bem porquê
calei-me porque quis... creio
quis, talvez, fazer uma pausa dramática para dar mais ênfase a um regresso solitário
mas um regresso alegre e feliz
como comecei
sem dizer nada a ninguém
sem fazer alarde de que "tinha um blog"
por esta altura poucos devem ser os que "sabem que existo"
mas foi como comecei
recomeço também assim
hoje passam vinte e um anos que o meu pai morreu
por ironia do destino
hoje concretizo um sonho
completei o meu curso
não é o fim, eu sei, nem sequer uma chegada... falta o estágio, os exames, o patrono, e todas essas coisas
mas hoje foi publicada a última nota
hoje completei o meu curso
por ironia... não posso deixar de me repetir... uma data que nunca quis saber a data, que me recusei a que me dissessem
lembrar-me-ei sempre dela
vinte e oito de junho de dois mil e dez
regresso a este lado, a estas crónicas da vida deste lado
até já
fechei-me ainda não sei bem porquê
calei-me porque quis... creio
quis, talvez, fazer uma pausa dramática para dar mais ênfase a um regresso solitário
mas um regresso alegre e feliz
como comecei
sem dizer nada a ninguém
sem fazer alarde de que "tinha um blog"
por esta altura poucos devem ser os que "sabem que existo"
mas foi como comecei
recomeço também assim
hoje passam vinte e um anos que o meu pai morreu
por ironia do destino
hoje concretizo um sonho
completei o meu curso
não é o fim, eu sei, nem sequer uma chegada... falta o estágio, os exames, o patrono, e todas essas coisas
mas hoje foi publicada a última nota
hoje completei o meu curso
por ironia... não posso deixar de me repetir... uma data que nunca quis saber a data, que me recusei a que me dissessem
lembrar-me-ei sempre dela
vinte e oito de junho de dois mil e dez
regresso a este lado, a estas crónicas da vida deste lado
até já
Monday, 22 February 2010
há muito tempo que não venho a esta casa.
nem me lembro quando.
sei que depois da minha avó morrer vim cá poucas vezes. por ironia, volto cá por outra tragédia. outra? não. A tragédia. percorro as escadas, vejo a foto de família sorridentes, prestando uma homenagem à Matriarca, fabricada pelo fotógrafo, que nunca fizeram na realidade. Sei que o corno, a figa, o ramo de eucalipto e o cordel para espantar o demo estão todos no sítio. recuso-me a pensar como esta casa era enorme, como as quatro escadas me pareciam enormes, como as transformei em escadarias de um palco brilhante, quantas vezes me sentei nelas com a minha Avó, quantos tomates, limões, nêsperas e morangos nós apanhámos e comemos. avancei rapidamente para o que me trouxe. não quis lembrar-me das vezes que fugi para o quarto do tio américo que me abraçava e dava uma nota de vinte escudos. nem olhei para o quarto do tio luis que quando regressava de Inglaterra me enchia de presentes. fui ao quarto do meu tio Mário. o meu último tio. era assustador, este meu tio. dizia a lenda que tinha sido pugilista melhor que o belarmino.
depois de morrer a minha avó vim cá poucas vezes. talvez pouco mais de duas. entregar o meu convite de casamento. entregar uns bilhetes para a revista.
não reparo que tenho companhia. a dulce toca-me ao de leve no braço. tem a minha idade. não teve a minha vida.
abraça-me e chora. o teu tio… nossa senhora! que tragédia!
venho buscar as coisas dele.
já cá vieram todos, sabes? os teus primos, as tuas tias, todos. ficaram só os animais. ninguém os quis.
