Hoje, 19 de Abril de 2007, século XXI, o mundo está igual.
O mundo das nossas mães, das nossas avós, do antigamente... está igual.
Claro que podem não concordar comigo, mas olhem à volta, com olhos de ver, SEM preconceitos, sem medo de perder a razão e chegarão a essa conclusão.
E até nem digo isto com (muita) tristeza.
É verdade que, enquanto crescia, pensava que os meus trinta(s) seriam diferentes. Que o mundo estaria diferente.
Não era utópica ao ponto de pensar que viveríamos em perfeita felicidade e sem guerras, fome, blá, blá, blá, mas tinha a certeza que viveríamos de forma mais igual, nós seríamos mais iguais a eles, nem sei dizer bem.
A conclusão, inexorável, é que a massa de carbono está igual, os 23 pares continuam lá (é verdade que foi descodificado, mas continua igual, certo?).
Lembro-me de defender ferozmente que as grandes diferenças não estavam na genética mas na educação.
Educar num e para um mundo igualitário parecia ser possível e desejável.
Fui educada assim. Nunca me senti inferior por ser mulher nem filha de pobres. Fui educada a pensar que o valor intrínseco da pessoa é superior e independente do sexo, condição social, religião, política, país.
E agora?
Penso diferente?
Não. É verdade que não. Mas sei, sinto, acredito, vejo que as permissas referidas são fortes. Tão fortes que por vezes é (quase) impossível sair delas.
Exemplo (?):
Li, em criança, um livro chamado "Dois corações generosos" de Jules de Perrony; uma história ("Kitsch" qb) de 2 raparigas iguais no coração, diferentes na vida. Pobre/Rica, azarada/afortunada, infeliz/feliz, mas MUITO, MUITO iguais na generosidade, paciência e compaixão católica (claro)!...
A vida, na sua grande, horrível maioria não é assim.
O azar, a pobreza, o infurtúnio condiciona a vida. Podem agora dizer: "ah, e tal, mas e aquele(a) que venceu e fez isto e aquilo e não sei quê apesar das contrariedades da vida"...
AlÔ?
São exemplos tão únicos que ainda são motivo de destaque.
"Os outros que e não sei quê se tornam violentos por aquilo e pelo o outro também são de destaque", dizem agora.
AlÔ?
São exemplos tão únicos que ainda são motivo de destaque (=choque!)
A grande amálgama que não vence, não descamba, apenas luta infinitamente por sobreviver e até viver de vez em quando não se destaca.
Começa o campeonato com grande desvantagem, com pontos negativos, até parece que foi castigado pela FIFA na vida anterior (SE eu acreditasse...) e atravessa as (muitas) jornadas no meio da tabela, com alguns jogos de destaque, vencendo alguns GRANDES, mas acabando (quase) sempre por simplesmente cirandar por ali. Lutar num segundo campeonato onde não se disputam os lugares do pódio mas apenas a manutenção...
Hum, isto descambou para o futebol
Uma das minhas paixões, pois é
Assim sendo, concluo por agora
Mas preciso afirmar que sou e serei enquanto me permitirem optimista por formação, realista por constatação.
Os 23 pares estão cá iguais, tendenciosos.
Lutaremos pela vitória com a derrota por certa, mas até ao fim do campeonato.
Prognósticos?
Só no fim do jogo...
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