2 bicos de lacre, 3 pintassilgos, 1 canário. ok. não há problema. os animais eram a única coisa que nos unia, digo alto.
a dulce zanga-se – como nos zangávamos quando brincávamos, quando éramos simplesmente filhas do bairro. o teu tio tinha tanto orgulho em ti. estava sempre a falar de ti. a minha menina, a minha menina. eras a única. a minha nocas. ele tinha um livro, lembrou-se. um álbum ou isso. será que o levaram? não sei onde é que o guardava…
entro no seu quarto. cheira a lixívia. lavei-o todo assim que a polícia saiu… todo aquele sangue… obrigada, dulce. eu sei onde está o livro. o esconderijo era o mesmo, de certeza. o sítio onde ele guardava os cigarros e o dinheiro. onde guardava o único presente que me dava. a menina não mexe aqui, ouviu? só quando eu disser. o livro lá estava.
olha, olha! eu sabia que tu saberias. foi o que eu disse ao meu Alfredo, a nocas sabe onde o timário guardava o livro. ai, mulher, sabes lá tu! as vezes que mostrava esse livro. tira-mo das mãos. aqui estás tu, nos campeonatos de ginástica, nacionais, não foram? se não tivesse acontecido aquele acidente, dizia ele, hoje seria uma ginasta famosa. olha aqui, apontou entusiasmada, o recorte de jornal “comaneci portuguesa sofre acidente e corre perigo de vida”. nunca corri perigo de vida, dulce. olha, olha, aqui está quando ganhaste a marcha cá do bairro. outro recorte do jornal de bairro. aponta para duas meninas pequenas, sorridentes. tu e eu, lembras-te? as melhores da aula, dizia a madame. a minha vida estava ali toda. o meu casamento. uma semana inteira. uma semana? qual o quê, mulher, um mês ou mais! a minha nocas foi a noiva mais bonita que eu já vi. toda de branco. e que classe, repetia. desceu a escadaria sem olhar para elas, como uma princesa! vira a página. mas o mais feliz foi ir-te ver ao Parque Mayer. isso sim. a minha nocas é a mais bonita da companhia. e os actores gostam todos dela.
pára, dulce.
desculpa, nocas. é difícil, eu sei. mas torceu sempre tanto por ti. quando o teu pai morreu, contou-me tudo, ele. como todos queriam que deixasses a escola. uma heroína, era o que ele dizia. pego no livro, abraço-o e reparo na contracapa. tem sangue. oh, nocas, olha. sangue que alcançou o recanto por debaixo da cama onde esteve escondido.
tenho que me ir embora, dulce. as lágrimas estão presas num nó enorme que não aguenta muito mais. oh, dulce, porquê? eu nunca soube nada disto. disse-me que não sabia se queria ir ao meu casamento, nem se dignou a sair da casa dos pássaros quando vim cá entregar-lhe os bilhetes para a revista, deixei-lhos em cima da mesa da cozinha. nunca imaginei.
ele disse-me que estava a preparar uma coisa para te dar quando fizesses vinte e um anos. estava ali num canto mas está tudo destruído. não sei se foi a polícia, se o ladrão.
levo os pássaros.
o canário morre dois dias depois.
foi em fevereiro.
fiz vinte e um anos no outubro seguinte.
nunca soube que o meu tio Américo pensava assim. era bruto, antipático e rude. em pequena tinha medo dele. obrigava-me a comer a sopa só com o som dos passos nas tábuas. a voz grave, come tudo, nocas, senão eu saio do quarto…
porquê? porque nunca é demais dizer vezes demais que amamos…
nem me lembro quando.
sei que depois da minha avó morrer vim cá poucas vezes. por ironia, volto cá por outra tragédia. outra? não. A tragédia. percorro as escadas, vejo a foto de família sorridentes, prestando uma homenagem à Matriarca, fabricada pelo fotógrafo, que nunca fizeram na realidade. Sei que o corno, a figa, o ramo de eucalipto e o cordel para espantar o demo estão todos no sítio. recuso-me a pensar como esta casa era enorme, como as quatro escadas me pareciam enormes, como as transformei em escadarias de um palco brilhante, quantas vezes me sentei nelas com a minha Avó, quantos tomates, limões, nêsperas e morangos nós apanhámos e comemos. avancei rapidamente para o que me trouxe. não quis lembrar-me das vezes que fugi para o quarto do tio américo que me abraçava e dava uma nota de vinte escudos. nem olhei para o quarto do tio luis que quando regressava de Inglaterra me enchia de presentes. fui ao quarto do meu tio Mário. o meu último tio. era assustador, este meu tio. dizia a lenda que tinha sido pugilista melhor que o belarmino.
depois de morrer a minha avó vim cá poucas vezes. talvez pouco mais de duas. entregar o meu convite de casamento. entregar uns bilhetes para a revista.
não reparo que tenho companhia. a dulce toca-me ao de leve no braço. tem a minha idade. não teve a minha vida.
abraça-me e chora. o teu tio… nossa senhora! que tragédia!
venho buscar as coisas dele.
já cá vieram todos, sabes? os teus primos, as tuas tias, todos. ficaram só os animais. ninguém os quis.
2 bicos de lacre, 3 pintassilgos, 1 canário. ok. não há problema. os animais eram a única coisa que nos unia, digo alto.
a dulce zanga-se – como nos zangávamos quando brincávamos, quando éramos simplesmente filhas do bairro. o teu tio tinha tanto orgulho em ti. estava sempre a falar de ti. a minha menina, a minha menina. eras a única. a minha nocas. ele tinha um livro, lembrou-se. um álbum ou isso. será que o levaram? não sei onde é que o guardava…
entro no seu quarto. cheira a lixívia. lavei-o todo assim que a polícia saiu… todo aquele sangue… obrigada, dulce. eu sei onde está o livro. o esconderijo era o mesmo, de certeza. o sítio onde ele guardava os cigarros e o dinheiro. onde guardava o único presente que me dava. a menina não mexe aqui, ouviu? só quando eu disser. o livro lá estava.
olha, olha! eu sabia que tu saberias. foi o que eu disse ao meu Alfredo, a nocas sabe onde o timário guardava o livro. ai, mulher, sabes lá tu! as vezes que mostrava esse livro. tira-mo das mãos. aqui estás tu, nos campeonatos de ginástica, nacionais, não foram? se não tivesse acontecido aquele acidente, dizia ele, hoje seria uma ginasta famosa. olha aqui, apontou entusiasmada, o recorte de jornal “comaneci portuguesa sofre acidente e corre perigo de vida”. nunca corri perigo de vida, dulce. olha, olha, aqui está quando ganhaste a marcha cá do bairro. outro recorte do jornal de bairro. aponta para duas meninas pequenas, sorridentes. tu e eu, lembras-te? as melhores da aula, dizia a madame. a minha vida estava ali toda. o meu casamento. uma semana inteira. uma semana? qual o quê, mulher, um mês ou mais! a minha nocas foi a noiva mais bonita que eu já vi. toda de branco. e que classe, repetia. desceu a escadaria sem olhar para elas, como uma princesa! vira a página. mas o mais feliz foi ir-te ver ao Parque Mayer. isso sim. a minha nocas é a mais bonita da companhia. e os actores gostam todos dela.
pára, dulce.
desculpa, nocas. é difícil, eu sei. mas torceu sempre tanto por ti. quando o teu pai morreu, contou-me tudo, ele. como todos queriam que deixasses a escola. uma heroína, era o que ele dizia. pego no livro, abraço-o e reparo na contracapa. tem sangue. oh, nocas, olha. sangue que alcançou o recanto por debaixo da cama onde esteve escondido.
tenho que me ir embora, dulce. as lágrimas estão presas num nó enorme que não aguenta muito mais. oh, dulce, porquê? eu nunca soube nada disto. disse-me que não sabia se queria ir ao meu casamento, nem se dignou a sair da casa dos pássaros quando vim cá entregar-lhe os bilhetes para a revista, deixei-lhos em cima da mesa da cozinha. nunca imaginei.
ele disse-me que estava a preparar uma coisa para te dar quando fizesses vinte e um anos. estava ali num canto mas está tudo destruído. não sei se foi a polícia, se o ladrão.
levo os pássaros.
o canário morre dois dias depois.
foi em fevereiro.
fiz vinte e um anos no outubro seguinte.
nunca soube que o meu tio Américo pensava assim. era bruto, antipático e rude. em pequena tinha medo dele. obrigava-me a comer a sopa só com o som dos passos nas tábuas. a voz grave, come tudo, nocas, senão eu saio do quarto…
porquê? porque nunca é demais dizer vezes demais que amamos…
Friday, 29 January 2010
devem ser das hormonas... só pode
mas já recebi quatro das cinco notas deste semestre
sabem que mais?
dei um "tapinha" nas minhas costas
boa, miúda!
(não que não tenha quem me diz que sim, que mereço e tal, não que não os releve, nem que não ligue ao que dizem...)
com aquela lista ali ao lado que criei (cresceu entretanto) e uns fones (está bem, é o auricular para atendermos o telefone... não é giro nem sexy) viajo por algumas das minhas músicas preferidas
e fico mais feliz
e (não) canto (n)e(m) encanto mas tenho a companhia das minha música...
bom fim-de-semana a todos
mas já recebi quatro das cinco notas deste semestre
sabem que mais?
dei um "tapinha" nas minhas costas
boa, miúda!
(não que não tenha quem me diz que sim, que mereço e tal, não que não os releve, nem que não ligue ao que dizem...)
com aquela lista ali ao lado que criei (cresceu entretanto) e uns fones (está bem, é o auricular para atendermos o telefone... não é giro nem sexy) viajo por algumas das minhas músicas preferidas
e fico mais feliz
e (não) canto (n)e(m) encanto mas tenho a companhia das minha música...
bom fim-de-semana a todos
Friday, 15 January 2010
podem chamar-me utópica…
podem, podem. não me incomodo.
já está?
ok, então.
o Assunto não é, de facto, para rir, mas ao reler o que escrevi acho que sou mesmo utópica. ou naif. ou as duas.
como (muito) poucos a minha querida Cházinha (d)escreve o que aconteceu naquela pequena ilha. o chão a tremer. o mundo a ruir. quem já tinha tão pouco ficou sem nada. as notícias chegam, como outros tremores de terra. a falta de Tudo. Tudo.
E vamos ouvindo e vendo e sabendo e agradecendo intimamente pelo quentinho das casas, pelo prato à frente por poder reclamar da cria que não come tudo, por… levantamos as nossas preces para que algum conforto chegue. apetece fechar os olhos, mudar o canal mas não é essa a decisão lá em casa.
não trago nada de novo, eu sei, mas enquanto deixávamos arrefecer o prato porque víamos e comentávamos uma das minhas Crias fala
- mãe, o mundo inteiro está a ajudar, que bonito…
ficamos em silêncio. fiquei eu a pensar que – infelizmente? – vê-se nestas alturas a mobilização de todos. liga a Humanidade o botão da solidariedade, numa acção conjunta… Bonita
e depois (tenho a mania de ligar a estes pormenores, desculpem lá) uma história que até pode ser “fofoca”. daquelas coisas que até podem irritar. a história do jogador haitiano de um clube português. as imagens mostram-no sentado com uma lágrima que esconde como se fosse suor. baixa a cara porque sabe que está lá a televisão. um outro jogador põe-lhe displicentemente o braço por cima dos ombros. abana-o e diz-lhe qualquer coisa, arranca-lhe um sorriso e um suspiro. aquele abraço como se não fosse nada, aquele esforço por arrancar um sorriso, uma baboseira talvez. levou-me às lágrimas.
que bonito, digo eu também
uma oração que se levanta, um Coração que se une. a Humanidade que se revela.
que bonito
podem, podem. não me incomodo.
já está?
ok, então.
o Assunto não é, de facto, para rir, mas ao reler o que escrevi acho que sou mesmo utópica. ou naif. ou as duas.
como (muito) poucos a minha querida Cházinha (d)escreve o que aconteceu naquela pequena ilha. o chão a tremer. o mundo a ruir. quem já tinha tão pouco ficou sem nada. as notícias chegam, como outros tremores de terra. a falta de Tudo. Tudo.
E vamos ouvindo e vendo e sabendo e agradecendo intimamente pelo quentinho das casas, pelo prato à frente por poder reclamar da cria que não come tudo, por… levantamos as nossas preces para que algum conforto chegue. apetece fechar os olhos, mudar o canal mas não é essa a decisão lá em casa.
não trago nada de novo, eu sei, mas enquanto deixávamos arrefecer o prato porque víamos e comentávamos uma das minhas Crias fala
- mãe, o mundo inteiro está a ajudar, que bonito…
ficamos em silêncio. fiquei eu a pensar que – infelizmente? – vê-se nestas alturas a mobilização de todos. liga a Humanidade o botão da solidariedade, numa acção conjunta… Bonita
e depois (tenho a mania de ligar a estes pormenores, desculpem lá) uma história que até pode ser “fofoca”. daquelas coisas que até podem irritar. a história do jogador haitiano de um clube português. as imagens mostram-no sentado com uma lágrima que esconde como se fosse suor. baixa a cara porque sabe que está lá a televisão. um outro jogador põe-lhe displicentemente o braço por cima dos ombros. abana-o e diz-lhe qualquer coisa, arranca-lhe um sorriso e um suspiro. aquele abraço como se não fosse nada, aquele esforço por arrancar um sorriso, uma baboseira talvez. levou-me às lágrimas.
que bonito, digo eu também
uma oração que se levanta, um Coração que se une. a Humanidade que se revela.
que bonito
Tuesday, 5 January 2010
mínimas... não tão mínimas assim
não que seja contra o direito dos Outros lutarem pelo que acham correcto, ou por aquilo que consideram ter direito...
não que ache que devam ser cobradas portagens
não que ache que não devam ser cobradas portagens
mas uma das razões que parecem usar para justificar a não cobrança de portagens nessas estradas é
a falta de acessos alternativos
o que me pôs a pensar…
moro do lado de lá de Lisboa… no deserto portanto (o que já me fez pensar que posso ser, sem saber, uma nómada, visto marchar todos os dias em bando, eu e mais uns quantos, em marcha lenta, a caminho dos locais preciosos de comida e água, vulgo Capital)
atravesso a ponte, pago a portagem e nunca me considerei desprivilegiada. a ponte precisa de manutenção, é uma estrutura cara e de difícil arquitectura e gosto de pensar que contribuo para que continue (como acho que é) a ser uma ponte segura para passar.
mas com aquele argumento invocado penso que também eu não tenho alternativa para chegar a Lisboa, ou tenho?
tenho, claro! a outra ponte. moderna, larga – a uma maior distância do destino que pretendo, é verdade – com limite de velocidade maior, quase sempre sem condicionamentos, ah! mas também é paga…
oh, silly me! tenho outra alternativa, claro. o barco. a viagem é agradável, poupo sem dúvida na gasolina e no desgaste do carro – os horários são escassos e infernais, é verdade – mas posso ir descansada a ler e tal, ah! mas também é pago…
oh, cabeça a minha! tenho ainda uma outra alternativa… a ponte de vila franca de xira! o caminho é fantástico, lindo - teria de acordar mais cedo, apanhava o trânsito da entrada em Lisboa, é verdade – mas podia parar para beber café e comer uns deliciosos bolinhos naquele café que conheço, ah! mas também teria de pagar…
devo ser eu que não percebo nada disto.
devo ser eu que tenho a mania de tudo contestar, de tudo falar mal, rezingona, portanto
ou então é a tentativa de extermínio de uma raça nómada, a dos habitantes-da-margem-sul-do-tejo, o que, sem dúvida, poderá dar direito a protecção do alto comissariado para as raças desprotegidas… ou não?
um óptimo dia para todos!
não que ache que devam ser cobradas portagens
não que ache que não devam ser cobradas portagens
mas uma das razões que parecem usar para justificar a não cobrança de portagens nessas estradas é
a falta de acessos alternativos
o que me pôs a pensar…
moro do lado de lá de Lisboa… no deserto portanto (o que já me fez pensar que posso ser, sem saber, uma nómada, visto marchar todos os dias em bando, eu e mais uns quantos, em marcha lenta, a caminho dos locais preciosos de comida e água, vulgo Capital)
atravesso a ponte, pago a portagem e nunca me considerei desprivilegiada. a ponte precisa de manutenção, é uma estrutura cara e de difícil arquitectura e gosto de pensar que contribuo para que continue (como acho que é) a ser uma ponte segura para passar.
mas com aquele argumento invocado penso que também eu não tenho alternativa para chegar a Lisboa, ou tenho?
tenho, claro! a outra ponte. moderna, larga – a uma maior distância do destino que pretendo, é verdade – com limite de velocidade maior, quase sempre sem condicionamentos, ah! mas também é paga…
oh, silly me! tenho outra alternativa, claro. o barco. a viagem é agradável, poupo sem dúvida na gasolina e no desgaste do carro – os horários são escassos e infernais, é verdade – mas posso ir descansada a ler e tal, ah! mas também é pago…
oh, cabeça a minha! tenho ainda uma outra alternativa… a ponte de vila franca de xira! o caminho é fantástico, lindo - teria de acordar mais cedo, apanhava o trânsito da entrada em Lisboa, é verdade – mas podia parar para beber café e comer uns deliciosos bolinhos naquele café que conheço, ah! mas também teria de pagar…
devo ser eu que não percebo nada disto.
devo ser eu que tenho a mania de tudo contestar, de tudo falar mal, rezingona, portanto
ou então é a tentativa de extermínio de uma raça nómada, a dos habitantes-da-margem-sul-do-tejo, o que, sem dúvida, poderá dar direito a protecção do alto comissariado para as raças desprotegidas… ou não?
um óptimo dia para todos!
Monday, 4 January 2010
… e 2010 chegou.
(assim. só com ponto final. de propósito. não porque me sinta infeliz, apenas porque gosto da secura de um ponto final. e de escrever propositadamente – acreditem, não é preguiça – sem maiúsculas. perguntaram-me lá em casa – matriarca defensora fundamentalista da boa escrita que facilmente desespero por ver um erro… - porque erro eu aqui… onde “toda a gente vê” – riso – digo-lhes que, em primeiro lugar, o “toda a gente” é muito pouca gente, gente de grande importância, sem dúvida, mas não muita gente. em segundo lugar e quanto aos erros que me encontram penalizo-me por eles mas afirmo que esta escrita assim não é erro. mas também não é original. ouvi a entrevista de um escritor (perdoe-me, Senhor, porque não me lembro do seu nome; inculta eu) que afirmava que a escrita assim sem grandes pudores podia proporcionar muitas coisas. tentei. e, a meu ver, a escrita flui descomprometida como se se tratasse de uma conversa. conversa de amigos ou até de conhecidos apenas mas sem grandes formalidades. no entanto, se quiser dar ênfase a qualquer coisa - como o nome do escritor que criminalmente não me lembro - ponho-lhe uma maiúscula e “a coisa” fica importante…)
passando à frente do que foi, provavelmente, o maior parêntesis deste lado, fica o regresso às rotina.
(assim. só com ponto final. de propósito. não porque me sinta infeliz, apenas porque gosto da secura de um ponto final. e de escrever propositadamente – acreditem, não é preguiça – sem maiúsculas. perguntaram-me lá em casa – matriarca defensora fundamentalista da boa escrita que facilmente desespero por ver um erro… - porque erro eu aqui… onde “toda a gente vê” – riso – digo-lhes que, em primeiro lugar, o “toda a gente” é muito pouca gente, gente de grande importância, sem dúvida, mas não muita gente. em segundo lugar e quanto aos erros que me encontram penalizo-me por eles mas afirmo que esta escrita assim não é erro. mas também não é original. ouvi a entrevista de um escritor (perdoe-me, Senhor, porque não me lembro do seu nome; inculta eu) que afirmava que a escrita assim sem grandes pudores podia proporcionar muitas coisas. tentei. e, a meu ver, a escrita flui descomprometida como se se tratasse de uma conversa. conversa de amigos ou até de conhecidos apenas mas sem grandes formalidades. no entanto, se quiser dar ênfase a qualquer coisa - como o nome do escritor que criminalmente não me lembro - ponho-lhe uma maiúscula e “a coisa” fica importante…)
passando à frente do que foi, provavelmente, o maior parêntesis deste lado, fica o regresso às rotina.
e as memórias (oh, as memórias) das festividades.
tenho dois homens pequenos lá em casa, já Vos disse?
estamos num limbo, eu sei. Não são “crianças” que nos acompanham com lamúrias e conseguimos fazer planos a quatro (e, sim, também sei, devo aproveitar muito bem este limbo, não tardará a quererem fazer planos com os amigos)
e este ano que começou já?
mais um… mas mais um cheio de dias limpinhos em folha. limpos para errar, para acertar, para perder, para vencer… para Viver.
deixo-Vos os seguintes “brindes”:
os meus dois homens em visita à exposição de “animais venenosos”
e os meus dois belos gatos com o brinquedo novo lá no covil
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